
Heresia
Tudo menos ser amortal
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Narrado por:
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Ana Cecília Costa
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De:
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Betty Milan
Sobre este áudio
Em Heresia, Betty Milan aborda o tema da morte assistida e questiona até que ponto é legítimo o prolongamento da vida pela ciência e de uma existência orgânica na qual a memória e a própria subjetividade já se extinguiram.
Betty Milan é autora de inúmeras e importantes obras, incluindo romances, ensaios, crônicas e peças de teatro. Heresia, romance autobiográfico, trata da morte da mãe, com Alzheimer, e do prolongamento de sua vida em decorrência da proibição cultural, e legal, de buscar a morte assistida.
No início do romance, a protagonista diz: “Vou atribuir o que eu escrevo a outra narradora”, num movimento de afastamento do vivido para melhor contemplá-lo e, assim, reatar a ficção ao impulso de conhecimento irrompido pela imaginação.”
Manuel da Costa Pinto, na orelha do livro, escreve: “Essa tensão entre o real e o ficcional se torna ainda mais aguda quando aquilo que é representado toca o nervo exposto de dilemas éticos e emocionais – como neste romance de Betty Milan, cuja personagem lida com sentimentos ambíguos ante a decrepitude da mãe centenária. A heresia do título, portanto, se refere a uma questão essencialmente contemporânea: até que ponto é legítimo o prolongamento da vida pela ciência, a perpetuação de uma existência orgânica na qual a memória e a própria subjetividade se extinguem? O romance traz uma dimensão ensaística e metaliterária que sempre esteve presente na obra de Betty Milan, mas que se intensificou desde Consolação. E se A mãe eterna tratou do tema da perda em chave autoficcional, Heresia o potencializa com uma narrativa dentro da narrativa, na forma de um caderno no qual a protagonista elabora sua cerimônia de adeus e descreve (ou imagina) as histórias vividas pela mãe antes do exílio no ‘palácio imaginário’ da amortalidade.”
“Um livro corajoso, oportuno e surpreendente pela composição.” - Roberto Schwarz
©2022 Betty Milan (P)2024 Editora Record LtdaUma reflexão sobre a eutanásia. E sobre as diversas dores daqueles que acompanham alguém envelhecendo e perdendo consciência e mobilidade. O título é uma auto-acusação. A autora acusa o livro de estar cometendo uma heresia pelo modo de abordar o tema. Pois em alguns momentos pinta a morte como libertadora e desejada.
Talvez eu não devesse ter lido que a autora é uma psicanalista, pois isso me deu um pequeno viés de "será que essa história está sendo criada por ela? ou será que ela está relatando em segunda mão o que os pacientes lhe contaram?". E isso me incomodou um pouquinho em algumas partes. Pois realmente alguns trechos pareciam uma terceira pessoa falando, desabafando.
O livro se propõe a incomodar um pouco e colocar a conversa sobre a morte na mesa, de fato precisamos pensar sobre isso. E a opinião é bem latente durante o relato feito: deveríamos como sociedade permitir algum grau de eutanásia. Agora, sobre a questão emocional das pessoas envolvidas temos algo além de uma simples opinião prevalente. O livro mostra certa confusão mental, própria das pessoas em situações dificéis. Em alguns momentos vemos a dor de perder um ente querido. Em outros momentos vemos o alívio do que estava doente e dependente morrer. Gostei de não ficar preso na unidimensionalidade, pois é realmente complexo lidar com esse tipo de coisa.
"Não sei o que a vida é, mas tenho certeza de que não é redutível aos sinais vitais"
"Não interessa perguntar por que a vida foi desta
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marcante!
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Vale cada minuto e, ao contrário do que pode parecer, não tem uma essência mórbida, e sim reflexiva.
Narrativa envolvente
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Marcante
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