A morte e o meteoro Audiolivro Por Joca Reiners Terron capa

A morte e o meteoro

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A morte e o meteoro

De: Joca Reiners Terron
Narrado por: Joca Reiners Terron
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Sobre este áudio

Uma aventura literária macabra e surpreendente por um dos grandes nomes da literatura brasileira contemporânea.

A Amazônia praticamente acabou. O pouco que resta após décadas de aniquilamento é insuficiente para abrigar os kaajapukugi, uma tribo isolada e misteriosa que agora se vê diante da própria extinção. As informações precárias que temos a respeito desses índios vêm do igualmente enigmático Boaventura, um sertanista que, até onde se sabe, foi o único a ter contato com a tribo, dedicando sua vida a protegê-la do homem branco. Com a iminência do fim, Boaventura traça um plano ousado: transferir os cinquenta kaajapukugi remanescentes para o México, onde serão recebidos como refugiados políticos. A ideia causa comoção, e o mundo assiste atento aos preparativos do resgate. Todavia, Boaventura morre em circunstâncias mal explicadas, e cabe a um colega indigenista completar a operação. Assim, da noite para o dia, o plano recai sobre esse obscuro funcionário mexicano que vinha ajudando o sertanista brasileiro a levar os kaajapukugi para o México. Tendo perdido os pais há pouco tempo, e com parco conhecimento sobre a tribo, é ele quem vai narrar este assombroso romance de Joca Reiners Terron. A morte e o meteoro é uma intrincada aventura literária, que combina segredos ancestrais, índios anarquistas, insetos alucinógenos e uma viagem sangrenta pelos lugares mais sombrios do passado e do futuro. Enquanto o indigenista mexicano investiga a vida de Boaventura e as circunstâncias de sua morte, o leitor se verá em um labirinto de pistas falsas e ruas sem saída.

©2019 Joca Reiners Terron (P)2019 Editora Todavia S/A
Ação e Aventura Ficção Literária Gênero Ficção
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Besouros hematófagos, genocídio, rituais sagrados, viagem para Marte.

Esse livro não estava nas minhas listas, nem no meu radar. Navegando pela Audible, me convenci a ouvir. Primeiro por se passar na região do Alto Purus (AC) e ter como tema os povos isolados. Depois, por propor uma narrativa que flerta com a distopia — gênero que sempre me fascinou, mas do qual me afastei conforme a própria realidade foi se tornando distópica demais.

A proposta é inusitada: um indigenista mexicano é encarregado de repatriar os últimos 50 indígenas kaajapukugi (povo fictício) do Brasil para o México, num futuro em que quase não há mais floresta amazônica e a funai já se tornou sucata. Comecei achando que seria uma fábula ecológica, mas o livro rapidamente mergulha no terror, numa vergonha de nós como sociedade, especialmente quando surgem os mistérios em torno do sertanista brasileiro assassinado, que, de acordo com os boatos, dedicou a vida à proteção desse povo. Ouvi em audiobook e confesso: não consegui parar até saber o final.

Todavia, o desfecho foi apressado e confuso. Ficou evidente a tentativa de homenagear Juan Rulfo, especialmente Pedro Páramo, ao incorporar elementos sobrenaturais e narrativas fragmentadas. Mas confesso que a construção desse universo não me soou tão fluida ou bem resolvida. A mensagem final — “precisamos cuidar do planeta antes que seja tarde demais\\ só um meteoro nos salvará de nós mesmos” — não é inovadora, e os delírios sobre Marte e astronautas me pareceram uma viagem paralela que talvez funcione melhor para leitores mais familiarizados com sci-fi. E, claro, o autor, branco, ainda se equilibra na linha tênue de inventar uma cosmologia de um povo fictício e até agora não sei se existe ou não um limite ético, moral, para se fazer isso na literatura, mesmo sendo ficção. Além de tudo lembrei agora que ele desenha a Survival International como a ONG de "reparação histórica", liderando e articulando ações de repatriação de ossadas etc mas enfim, preciso lembrar que é uma distopia, e por isso tanta licença poética.

"Os kaajapukugi viveram e morreram juntos, ao contrário dos brancos que vivem separados e se unem apenas na hora da morte ou nem isso."

"Boaventura revelou que ouvia programas radiofônicos em sua juventude, principalmente os da Rádio Relógio, emissora de ondas curtas do Rio de Janeiro cujo bordão repetido ao final da programação noturna dizia que cada segundo que passa é um milagre que jamais se repete."

"O mana era comparável a uma consciência coletiva que se deslocasse a uma velocidade superior à da luz, a trezentos mil quilômetros por segundo, e rompesse a ilusão representada pela distinção entre passado, presente e futuro."

Me deixou curiosa e ouvi até o final

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Eu gostei muito desse (áudio) livro! Uau. Me interessei do começo ao fim. Recomendo demais.

UAU!

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