#41 - Dor não é normal: vamos falar sobre endometriose
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No episódio 41 do SENSU CAST, o podcast da SENSU Consultoria de Comunicação em saúde, ciência e educação, colocamos no centro do debate uma afirmação que precisa ser repetida até deixar de ser exceção na prática clínica e na vida cotidiana de milhões de mulheres: dor não é normal.
A endometriose é uma doença crônica que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva no mundo, o equivalente a aproximadamente 190 milhões de pessoas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Mesmo com essa prevalência, a condição ainda é marcada por atrasos diagnósticos, desinformação e pela histórica banalização da dor feminina. Cólicas intensas, dor pélvica persistente, dor durante a relação sexual, alterações intestinais e urinárias, infertilidade e impactos relevantes na saúde mental seguem sendo, em muitos contextos, tratados como “normais”.
Neste episódio, o SENSU CAST propõe uma conversa sobre endometriose e comunicação em saúde, destacando o papel da escuta qualificada, da informação correta e da responsabilidade na forma como profissionais de saúde, jornalistas e a sociedade lidam com doenças ginecológicas.Para esse diálogo, recebemos dois convidados que uniram prática médica e rigor jornalístico no livro Dores Femininas – A jornada humana de um médico contra a endometriose:
Rubens Paulo Gonçalves Filho é ginecologista e obstetra, mestre em Ciências da Saúde, doutorando e MBA em Gestão da Saúde, além de docente da Pós-Graduação Internacional em Cirurgia Robótica do Einstein Hospital Israelita. Com mais de 30 anos de atuação, Rubens compartilha reflexões contundentes sobre o atraso diagnóstico da endometriose, falhas estruturais na formação médica, a importância do exame físico completo, os limites dos exames de imagem e os desafios éticos de uma prática cada vez mais pressionada por produtividade.
Cristiane Segatto é jornalista especializada em saúde, mestra em Gestão da Saúde pela FGV, com passagem por veículos como Época, O Globo, O Estado de S. Paulo, Abril e UOL. Vencedora de 15 prêmios nacionais e internacionais, entre eles dois Prêmios Esso, Cristiane fala sobre o desafio de traduzir ciência em linguagem acessível, a cobertura da imprensa sobre saúde da mulher, os silêncios em torno da endometriose e o impacto de ouvir histórias reais de pacientes que conviveram durante anos com dor não validada.
Ao longo do episódio, a conversa aborda temas centrais para o debate público e para a prática profissional:
– a normalização histórica da dor feminina– o atraso no diagnóstico da endometriose, inclusive em adolescentes– o impacto da doença na vida profissional, nos vínculos afetivos e na autoestima
– infertilidade e como comunicar riscos de forma responsável– limites e possibilidades dos tratamentos clínicos e cirúrgicos– o peso emocional de conviver com uma condição crônica
– o papel da informação de qualidade para pacientes, familiares, profissionais e gestoresEste episódio é também um convite ao acesso qualificado à informação.
Ao compreender que sentir dor recorrente não é normal, mulheres passam a reconhecer sintomas, buscar ajuda especializada e romper ciclos de silêncio que atravessam gerações. Ao mesmo tempo, o episódio convida profissionais de saúde e comunicadores a rever práticas, linguagem e responsabilidades na produção e disseminação de informações sobre saúde da mulher.
🎧 Se este episódio fizer sentido para você, curta, compartilhe e deixe seu comentário. Informação de qualidade pode reduzir sofrimento, orientar decisões e transformar trajetórias.
FICHA TÉCNICA
Produção: SENSU Consultoria de Comunicação e Banca de Conteúdo
Roteiro e apresentação: Moura Leite Netto
Edição: J.Benê
Direção: Luciana Oncken