A máquina do caos Audiolivro Por Max Fisher, Érico Assis - tradutor capa

A máquina do caos

Como as redes sociais reprogramaram nossa mente e nosso mundo

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A máquina do caos

De: Max Fisher, Érico Assis - tradutor
Narrado por: Marcelo Levy
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Sobre este áudio

As redes sociais são provavelmente o maior experimento coletivo da humanidade. Mas qual o impacto delas no mundo? São ferramentas que apenas refletem a natureza das pessoas, ou estimulam comportamentos extremistas? A partir dessas perguntas, o repórter investigativo Max Fisher disseca o funcionamento das grandes empresas de tecnologia, construindo um panorama estarrecedor e dando um alerta para que repensemos com urgência nossa relação com as redes.

- INCLUI NOVO POSFÁCIO -

©2023 Max Fisher (P)2023 Editora Todavia
Ciências Sociais
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O livro é excelente em demonstrar como as mídias sociais usam machine learning e deep learning (aprendizado de máquina e aprendizagem profunda respectivamente) para gerarem algoritmos otimizados com o objetivo de aumentarem o lucro dessas empresas.

A aprendizagem de máquina profunda é um método onde o próprio sistema, deixado por conta própria, consegue encontrar meios de atingir os objetivos definidos pelos programadores. Neste caso, o objetivo era aumentar o tempo passado nas redes sociais de modo a aumentar o faturamento com propaganda fornecido aos usuários dessas redes.

O autor demonstra como aumentar o engajamento dos usuários com recomendações de conteúdos sectarios, polêmicos e extremistas ajudava a alcançar este objetivo. Logo, o sistema gerou algoritmos com essa estrutura, sem que essa tenha sido a intenção original dos programadores ou executivos dessas empresas. No entanto, ao perceber que o aumento do engajamento, e por tanto, do tempo que os usuários passavam nessas plataformas estava relacionado a mais tempo consumindo conteúdos deste teor, e que, parte de revoltas populares baseadas em teorias da conspirações e fake news (muitas inclusive resultando em mortes de inocentes) surgiam nas redes sociais, impulsionadas pelos algoritmos que faziam as pessoas se aglutinarem em grupos e comunidades influenciados por estes conteúdos recomendados pelas próprias plataformas, pesquisadores e funcionários dessas plataformas lançaram avisos às empresas controladoras dessas mídias sociais. Porém, essas empresas não deram ouvidos às críticas e, ignoraram os avisos e/ou fizeram lobby afim de defender seus interesses financeiros acima da ordem e do bem estar social.

O autor nos conta diversas histórias, tanto de denunciantes, ex-funcionários, pesquisadores ou vítimas de revoltas surgidas nas redes como forma de ilustrar os efeitos danosos que seus algoritmos são capazes de produzir.

Um ponto de crítica é que o autor possui um viés claramente a esquerda e não parece ter se esforçado nem um pouco em atenuar os efeitos deste viés. Ele foca de modo desproporcional na direita. Suas histórias e personagens principais de casos de violência irracional e sectarismo surgido nas mídias sociais em indivíduos ou grupos são em quase sua totalidade identificados como pertencentes a extrema-direita. Casos de extremismos irracional surgido nas redes e relacionados a esquerda, são mencionados em um número ínfimos e o autor parece relutar em identirica-los a esquerda. Alguns personagens a direita que se tornaram populares nos últimos anos devido a sua oposição a militância de esquerda (mas que não são de extrema-direita) como Jordan Peterson, são citados como parte de uma influência negativa que alimenta os extremistas da extrema direita na internet. No entanto, nenhum equivalente da esquerda é mencionado. Mesmo que se admita os pressupostos de que o extremismo de direita é mais frequente e nocivo a sociedade do que o extremismo de esquerda, o foco dado pelo o autor a direita seria desproporcional. Como nem o titulo ou o subtítulo do livro faz alusão de que o foco da obra seria de alguma forma o extremismo de direita, está atenção desproporcional me parece indevida. Por tanto, se você é de direita ou se é um pensador mais moderado, talvez se incomode um pouco com a crítica desmedida a grupos e indivíduos de direita.

Ainda assim eu recomendo este livro, pois em minha opinião, o viés político-ideológico do autor é compensado pelo conteúdo, que nos ensina o funcionamento dos algoritmos das plataformas de mídias sócias, os seus efeitos danosos e os esforços das empresas controladoras em se eximirem da culpa. Basta ter em mente que, provavelmente, discurso de ódio e teorias da conspiração semelhantes surgem e são impulsionados pelas plataformas de midias sociais na esquerda política.

Retrato forte da radicalização online, porém parcial

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