Episódios

  • 'Made in' Amazônia: uma oportunidade de US$ 200 bilhões
    Oct 23 2025

    Esse episódio não é sobre petróleo — mas a conversa que você vai ouvir é ainda mais relevante no contexto atual, em que o Brasil discute a abertura de uma nova área de exploração na foz do Rio Amazonas, no norte do país.

    Além de todos os efeitos adversos da possível exploração — o impacto climático e o impacto socioambiental em uma região tão sensível — o ponto é que o impacto econômico do petróleo não é óbvio. Transformar as receitas do petróleo em desenvolvimento duradouro depende de muita coisa: de instituições sólidas, de disciplina fiscal, de fundos soberanos eficientes e de políticas de diversificação econômica. E tudo isso dentro de um período limitado, porque a transição energética já está em curso. Ou seja: é uma tarefa muito maior do que simplesmente começar a furar poços.

    É nesse contexto que o episódio de hoje traz uma discussão sobre outra alternativa para o desenvolvimento econômico da Amazônia: a exportação de produtos agrícolas compatíveis com a floresta. O meu entrevistado é Salo Coslovsky, professor da New York University e pesquisador do Projeto Amazônia 2030. Na opinião dele, já existe um mercado global de cerca de 200 bilhões de dólares para commodities que podem ser exploradas com respeito à floresta — mas cuja participação da Amazônia brasileira ainda é mínima.

    Nessa conversa, ele explica que produtos são esses, quais os possíveis modelos de exploração e o que precisa ser feito para viabilizar essa oportunidade.


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    30 minutos
  • COP30: os avanços possíveis
    Oct 9 2025

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    Agora falta pouco: em um mês começa a COP30, no Brasil. Os desafios dessa Conferência do Clima você já conhece. Tem o problema prático das acomodações em Belém, que ainda não foi resolvido. E tem o cenário geopolítico desfavorável, com a saída dos EUA do Acordo de Paris e uma mudança de foco da Europa. Até agora, a maior parte dos países ainda não entregou suas metas de descarbonização à ONU.

    Pois então, nesse cenário, o que esperar dessa COP? De onde podem vir os avanços?

    Eu conversei com Alice Amorim, a diretora de programa da COP30, para entender quais as oportunidades desse evento e como o Brasil está se preparando para aproveitá-las. Nessa entrevista, ela fala do trabalho que está acontecendo nos bastidores e explica o que pode ser visto como progresso em um processo tão complexo, pra lidar com um problema tão estrutural, e que depende do consenso global.


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    28 minutos
  • Lula, Trump e o clima em NY; TFFF; NDCs atrasadas: uma conversa com o Reset
    Sep 25 2025

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    Esta é a minha conversa mensal com Sérgio Teixeira Júnior, editor do Reset. Juntos, a gente traz a análise das principais notícias do clima no Brasil e no mundo. Neste episódio falamos sobre:

    • Trump, Lula e o clima na Assembléia Geral da ONU,
    • a Semana do Clima em NY,
    • o fundo proposto pelo Brasil pra preservar florestas tropicais,
    • o atraso generalizado nas entregas de NDCs,
    • o clima para a COP30

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    Veja aqui o guia do Reset para o TFFF (Tropical Forests Forever Facility).


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    29 minutos
  • O dilema "food vs. fuels"
    Sep 11 2025

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    Biocombustíveis tiram terra agricultável dos alimentos? Eles geram inflação? Podem estimular o desmatamento? Este episódio é sobre o que os estudos científicos têm a dizer a respeito do famoso debate food x fuels.

    A entrevistada é Glaucia Mendes Souza, professora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo e líder da força-tarefa de Biocombustíveis para a Descarbonização do programa de bioenergia da Agência Internacional de Energia.


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    29 minutos
  • Licenciamento ambiental, metas setoriais de descarbonização, apetite da Europa por créditos de carbono: uma conversa com o Reset
    Jul 31 2025

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    Melina Costa e Sérgio Teixeira Júnior, editor do Reset, trazem a análise das principais notícias do clima no Brasil e no mundo. Neste episódio, eles falam sobre a nova meta de descarbonização da Europa e como isso poderia beneficiar empresas de créditos de carbono no Brasil. Também falam sobre os planos setoriais do país para atingir a sua NDC, ou contribuição nacionalmente determinada. Agora tem desmatamento que vai entrar na conta do agro. Este episódio também tem a participação de Caio Victor Vieira, do Instituto Talanoa. Ele fez uma análise do PL do licenciamento ambiental, que, apesar da pressão de ambientalistas, foi aprovado pelo Congresso.


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    30 minutos
  • O Brasil pode liderar a transição energética global?
    Jul 17 2025

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    Metade da matriz energética brasileira é renovável – e a eletricidade é particularmente limpa. Mais de 80% da eletricidade brasileira vem de fontes como hidrelétrica, eólica, solar e biomassa. Enquanto o mundo tenta se afastar dos combustíveis fósseis, isso deveria ser uma baita vantagem competitiva, certo?

    Os combustíveis brasileiros poderiam ser exportados. E indústrias inteiras deveriam se instalar no Brasil, onde produzir, de aço a painéis solares, emite menos carbono. Então, por que isso não está acontecendo? Pelo menos não no ritmo capaz de fazer do Brasil um grande protagonista da transição energética global.

    Quem responde essa pergunta é Rosana Santos, diretora executiva do think tank E+, Transição Energética. A Rosana trabalha exatamente para promover o potencial do Brasil entre empresas e governos estrangeiros – e entre os próprios brasileiros.

    Como você vai ver nessa conversa, o tema é complexo, porque nenhum país quer abrir mão de sua indústria – mesmo que ela seja suja e pouco competitiva. E, ao mesmo tempo, convenhamos: o Brasil também não se ajuda.

    Essa entrevista foi gravada dias depois de o Congresso ter derrubado alguns vetos do presidente Lula aos chamados jabutis da Lei das Eólicas Offshore. Ou seja, a lei que trata da geração de energia em alto-mar acabou incluindo uma série de subsídios para outras fontes e projetos específicos, que terão um impacto bilionário nos custos de energia para consumidores ao longo das próximas décadas.

    ** Signals IQ: inteligência de mídia para entender como as empresas e os temas brasileiros são vistos no exterior. Acesse www.signals-iq.com e escreva para melina@signals-iq.com**

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    35 minutos
  • Ouça para entender (mesmo) os temas da COP30 - e os resultados de Bonn
    Jul 3 2025

    ** Signals IQ: inteligência de mídia para entender como as empresas e os temas brasileiros são vistos no exterior. Interessado em receber a minha análise todas as semanas? Acesse www.signals-iq.com e escreva para melina@signals-iq.com

    Em meio a ataques dos Estados Unidos ao Irã e ao anúncio de que a Europa vai investir em defesa como há décadas não fazia, terminaram em Bonn, na Alemanha, as reuniões preparatórias para a COP 30. Durante dez dias, negociadores de mais de 190 países se reuniram para adiantar os trabalhos da Conferência do Clima da ONU, que acontecerá em novembro, em Belém do Pará.

    Apesar do cenário geopolítico tenso, a expectativa era alta — especialmente para a diplomacia brasileira, que quer fazer da COP30 a conferência da implementação, em que sairiam do papel compromissos firmados em edições anteriores. E então? Deu certo?

    A resposta não é simples. Mas o entrevistado deste episódio conseguiu destrinchar os principais temas da conferência, os avanços e os impasses. André Castro é diretor técnico da LACLIMA, uma rede de advogados para ação climática; ele esteve em Bonn e acompanhou as negociações.


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    30 minutos
  • Restauração florestal: uma nova geração de créditos de carbono
    Jun 19 2025

    Nos últimos anos, os projetos de créditos de carbono para a proteção de florestas, chamados de REDD, enfrentaram revezes. Depois de acusações de que muitos desses projetos não entregam o que prometem, a demanda por créditos no mercado voluntário caiu e ainda não recuperou o patamar do início desta década.

    Pois eis que agora surge um novo tipo de projeto, que voltou a atrair a confiança tanto de grandes investidores quanto de grandes compradores. Aqui, não se trata de proteger florestas do desmatamento, mas de restaurar áreas que já foram destruídas.

    Startups dedicadas ao reflorestamento foram criadas recentemente e começam a anunciar seus primeiros negócios. A re.green tem entre seus sócios a família Moreira Salles, do Itaú; a Gávea Investimentos, de Armínio Fraga; e Guilherme Leal, um dos controladores da Natura.

    A re.green já se comprometeu a vender mais de 6 milhões de créditos para a Microsoft. A Mombak, fundada por ex-executivos do Nubank e do aplicativo de transporte 99, fechou acordos com Google e Microsoft. E a Biomas, resultante da parceria entre Itaú Unibanco, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale, anunciou seu primeiro projeto: restaurar 1.200 hectares de Mata Atlântica.

    Mas o que, exatamente, explica a maior atratividade dos projetos de restauração? Não que eles não sejam necessários: o Brasil tem dezenas de milhões de hectares de áreas degradadas. Mas recuperar florestas e outros ecossistemas leva décadas e exige uma construção financeira particular. É exatamente isso que eu exploro neste episódio, em uma conversa com Cristiano Oliveira, diretor de desenvolvimento de negócios e sustentabilidade da Biomas.

    *Para quem quiser aprender ainda mais sobre a restauração florestal:

    • "As Construtoras de Florestas” do podcast Carbono Zero, do Reset.
    • For scandal-ridden carbon credit industry, Amazon restoration offers redemption, do site Mongabay
    • “O fim do mercado voluntário de carbono,” do Economia do Futuro.


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    33 minutos