Episódios

  • Ouça para entender (mesmo) os temas da COP30 - e os resultados de Bonn
    Jul 3 2025

    ** Signals IQ: inteligência de mídia para entender como as empresas e os temas brasileiros são vistos no exterior. Interessado em receber a minha análise todas as semanas? Acesse www.signals-iq.com e escreva para melina@signals-iq.com

    Em meio a ataques dos Estados Unidos ao Irã e ao anúncio de que a Europa vai investir em defesa como há décadas não fazia, terminaram em Bonn, na Alemanha, as reuniões preparatórias para a COP 30. Durante dez dias, negociadores de mais de 190 países se reuniram para adiantar os trabalhos da Conferência do Clima da ONU, que acontecerá em novembro, em Belém do Pará.

    Apesar do cenário geopolítico tenso, a expectativa era alta — especialmente para a diplomacia brasileira, que quer fazer da COP30 a conferência da implementação, em que sairiam do papel compromissos firmados em edições anteriores. E então? Deu certo?

    A resposta não é simples. Mas o entrevistado deste episódio conseguiu destrinchar os principais temas da conferência, os avanços e os impasses. André Castro é diretor técnico da LACLIMA, uma rede de advogados para ação climática; ele esteve em Bonn e acompanhou as negociações.


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    30 minutos
  • Restauração florestal: uma nova geração de créditos de carbono
    Jun 19 2025

    Nos últimos anos, os projetos de créditos de carbono para a proteção de florestas, chamados de REDD, enfrentaram revezes. Depois de acusações de que muitos desses projetos não entregam o que prometem, a demanda por créditos no mercado voluntário caiu e ainda não recuperou o patamar do início desta década.

    Pois eis que agora surge um novo tipo de projeto, que voltou a atrair a confiança tanto de grandes investidores quanto de grandes compradores. Aqui, não se trata de proteger florestas do desmatamento, mas de restaurar áreas que já foram destruídas.

    Startups dedicadas ao reflorestamento foram criadas recentemente e começam a anunciar seus primeiros negócios. A re.green tem entre seus sócios a família Moreira Salles, do Itaú; a Gávea Investimentos, de Armínio Fraga; e Guilherme Leal, um dos controladores da Natura.

    A re.green já se comprometeu a vender mais de 6 milhões de créditos para a Microsoft. A Mombak, fundada por ex-executivos do Nubank e do aplicativo de transporte 99, fechou acordos com Google e Microsoft. E a Biomas, resultante da parceria entre Itaú Unibanco, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale, anunciou seu primeiro projeto: restaurar 1.200 hectares de Mata Atlântica.

    Mas o que, exatamente, explica a maior atratividade dos projetos de restauração? Não que eles não sejam necessários: o Brasil tem dezenas de milhões de hectares de áreas degradadas. Mas recuperar florestas e outros ecossistemas leva décadas e exige uma construção financeira particular. É exatamente isso que eu exploro neste episódio, em uma conversa com Cristiano Oliveira, diretor de desenvolvimento de negócios e sustentabilidade da Biomas.

    *Para quem quiser aprender ainda mais sobre a restauração florestal:

    • "As Construtoras de Florestas” do podcast Carbono Zero, do Reset.
    • For scandal-ridden carbon credit industry, Amazon restoration offers redemption, do site Mongabay
    • “O fim do mercado voluntário de carbono,” do Economia do Futuro.


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    33 minutos
  • Más notícias no Brasil, classificação de risco de países pela União Europeia, transição da indústria: uma conversa com o Reset
    Jun 5 2025

    Essa é a minha conversa mensal com Sérgio Teixeira Júnior, editor do Reset. Juntos, a gente traz a análise das principais notícias do clima no Brasil e no mundo. Neste episódio, falamos sobre as más notícias vindas do Brasil na área ambiental, a classificação de risco de vários países pelo regulamento antidesmatamento da União Europeia, e os projetos no Brasil do Acelerador de Transição Industrial — um projeto que tem o apoio da ONU e tenta destravar a descarbonização da indústria.

    *Se você é jornalista com experiência na cobertura de economia, negócios ou meio ambiente, e gostaria de ajudar a produzir e editar o Economia do Futuro, escreva para podcast@economiadofuturo.com.

    **Artigo do advogado Bruno Galvão no Reset, sobre a classificação de países de acordo com o risco de desmatamento, feito pelo União Europeia: aqui

    *** Artigo do Sérgio Teixeira Jr. sobre o problema de narrativa da COP30: aqui

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    28 minutos
  • O fim do mercado voluntário de carbono?
    May 22 2025

    A ideia dos créditos de carbono é poderosa: ao se colocar preços nas emissões e permitir o seu comércio, é possível oferecer incentivos para a descarbonização de vários setores da economia e para a criação de projetos que absorvam ou evitem gases de efeito estufa.

    Mas essa também é uma história de expectativas frustradas. Na primeira grande fase dos mercados de carbono, no início dos anos 2000, um esquema de comércio internacional foi estruturado e cresceu. Cerca de 1 bilhão de toneladas de emissões foram compensadas por meio do chamado MDL, Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. Mas também houve uma enxurrada de projetos de baixa qualidade, uma crise financeira global e a falta de compromisso dos países para dar continuidade a esse mecanismo.

    Mais recentemente, com o esforço de empresas para atingir o net zero, os créditos de carbono ganharam novo fôlego, dessa vez em um mercado voluntário. Bom, o resto da história você deve se lembrar. Houve um pico em 2021 e quedas desde então, por conta de uma grave crise de credibilidade.

    Ok, e agora? O episódio de hoje tenta responder a essa pergunta. Meu convidado é um pioneiro em mercados de carbono. Pedro Moura Costa esteve envolvido nos primeiros projetos de créditos de carbono do mundo e fundou a EcoSecurities, empresa que abriu capital na Bolsa de Londres e liderou o setor de compensações em sua primeira fase (sob o Protocolo de Kyoto). Pedro também fundou a ONG BVRio, Bolsa Verde do Rio de Janeiro e, como autor principal do IPCC – o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU – foi um dos pesquisadores reconhecidos pelo Prêmio Nobel da Paz de 2007, concedido ao IPCC como um todo. Hoje, Pedro é membro do conselho consultivo da Oxford Climate Policy e da Voluntary Carbon Markets Integrity Initiative (VCMI) – ou seja, continua absolutamente envolvido na evolução dos mercados de carbono.

    Eu já vou adiantar aqui a parte mais importante dessa conversa: Pedro não vê futuro para o mercado voluntário. Pelo contrário, ele acredita numa substituição por outro sistema, de compliance.

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    40 minutos
  • Carbono Zero: estreia hoje
    May 15 2025

    Hoje não é dia de Economia do Futuro, mas é dia de Carbono Zero, o novo podcast do Reset que estreia hoje. Clique aqui para ouvir o Carbono Zero no Spotify.

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    2 minutos
  • Reação pró-clima no Canadá, Austrália e China; desmatamento do agro no Brasil e afrouxamento de regulações na UE: uma conversa com o Reset
    May 8 2025

    Esta é a minha conversa mensal com Sérgio Teixeira Júnior, editor do Reset. Juntos, a gente traz a análise das principais notícias do clima no Brasil e no mundo. Neste episódio falamos sobre:

    • os sinais anti-Trump e pró-clima no Canadá, na Austrália e na China
    • a contabilidade de emissões brasileiras: tem desmatamento que pode passar a entrar na conta do agro
    • detalhes sobre o afrouxamento das regras de reporte corporativo na Europa, em uma conversa com o advogado Bruno Galvão, do escritório Blomstein em Berlim.



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    31 minutos
  • As outras tarifas comerciais
    Apr 11 2025

    O comércio global acaba de ficar extremamente complicado por conta da guerra comercial promovida pelos EUA contra o resto do mundo. Mas ainda tem mais vindo por aí. Nos próximos anos, uma série de legislações socioambientais introduzidas por países ricos pode impactar as exportações brasileiras.

    Na União Europeia — principal fonte dessas novas regras — o regulamento antidesmatamento entra em vigor em dezembro de 2025 para grandes empresas e, em meados de 2026, para as de menor porte. No início de 2026, o bloco também introduz o CBAM, um mecanismo de ajuste de fronteira para a cobrança de carbono.

    No Reino Unido, o Forest Risk Commodity Scheme — legislação semelhante ao regulamento europeu — ainda precisa de detalhamento e de um cronograma de aplicação, mas conta com o apoio do governo atual. Até os EUA discutem, desde 2021, sua própria iniciativa nessa área, o chamado Forest Act, embora o futuro desse projeto de lei seja muito mais incerto.

    O ponto é que, ao contrário do tarifaço arbitrário de Trump, todas essas regras e legislações que acabei de citar vêm sendo discutidas há bastante tempo — e já é possível se preparar para os seus impactos.

    Neste episódio, converso com Thais Diniz Oliveira, pesquisadora na área de sistemas alimentares na Cornell University, nos EUA. A Thais esteve envolvida em diversos estudos acadêmicos sobre o impacto de políticas comerciais verdes e explica os possíveis cenários para as exportações brasileiras. Como essas legislações ainda não entraram em vigor, este é um exercício de abstração — baseado em modelos econômicos mas, ainda assim, apenas projeções.

    Você vai ouvir duas análises diferentes nesta conversa: uma feita pela Thais e seus colegas como parte do Global Policy Incubator, uma iniciativa para o desenho de políticas públicas em Berlim; e a outra, apresentada em um artigo publicado na revista científica Climate Policy.

    * Link para o artigo de Thais Diniz Oliveira e colegas no jornal científico Climate Policy.

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    24 minutos
  • Como descarbonizar o cimento
    Apr 3 2025

    Olhe ao seu redor. É muito provável que você esteja cercado de infra-estrutura construída com cimento. O cimento é o material sólido mais usado no mundo e, sozinho, é responsável por mais de 7% das emissões globais de carbono. Reduzir o impacto desse material é essencial para conter a crise climática.

    Só que tem um problema. Nessa indústria, não basta simplesmente tirar os combustíveis fósseis da equação — o que, por si só, já é um baita desafio, como a gente sabe. Aqui, ainda é preciso lidar com as emissões que vêm de um processo químico da própria produção do cimento. Funciona assim: o cimento vem do calcário que, quando aquecido para isolar o óxido de cálcio, libera naturalmente CO₂ na atmosfera.

    Hoje eu converso com um brasileiro que está na linha de frente de um dos projetos mais ambiciosos do mundo para resolver esse problema. Marcelo de Oliveira é o funcionário número 1 e vice-presidente de ciência de materiais e geologia da Brimstone, uma startup sediada na Califórnia.

    Por trás da Brimstone está Bill Gates, que investe na empresa desde o primeiro round de financiamento, por meio do fundo Breakthrough Energy Ventures. Também apostaram na startup alguns dos fundos de venture capital mais importantes dos EUA — além do Amazon Pledge, do Jeff Bezos.

    Nessa conversa, o Marcelo explica os desafios de transformar não só um material essencial, mas também uma indústria inteira.

    * Apoie o Economia do Futuro e indique este episódio pra alguém.

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    27 minutos