Episódios

  • Mariana Cardoso: “Na minha infância escondia o que se passava comigo, mentia muito bem. Comecei a ter vários problemas de saúde mental, a ficar sem cabelo”
    Nov 15 2025

    A atriz Mariana Cardoso, que interpreta Matilde na telenovela “Vitória”, é a convidada de Daniel Oliveira, no Alta Definição em podcast. Recorda a participação no programa “The Voice Kids”, em 2014, e reflete sobre a importância da música na melhor compreensão dos seus sentimentos. Mariana Cardoso relata abertamente as questões de saúde mental que teve de superar e a alopecia areata, uma doença dermatológica que levou à queda de partes do cabelo ainda jovem. “Para a autoestima de uma adolescente, o cabelo é uma parte super importante”, confessa, explicando que escondia parte dos problemas da mãe, fingindo “sempre estar tudo bem.” Ao crescer com uma personalidade perfeccionista teve de encontrar formas de valorizar as “coisas incríveis” que foi alcançando. Hoje diz que se sente feliz: “agora já não sobrevivo, agora vivo.” Ouça a conversa intimista no Alta Definição, em podcast, emitido na SIC a 15 de novembro.

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    50 minutos
  • Bonga: “Nós africanos celebramos tudo. Quando morrer, porque não celebrar? Cantem as minhas músicas, as músicas do cantor da alegria”
    Nov 8 2025

    Bonga foi o primeiro artista africano a conquistar um disco de ouro e de platina em Portugal. Neste episódio de ‘Alta Definição’, recorda a infância em Angola que moldou a sua música e o levou ao sucesso internacional. Conta que o som fazia parte do seu quotidiano — em casa, com o pai a tocar acordeão e concertina, ou nas ruas, onde a alegria se espalhava em batuques improvisados. “Se não somos nós a pôr música, é o vizinho. Até pedimos para aumentar. Ao contrário do que acontece cá nas europas, onde chamam a polícia”, diz logo na abertura da entrevista.

    A falta de música não foi a única coisa que Bonga estranhou nas “europas”. “Quando cheguei a Portugal, quis ir embora no dia seguinte. Senti que era cada um por si, as pessoas não falavam, na rua ninguém se cumprimentava”, desabafa. Ao longo da conversa com Daniel Oliveira, o músico partilha várias confidências sobre a dureza de ser imigrante. Esteve também na Holanda, onde lavou pratos e fez biscates, e em França, onde finalmente começou a gravar as suas primeiras músicas com reconhecimento.

    Bonga fala ainda da força dos laços familiares, da busca por justiça social e do orgulho em ser pai e avô. “A coisa mais importante que podemos passar aos nossos filhos é uma vivência verdadeira, com disciplina. Mas não é a regra da escola, da igreja, da política ou do vício. É aquele swing, aquilo que sentes”, garante. Sobre a companheira mais nova, com quem recentemente teve gémeos, reforça que, para si, mais do que a idade, “o que interessa é o respeito e o carinho”.

    No final do programa, depois de revisitar toda a sua história de vida, deixa um pedido para quando chegar a sua hora: “Nós, africanos, celebramos tudo. Quando morrer, porque não celebrar? Cantem as minhas músicas, as músicas do cantor da alegria.” Conheça aqui a sua história com a versão podcast do programa ‘Alta Definição’.

    Este episódio foi emitido a 8 de novembro na SIC e a sinopse foi criada com o apoio de IA. Saiba mais sobre a aplicação de Inteligência Artificial nas Redações da Impresa.

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    45 minutos
  • Joaquim de Almeida: “A minha carreira nunca foi importante para a minha filha Ana. Ela ficou um bocadinho magoada de eu não estar presente”
    Nov 1 2025

    A vida e a carreira de Joaquim de Almeida fez-se de altos e baixos. O ator mais internacional de Portugal conta com mais de uma centena de filmes no seu curriculum mas diz que “a culpa de estar longe dos filhos nunca desaparece”. No Alta Definição, o ator fala da infância difícil e aborda a dor da perda dos pais, especialmente da mãe, que faleceu com Alzheimer.

    Joaquim de Almeida reflete ainda sobre o estado do mundo atual e deixa um alerta: “Acho que estamos à beira de qualquer coisa má. Eu espero que os meus olhos estejam a vejam mal. Temos que ter cuidado”

    O Alta Definição foi conduzido por Daniel Oliveira e emitido na SIC a 1 de novembro.

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    46 minutos
  • Homenagem a Francisco Pinto Balsemão: ”Gostava de ter aprendido a tocar piano, a ler música e de ter talento para a poesia”
    Oct 25 2025

    Esta homenagem a Francisco Pinto Balsemão vai para além de um simples tributo a uma das figuras mais marcantes da história contemporânea portuguesa. Compilando entrevistas de várias personalidades de todos os quadrantes da sociedade, o Alta Definição deste sábado faz uma reflexão profunda sobre valores, liderança, responsabilidade social e o papel fundamental da comunicação social e da democracia da vida dos portugueses. Uma viagem pelos principais ensinamentos e ideias do homem que viveu para criar instituições, desdobrando cada um deles em conselhos práticos que podem inspirar não só jornalistas e políticos, mas qualquer pessoa que queira deixar o mundo melhor.

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    45 minutos
  • Francisco Pinto Balsemão (1937-2025): “Daqui a 200 anos serei provavelmente uma nota de pé de página. Não vale a pena termos temos grandes ilusões”
    Oct 22 2025

    No dia em que a SIC celebrou o seu 20º aniversário, o fundador da primeira televisão privada em Portugal foi entrevistado por Daniel Oliveira. Memórias, emoções partilhadas e revelações inéditas nesta primeira ida de Francisco Pinto Balsemão, militante número 1 do PSD e também fundador do Expresso, ao Alta Definição. Recorde aqui a emissão de outubro de 2012.

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    41 minutos
  • Francisco Pinto Balsemão (1937-2025): “O que está para trás é importante, naturalmente, mas o que interessa é sempre olhar para frente. Vale a pena explorar, abrir, entrar. Criar é muito importante”
    Oct 22 2025

    Em entrevista ao Alta Definição em setembro de 2021, Francisco Pinto Balsemão revisitou os momentos decisivos da sua vida — desde a infância numa família abastada, marcada pela morte prematura da irmã e pela pressão de carregar a única esperança familiar, até ao reconhecimento público que viria a conquistar. Revelou a profunda ligação à sua companheira, Mercedes Balsemão, pilar inabalável na sua caminhada, e recorda o período como primeiro-ministro de Portugal (1981–1983), bem como o contacto com figuras internacionais que marcaram essa época. Falou ainda do seu sonho menos conhecido de escrever poesia, das preocupações com o mundo digital e da luta contra a desinformação — temas que considerou cruciais para o futuro da comunicação. Fundador do semanário Expresso e da cadeia privada SIC, Balsemão não fugiu a perguntas sobre os seus maiores arrependimentos. A sua morte, a 21 de outubro de 2025, aos 88 anos, marcou o fim de um percurso singular e profundo de quem ajudou a escrever parte da história recente de Portugal.

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    40 minutos
  • Mariana Cabral: “Ao mesmo tempo que vou para as profundezas do obscuro, também vejo o quão ridículo isso é. Mas é combustível para o meu trabalho”
    Oct 18 2025

    No Alta Definição em podcast, Mariana Cabral, conhecida como Bumba na Fofinha, revela-se com humor e franqueza a Daniel Oliveira. Fala do medo de perder a graça, da síndrome do impostor e da dificuldade em desligar da persona pública criada ao longo de mais de uma década. A humorista confessa ser tímida e introvertida, apesar da imagem extrovertida, e valoriza a liberdade e o direito ao erro. Entre risos e introspeção, Mariana Cabral partilha o lado menos visível da maternidade, como a exaustão, a culpa e a depressão na gravidez, mas também a alegria profunda de ver crescer os filhos. A comediante recorda a infância em família numerosa, o humor partilhado entre irmãos e a liberdade para ser “pateta”. Rejeita o culto da perfeição nas redes e defende um olhar mais verdadeiro sobre a vida. O Alta Definição foi emitido na SIC a 18 de outubro.

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    58 minutos
  • Eduardo Sá: “Ensinei toda a minha vida o sistema nervoso. Quando desmaiei e tive o azar de fraturar a coluna percebi o que tinha em mãos, fiquei absolutamente imóvel”
    Oct 11 2025

    Eduardo Sá, psicólogo clínico e psicanalista, é o convidado de Daniel Oliveira no Alta Definição. Recorda a infância e o sonho de ser escritor, até que uma professora o fez despertar para a psicologia. Com vários livros publicados sobre educação, acredita que um bom pai é “alguém que faz uma asneira de oito em oito horas, um bocado como os antibióticos”. “Os pais às vezes educam as crianças para serem grandes, quando as deviam educar para serem capazes de crescer”, reforça o psicólogo, que aponta ser essencial as crianças brincarem. Durante a pandemia, um acidente em casa fez com que ficasse numa cadeira de rodas. “Fiz questão de ter alta numa sexta-feira 13. É uma maneira de dizer: ‘Se isto foi uma questão de azar, vamos ver quem manda nisto’”, afirma Eduardo Sá. O psicólogo critica ainda a falta de acessibilidade que existe por todo o país para quem está numa cadeira de rodas. Ouça a conversa intimista no Alta Definição, em podcast, emitido na SIC a 11 de outubro.

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    57 minutos