Por que os homens preferem as mulheres mais velhas
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Narrado por:
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Denise Simonetto
Sobre este título
Mirian Goldenberg discute transformações e crises enfrentadas na contemporaneidade.
Mirian Goldenberg, desde 1988, tem realizado pesquisas sobre os novos arranjos conjugais do Brasil, mas faltava à antropóloga investigar uma questão que a inquieta há anos: se, na lógica da dominação masculina, os maridos devem ser sempre “superiores” às esposas, por que algumas mulheres casam com homens mais jovens?
Mais ainda: se a juventude feminina é um capital, por que determinados homens se casam com mulheres mais velhas?
Em Por que os homens preferem as mulheres mais velhas? Mirian apresenta temas que interessam a pessoas de todas as idades, como amor, desejo, sexo e fidelidade.
©2017 Editora Record Ltda; 2017 Mirian Goldenberg (P)2024 Audible Inc.A grande provocação da obra reside na manipulação do Estigma, conceito de Erving Goffman que a autora utiliza para explicar como essas mulheres transformam a "perda da juventude" em uma virtude de superioridade e autonomia. Elas não apenas aceitam a idade; elas a performam como um ativo de mercado. Contudo, há uma contradição metodológica latente que o leitor crítico logo percebe: embora o título questione a preferência masculina, o cerne da obra repousa no autoelogio e na autopercepção dessas mulheres "V" (de velhas, mas também de vitoriosas). Quando os parceiros finalmente emergem no texto, seus depoimentos frequentemente reforçam uma visão utilitarista. Eles preferem a mulher madura pela ausência de demandas reprodutivas ou pela conveniência de uma parceira que "não dá trabalho", o que dialoga diretamente com os Amores Líquidos de Zygmunt Bauman, onde os laços são mantidos enquanto a funcionalidade da independência do outro for proveitosa.
Diferente de abordagens científicas e pragmáticas sobre a longevidade, como a de Peter Attia em Outlive ou Gabrielle Lyon, que focam na manutenção da saúde biológica, ou da crueza existencial de Irvin e Marilyn Yalom em Uma Questão de Vida e Morte, Goldenberg foca na estética da resiliência. Ela parece ignorar a "velhice real" — a da precariedade, da dependência econômica e da solidão involuntária — para entregar um manifesto que beira a autoajuda para as massas. Para a sociologia, a obra serve como um excelente exemplo de como o Capital Erótico pode ser estendido cronologicamente, desde que amparado por uma carreira sólida e estabilidade emocional. É, em última análise, um livro que cumpre seu papel editorial ao oferecer um alento à elite que teme a invisibilidade, mas que deixa à margem a vasta maioria das mulheres para quem o envelhecimento não é uma escolha estética, mas um duro processo de resistência social
O Estigma Subvertido: Entre o Capital Erótico e a Elite da Maturidade
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