
Expulso de casa aos 13 anos por ser gay, ele encontrou uma família no Candomblé
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Sobre este áudio
Expulso de casa aos 13 anos por ser gay, Rodrigo encontrou uma família no Candomblé.
Rodrigo nunca conheceu a mãe biológica. Foi criado pela avó paterna, a quem chamava de mãe. Foi ela quem tentou protegê-lo do pai alcoólatra e violento. No hospital, pouco antes de partir, ela avisou: “Você vai sofrer. Vai passar um inferno. Mas seja forte como sua mãe.”
E foi. Um dia depois, Rodrigo virou peso morto pra família. “Quem é que quer ter um viado em casa?”, disseram. E ele foi embora, aos 13 anos, com uma mochila nas costas. Dormiu na rua, sentiu fome, apanhou, achou que ia morrer.
Até que viu uma mulher fazendo uma oferenda para Iemanjá na beira da praia. Rodrigo não sabia o que era aquilo, mas imitou tudo o que a mulher fez: bateu palma, jogou flor sobre a cabeça, apagou as velas só pra acender de novo. E rezou. “Pelo amor de Deus, Nossa Senhora Iemanjá, eu não aguento mais. Só não me deixa morrer.”
No mesmo dia, foi até um quiosque onde uma senhora o ajudava. Ela olhou pra ele e perguntou se ele sabia fazer faxina. Rodrigo abraçou aquela oportunidade na hora, ganhou dinheiro, tomou banho, comeu, dormiu numa cama pela primeira vez em meses.
Essa conquista foi o primeiro milagre da sua vida depois dele pedir para Iemanjá. Ali ele voltou a ser gente.
A faxina virou sua profissão ali nos quiosques da praia. Com o dinheiro, ele voltou para sua cidade natal e alugou um quartinho. Em frente tinha um terreiro de Candomblé, e foi ali que descobriu que aquele lugar era seu lugar.
Hoje, já com uma história dentro da religião, ele construiu o próprio terreiro com o marido, Felipe. E foi Iemanjá de novo quem enviou mais um milagre: a filha adotiva do casal, Maria Padilha.
E se no passado Rodrigo não tinha nada, nem família, nem um teto, nem perspectiva de futuro, hoje ele tem tudo.
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