No episódio 148 do Agro360, o tema é genética equina, um extenso universo que, ao contrário do senso popular, vai muito além dos pedigrees. O nosso convidado é Fellipe Araújo, CEO da Equus Genétics, referência em genômica aplicada ao cavalo no Brasil.

Esse bate-papo traz desde a organização do genoma equino, com seus 64 cromossomos, até os avanços em testes de ancestralidade, que permitem mapear a origem e a formação das diferentes populações de cavalos no mundo. Esses testes ajudam a entender como as raças foram moldadas pela seleção natural e pela intervenção humana, revelando fluxos genéticos que explicam a diversidade que temos hoje.

Esses testes também têm uma aplicação muito importante e as vezes polêmica: a comprovação de ancestralidade racial. Com eles, é possível analisar o mapa genético de um cavalo e verificar se há indícios de contribuições de populações equinas que não fazem parte da formação oficial daquela raça. Em outras palavras, o exame mostra se o animal está geneticamente dentro do esperado para ser considerado um exemplar “puro” ou se há traços de miscigenação com outras raças.

Um caso emblemático foi o teste feito por Fellipe no garanhão mais da raça Mangalarga, o Turbante J.O. Que produziu 1654 filhos ao da vida

Durante anos, circulou na “rádio peão” a história de que Turbante seria, na verdade, filho de um cavalo Hanoveriano e não do garanhão Gigante J.O. O exame de ancestralidade trouxe a resposta definitiva: não havia qualquer indício de genética Hanoveriana em Turbante, apenas a presença dos grupos populacionais que de fato compõem a base histórica da raça Mangalarga. Ou seja, sua genética comprovou de maneira científica a sua legitimidade como um cavalo “puro” Mangalarga.

Outro ponto de destaque são os painéis genômicos modernos, capazes de identificar predisposições a doenças hereditárias, auxiliar na seleção de reprodutores e garantir maior longevidade e desempenho atlético dos animais, além de cruzamentos mais certeiros.

E claro, não poderia faltar também a genética das pelagens. Exploramos como genes específicos, como o Extension (E/e) e o Agouti (A/a), definem se o cavalo será alazão, baio, preto ou tordilho, além de variantes que produzem cores marcantes como o palomino e o cremello.

Este episódio é patrocinado por:Volksvagen Caminhões e Ônibus: https://www.vwco.com.br/ Volkswagen do Brasil: https://ad.doubleclick.net/ddm/trackc... Integral Mix - Líder em rações e suplementos para animais. Cavalos, Suínos, Bovinos, Caprinos, Ovinos, Coelhos e Pets.http://www.integralmix.com.br/Créditos:Apresentação: Rafael Vilella Direção Executiva: Marcos Chehab e Tiago BiancoDireção de Conteúdo: Felipe LobãoProdução e Redes Sociais: Cícero Martins Edição: Lucas MottaÁudio e Sound Designer: Will SoutoCaptação de vídeo e Community Manager: Guilherme Diaz