
Aos Prantos no Mercado
Memórias
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Narrado por:
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Tatiana Ye Ni Choi
Sobre este áudio
Não é preciso conhecer nada de gastronomia para saber que a comida é uma das bases de nossa educação sentimental. Os ingredientes, os modos de preparo, a combinação de aromas, cores e sabores com as quais aprendemos a nos familiarizar compõem o repertório íntimo de cada um de nós. E é justamente esse poder de mobilizar o afeto que é evocado desde o primeiro parágrafo de Aos prantos no mercado. Nele, vemos a protagonista, que atravessa o luto pela morte precoce da mãe, liberando o pranto represado ao percorrer as prateleiras do mercado coreano H Mart em Nova York.
Originalmente publicadas na revista The New Yorker com o mesmo título, essas páginas tiveram um enorme sucesso e acabaram se tornando o capítulo de abertura do primeiro livro da cantora de rock independente Michelle Zauner, um best-seller do New York Times que também entrou para a lista de melhores de 2021 do presidente Barack Obama.
Enquanto a saudade da mãe coloca em perspectiva as antigas rebeliões da adolescência e atenua o rigor do julgamento das escolhas feitas pelos pais, a comida representa uma espécie de tábua de salvação na qual Zauner navega os descaminhos dos últimos e dolorosos momentos da mãe. Nessas memórias, a autora relembra a culinária afetiva a fim de não se perder de si ao atravessar o luto.
Ela passa horas assistindo aos vídeos de uma youtuber, compenetrada em reproduzir a alquimia das receitas coreanas. Isso atenua a angústia íntima de que seus traços caucasianos vão apagar a origem coreana, antes legitimada pela existência da mãe. E entre os expedientes da vida adulta, a protagonista descobre que o luto, a festa e a criação artística podem conviver intimamente na difícil tarefa de encontrar um lugar no mundo.
Estreia literária da cantora, Aos prantos no mercado nos inunda de sensibilidade ao reconstruir a dimensão afetiva dos pequenos atos cotidianos, e supre a distância entre o paladar brasileiro e o coreano ao aguçar a curiosidade de conhecer esses sabores. O livro também pondera consensos e dissensos reconstruídos à luz da experiência limite do luto, ressignificando os traumas da infância e convocando a uma nova responsabilidade sobre as escolhas da vida adulta.
Comovente
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Memórias gustativas, afetos e perda
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Ficou comigo...
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A forma como Michelle narra seu processo de perda é de partir o coração. É como se cada frase estivesse impregnada de saudade. E ainda assim, há beleza na forma como ela encontra sentido nas pequenas coisas: nos sabores da comida, nos gestos da mãe, nas lembranças de infância.
A leitura da narradora transmite exatamente essa emoção crua, sem filtros. Isso me prendeu do início ao fim. Mas prepare-se: é um livro triste, sim. Como o próprio título já avisa, é um convite às lágrimas - e à reflexão.
Uma obra delicada, intensa e muito humana.
Muitas camadas, muito sentimento
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Sensível e surpreendente
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Que experiencia maravilhosa 🥰
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Fala bastante sobre a culinária coreana, luto e memórias
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Um processo doloroso é ver nossa própria história diante do luto de uma das figuras mais importantes em nossa constituição. É perceber o peso disso, o que gostaríamos de ter feito e o que pudemos fazer enquanto era tempo.
A história de sua mãe, que se mistura ao contar a história dela, talvez seja eternamente quem ela é. E talvez seja eternamente um lembrete de quem somos: os amores que ficaram, os que se foram e os que decidiram nos cuidar desde muito cedo.
Por fim, a experiência do audiolivro foi excepcional. Uma narração fluida, envolvente e muito gostosa de acompanhar.
qual lugar pertencemos?
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Excelente
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Uma história de memórias boas e dolorosas da relação entre mãe e filha: criação, convivência, cultura, hábitos e costumes.
O livro perpassa por muitas refeições coreanas pois é um forte elo entre a autora e sua mãe.
Mas confesso que as descrições detalhadas e repetitivas dos ingredientes das receitas me deu um pouco de preguiça. Porém, não estraga a experiência. Gostei.
Cultura coreana e Luto
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