Episódios

  • Licenciamento ambiental, metas setoriais de descarbonização, apetite da Europa por créditos de carbono: uma conversa com o Reset
    Jul 31 2025

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    Melina Costa e Sérgio Teixeira Júnior, editor do Reset, trazem a análise das principais notícias do clima no Brasil e no mundo. Neste episódio, eles falam sobre a nova meta de descarbonização da Europa e como isso poderia beneficiar empresas de créditos de carbono no Brasil. Também falam sobre os planos setoriais do país para atingir a sua NDC, ou contribuição nacionalmente determinada. Agora tem desmatamento que vai entrar na conta do agro. Este episódio também tem a participação de Caio Victor Vieira, do Instituto Talanoa. Ele fez uma análise do PL do licenciamento ambiental, que, apesar da pressão de ambientalistas, foi aprovado pelo Congresso.


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    30 minutos
  • O Brasil pode liderar a transição energética global?
    Jul 17 2025

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    Metade da matriz energética brasileira é renovável – e a eletricidade é particularmente limpa. Mais de 80% da eletricidade brasileira vem de fontes como hidrelétrica, eólica, solar e biomassa. Enquanto o mundo tenta se afastar dos combustíveis fósseis, isso deveria ser uma baita vantagem competitiva, certo?

    Os combustíveis brasileiros poderiam ser exportados. E indústrias inteiras deveriam se instalar no Brasil, onde produzir, de aço a painéis solares, emite menos carbono. Então, por que isso não está acontecendo? Pelo menos não no ritmo capaz de fazer do Brasil um grande protagonista da transição energética global.

    Quem responde essa pergunta é Rosana Santos, diretora executiva do think tank E+, Transição Energética. A Rosana trabalha exatamente para promover o potencial do Brasil entre empresas e governos estrangeiros – e entre os próprios brasileiros.

    Como você vai ver nessa conversa, o tema é complexo, porque nenhum país quer abrir mão de sua indústria – mesmo que ela seja suja e pouco competitiva. E, ao mesmo tempo, convenhamos: o Brasil também não se ajuda.

    Essa entrevista foi gravada dias depois de o Congresso ter derrubado alguns vetos do presidente Lula aos chamados jabutis da Lei das Eólicas Offshore. Ou seja, a lei que trata da geração de energia em alto-mar acabou incluindo uma série de subsídios para outras fontes e projetos específicos, que terão um impacto bilionário nos custos de energia para consumidores ao longo das próximas décadas.

    ** Signals IQ: inteligência de mídia para entender como as empresas e os temas brasileiros são vistos no exterior. Acesse www.signals-iq.com e escreva para melina@signals-iq.com**

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    35 minutos
  • Ouça para entender (mesmo) os temas da COP30 - e os resultados de Bonn
    Jul 3 2025

    ** Signals IQ: inteligência de mídia para entender como as empresas e os temas brasileiros são vistos no exterior. Interessado em receber a minha análise todas as semanas? Acesse www.signals-iq.com e escreva para melina@signals-iq.com

    Em meio a ataques dos Estados Unidos ao Irã e ao anúncio de que a Europa vai investir em defesa como há décadas não fazia, terminaram em Bonn, na Alemanha, as reuniões preparatórias para a COP 30. Durante dez dias, negociadores de mais de 190 países se reuniram para adiantar os trabalhos da Conferência do Clima da ONU, que acontecerá em novembro, em Belém do Pará.

    Apesar do cenário geopolítico tenso, a expectativa era alta — especialmente para a diplomacia brasileira, que quer fazer da COP30 a conferência da implementação, em que sairiam do papel compromissos firmados em edições anteriores. E então? Deu certo?

    A resposta não é simples. Mas o entrevistado deste episódio conseguiu destrinchar os principais temas da conferência, os avanços e os impasses. André Castro é diretor técnico da LACLIMA, uma rede de advogados para ação climática; ele esteve em Bonn e acompanhou as negociações.


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    30 minutos
  • Restauração florestal: uma nova geração de créditos de carbono
    Jun 19 2025

    Nos últimos anos, os projetos de créditos de carbono para a proteção de florestas, chamados de REDD, enfrentaram revezes. Depois de acusações de que muitos desses projetos não entregam o que prometem, a demanda por créditos no mercado voluntário caiu e ainda não recuperou o patamar do início desta década.

    Pois eis que agora surge um novo tipo de projeto, que voltou a atrair a confiança tanto de grandes investidores quanto de grandes compradores. Aqui, não se trata de proteger florestas do desmatamento, mas de restaurar áreas que já foram destruídas.

    Startups dedicadas ao reflorestamento foram criadas recentemente e começam a anunciar seus primeiros negócios. A re.green tem entre seus sócios a família Moreira Salles, do Itaú; a Gávea Investimentos, de Armínio Fraga; e Guilherme Leal, um dos controladores da Natura.

    A re.green já se comprometeu a vender mais de 6 milhões de créditos para a Microsoft. A Mombak, fundada por ex-executivos do Nubank e do aplicativo de transporte 99, fechou acordos com Google e Microsoft. E a Biomas, resultante da parceria entre Itaú Unibanco, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale, anunciou seu primeiro projeto: restaurar 1.200 hectares de Mata Atlântica.

    Mas o que, exatamente, explica a maior atratividade dos projetos de restauração? Não que eles não sejam necessários: o Brasil tem dezenas de milhões de hectares de áreas degradadas. Mas recuperar florestas e outros ecossistemas leva décadas e exige uma construção financeira particular. É exatamente isso que eu exploro neste episódio, em uma conversa com Cristiano Oliveira, diretor de desenvolvimento de negócios e sustentabilidade da Biomas.

    *Para quem quiser aprender ainda mais sobre a restauração florestal:

    • "As Construtoras de Florestas” do podcast Carbono Zero, do Reset.
    • For scandal-ridden carbon credit industry, Amazon restoration offers redemption, do site Mongabay
    • “O fim do mercado voluntário de carbono,” do Economia do Futuro.


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    33 minutos
  • Más notícias no Brasil, classificação de risco de países pela União Europeia, transição da indústria: uma conversa com o Reset
    Jun 5 2025

    Essa é a minha conversa mensal com Sérgio Teixeira Júnior, editor do Reset. Juntos, a gente traz a análise das principais notícias do clima no Brasil e no mundo. Neste episódio, falamos sobre as más notícias vindas do Brasil na área ambiental, a classificação de risco de vários países pelo regulamento antidesmatamento da União Europeia, e os projetos no Brasil do Acelerador de Transição Industrial — um projeto que tem o apoio da ONU e tenta destravar a descarbonização da indústria.

    *Se você é jornalista com experiência na cobertura de economia, negócios ou meio ambiente, e gostaria de ajudar a produzir e editar o Economia do Futuro, escreva para podcast@economiadofuturo.com.

    **Artigo do advogado Bruno Galvão no Reset, sobre a classificação de países de acordo com o risco de desmatamento, feito pelo União Europeia: aqui

    *** Artigo do Sérgio Teixeira Jr. sobre o problema de narrativa da COP30: aqui

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    28 minutos
  • O fim do mercado voluntário de carbono?
    May 22 2025

    A ideia dos créditos de carbono é poderosa: ao se colocar preços nas emissões e permitir o seu comércio, é possível oferecer incentivos para a descarbonização de vários setores da economia e para a criação de projetos que absorvam ou evitem gases de efeito estufa.

    Mas essa também é uma história de expectativas frustradas. Na primeira grande fase dos mercados de carbono, no início dos anos 2000, um esquema de comércio internacional foi estruturado e cresceu. Cerca de 1 bilhão de toneladas de emissões foram compensadas por meio do chamado MDL, Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. Mas também houve uma enxurrada de projetos de baixa qualidade, uma crise financeira global e a falta de compromisso dos países para dar continuidade a esse mecanismo.

    Mais recentemente, com o esforço de empresas para atingir o net zero, os créditos de carbono ganharam novo fôlego, dessa vez em um mercado voluntário. Bom, o resto da história você deve se lembrar. Houve um pico em 2021 e quedas desde então, por conta de uma grave crise de credibilidade.

    Ok, e agora? O episódio de hoje tenta responder a essa pergunta. Meu convidado é um pioneiro em mercados de carbono. Pedro Moura Costa esteve envolvido nos primeiros projetos de créditos de carbono do mundo e fundou a EcoSecurities, empresa que abriu capital na Bolsa de Londres e liderou o setor de compensações em sua primeira fase (sob o Protocolo de Kyoto). Pedro também fundou a ONG BVRio, Bolsa Verde do Rio de Janeiro e, como autor principal do IPCC – o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU – foi um dos pesquisadores reconhecidos pelo Prêmio Nobel da Paz de 2007, concedido ao IPCC como um todo. Hoje, Pedro é membro do conselho consultivo da Oxford Climate Policy e da Voluntary Carbon Markets Integrity Initiative (VCMI) – ou seja, continua absolutamente envolvido na evolução dos mercados de carbono.

    Eu já vou adiantar aqui a parte mais importante dessa conversa: Pedro não vê futuro para o mercado voluntário. Pelo contrário, ele acredita numa substituição por outro sistema, de compliance.

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    40 minutos
  • Carbono Zero: estreia hoje
    May 15 2025

    Hoje não é dia de Economia do Futuro, mas é dia de Carbono Zero, o novo podcast do Reset que estreia hoje. Clique aqui para ouvir o Carbono Zero no Spotify.

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    2 minutos
  • Reação pró-clima no Canadá, Austrália e China; desmatamento do agro no Brasil e afrouxamento de regulações na UE: uma conversa com o Reset
    May 8 2025

    Esta é a minha conversa mensal com Sérgio Teixeira Júnior, editor do Reset. Juntos, a gente traz a análise das principais notícias do clima no Brasil e no mundo. Neste episódio falamos sobre:

    • os sinais anti-Trump e pró-clima no Canadá, na Austrália e na China
    • a contabilidade de emissões brasileiras: tem desmatamento que pode passar a entrar na conta do agro
    • detalhes sobre o afrouxamento das regras de reporte corporativo na Europa, em uma conversa com o advogado Bruno Galvão, do escritório Blomstein em Berlim.



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