Caetano Veloso e Sganzerla: a história por trás de "Qualquer coisa"
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Sobre este título
Muita gente canta "Qualquer Coisa" do Caetano Veloso. Quase ninguém sabe que ela nasceu de um filme.Em 1970, Sganzerla, Bressane e Helena Ignez fundam a Belair — produtora clandestina que durou 4 meses e fez uns 10 filmes. Quando o cerco aperta, vão pro exílio. Em Londres, encontram Caetano e Gil. Assistem juntos a "Sem Essa Aranha". Caetano surta. Quando se recupera, escreve a música."Não se avexe não, baião de dois, deixe de manha, pois sem essa aranha…"É uma das referências direta ao filme, que na verdade canta o filme todo e a reação de Caetano diante dele. E os "berros pelo aterro" são os gritos da Maria Gladys — "tô com fome!", "é preciso pecar em dobro!" — que interrompem as cenas o tempo todo.Nesta gravação, falo sobre a cena que ficou conhecida como "os 5 minutos mais belos do cinema brasileiro": Luiz Gonzaga nos fundos do bordel, como se o Nordeste inteiro emergisse ali. A câmera não subordina o Gonzaga — é ele que puxa a câmera, é o ímã magnético. Helena Ignez invade, beija a testa dele, coroa o rei do baião.Isso é linguagem de poesia. É narrativa descolonizadora.🎓 Comunidade: https://ead.aengenhoca.com/narrativadescolonizadora#CaetanoVeloso #QualquerCoisa #RogérioSganzerla #SemEssaAranha #Belair #LuizGonzaga #CinemaMarginal #HelenaIgnez #JúlioBressane #MariaGladys #LinguagemDePoesia #CinemaBrasileiro