Episódios

  • Trump quer "tomar" o Canal do Panamá de volta?
    Oct 17 2025

    O Canal do Panamá é uma rota vital que movimenta cerca de 6% do comércio global e é o principal atalho entre o Oceano Pacífico e o Atlântico. Para os Estados Unidos, o canal é de longe a via mais utilizada, por onde trafegam aproximadamente 40% de todo o seu tráfego de contêineres, avaliado em bilhões de dólares anualmente.

    No entanto, essa via crucial tornou-se o campo de uma disputa geopolítica acirrada entre os EUA e a China, o segundo maior usuário do canal. A polêmica aumentou quando o ex-presidente Trump prometeu "retomar" o canal, alegando que a China estaria influenciando as operações e violando o Tratado de Neutralidade de 1977.

    Investimentos chineses em infraestrutura panamenha, incluindo a operação de dois portos importantes e a construção de uma quarta ponte sobre a via navegável, preocupam os EUA, que veem isso como uma ameaça à segurança nacional e à neutralidade do canal.

    Descubra a história controversa do canal — desde a sua construção pelos americanos e a anexação da Zona do Canal até a recuperação da soberania pelo Panamá em 1999. Veja como o Panamá tenta manter sua soberania nacional enquanto é pressionado por Washington e Pequim, e como a ameaça de intervenção americana, prevista no tratado para defender a neutralidade, paira sobre a região.

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    34 minutos
  • Nobel da Paz: Carta Branca para a Guerra? O Valor Geopolítico de Premiar a Democracia (e Condenar Maduro)
    Oct 16 2025

    O Nobel da Paz é um reconhecimento que vai muito além da ciência, mas será que ele realmente traz paz? 🕊️

    Neste episódio explosivo, mergulhamos no valor geopolítico do Prêmio Nobel da Paz e desvendamos sua complexa relação com a democracia e o autoritarismo global. Analisamos o impacto da controversa premiação à opositora venezuelana María Corina Machado, que o Comitê usou para condenar o regime de Nicolás Maduro.

    O que você vai ouvir:

    • Carta Branca para a Guerra? O paradoxo de líderes como Obama e Abiy Ahmed usarem o Nobel para justificar o "conflito justo".

    • O Alerta Global: Como o prêmio se tornou uma arma de defesa da democracia (Paz Positiva) e um alerta contra autocratas.

    • Blindagem ou Escala? Qual é o impacto real do prêmio para Maduro e para Machado, e o risco de reacender a tensão internacional na América Latina.

    • As Polêmicas: Por que figuras como Trump, Hitler e Stalin já foram indicadas? E o que a história de Gandhi nos diz sobre os ideais pós-prêmio.

    👉 Dê o Play para entender por que o Nobel da Paz é, na verdade, um dos maiores palcos da diplomacia e da guerra política do mundo.

    #NobelDaPaz #MariaCorinaMachado #Geopolítica #Venezuela #Democracia #Autoritarismo #Maduro #Podcast

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    31 minutos
  • Erosão das democracias
    Oct 8 2025

    Baseada na estrutura de Samuel P. Huntington e nos dados do projeto V-Dem (Variedades de Democracia), esta análise revela como os regimes políticos se movem entre:

    • Democracia Liberal (DL): Com fortes freios e contrapesos.

    • Democracia Eleitoral (DE): Focada em eleições livres e justas.

    • Autocracia Eleitoral (AE) e Fechada (AF).

    Estamos na 3ª Onda de Autocratização (a partir de 2000), marcada pela recessão democrática. A principal ameaça é a erosão iliberal: o esvaziamento das democracias que mantêm as eleições, mas perdem elementos cruciais como o Estado de Direito e as liberdades civis.

    Exemplos de Erosão Lenta:

    • A Hungria de Viktor Orbán, que usa emendas constitucionais para controlar o Judiciário.

    • A Turquia de Erdoğan, que reprime opositores sob a máscara da lei.

    • Os EUA, que sofrem o desgaste dos checks and balances (freios e contrapesos) tradicionais.

    O Brasil: Atualmente uma DE, o país é um dos raros exemplos de "Viragem Democrática" (U-Turn) na 3ª Onda, provando a resiliência institucional contra o retrocesso.

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    40 minutos
  • Hamas começa a negociar?
    Oct 6 2025

    A notícia principal é o avanço crucial no cessar-fogo em Gaza, impulsionado pelo plano de paz de 20 pontos proposto pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump.

    O Hamas respondeu ao ultimato de Trump e concordou em libertar todos os reféns israelenses remanescentes – tanto vivos quanto mortos. O grupo também manifestou apreço pelos esforços de Trump para acabar com a guerra.

    O Plano e a Reação de Trump O plano de paz exige que o Hamas entregue a administração da Faixa de Gaza a um corpo de tecnocratas ou independentes palestinos. O Hamas aceitou essa transferência de administração.

    Donald Trump celebrou o acordo, descrevendo-o como um "dia muito especial" e "sem precedentes". Ele agradeceu abertamente às nações mediadoras, incluindo Catar, Turquia, Arábia Saudita, Egito e Jordânia, por ajudarem a unificar os esforços para acabar com a guerra e alcançar a paz no Oriente Médio.

    Crucialmente, Trump instruiu Israel a parar imediatamente o bombardeio de Gaza, afirmando acreditar que o Hamas está pronto para uma paz duradoura.

    As Condições e os Pontos de Contenção Embora o Hamas tenha aceitado partes do plano, a sua resposta constitui uma aceitação parcial, servindo como uma base inicial para negociações adicionais, e não uma aceitação completa.

    Os principais entraves permanecem: o Hamas não concordou com o desarmamento ou desmilitarização, que são exigências-chave de Israel. Líderes do Hamas deixaram claro que não vão depor as armas antes que a ocupação israelense termine. Além disso, o Hamas busca garantias de que Israel se retirará totalmente de Gaza.

    A Resposta de Israel e os Próximos Passos O gabinete do Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está se preparando para a implementação imediata da primeira fase do plano, focada na libertação dos reféns. No entanto, há relatos de que Netanyahu ficou surpreso com o entusiasmo de Trump pela resposta do Hamas, pois o lado israelense via a declaração como falha em atender a aspectos cruciais do plano.

    Líderes internacionais, incluindo o Reino Unido, França e Itália, saudaram a decisão do Hamas. Os próximos 72 horas foram considerados críticos, pois intensas negociações devem ocorrer para resolver as questões pendentes, como o desarmamento e a retirada militar, determinando se o acordo levará de fato ao fim da guerra. A pressão está agora sobre Netanyahu para aceitar o acordo e levar os reféns para casa.

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    13 minutos
  • Tarifa Zero no Brasil
    Oct 3 2025

    Tarifa Zero: Um Investimento com Retorno GIGANTE para Belo Horizonte!

    A Tarifa Zero no transporte público não é apenas um gasto, é um investimento inteligente com alto retorno social e econômico. Estudos indicam que a gratuidade em Belo Horizonte (BH) pode gerar um retorno médio de R$ 3,89 para cada R$ 1 investido!

    Para as famílias de baixa renda em BH, essa política representa uma crucial liberação de renda, já que os gastos com transporte público podem comprometer cerca de 19% do orçamento familiar.

    Ao eliminar essa despesa, a Tarifa Zero não só reduz desigualdades socioeconômicas, mas também:

    Amplia o poder de consumo das famílias.

    Estimula o comércio e serviços locais, fomentando a geração de empregos e elevando a renda municipal.

    É um projeto que multiplica os ganhos econômicos para toda a cidade. #TarifaZeroBH #EconomiaLocal #MobilidadeUrbana.

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    40 minutos
  • "Acordo" de Paz para Gaza ou um ultimato?
    Oct 1 2025

    No dia 29 de setembro de 2025, os EUA propuseram um plano de paz de 20 pontos para Gaza. O "Plano Trump" promete o fim imediato da guerra, a libertação de reféns em 72h e a reconstrução do território, mas a análise dos detalhes é explosiva.

    Neste episódio, mergulhamos nos fatos e nas entrelinhas do acordo:

    • O Ultimato a Hamas e o Apoio Incondicional de Netanyahu: Por que o Primeiro-Ministro israelense aceitou o plano e qual o peso da pressão de Donald Trump?

    • A "Governança Exótica": Quem são os tecnocratas, por que Tony Blair está envolvido e o que significa Trump presidir o "Conselho da Paz"?

    • O Nó Cego: A retirada de Israel é condicionada ao desarmamento do Hamas. Analisamos por que essa exigência torna a paz improvável.

    • A "Mentira Bonita": O plano de fato oferece um horizonte político para um Estado Palestino ou é apenas uma manobra para contornar o Direito Internacional?

    É um acordo para Trump chamar de seu, ou uma estrada real para a paz?

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    37 minutos
  • 80th Assembleia Geral da ONU
    Sep 26 2025

    A 80ª Assembleia Geral da ONU: Um Resumo Detalhado

    A 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em Nova York em setembro de 2025, foi um evento de fortes contrastes e momentos inesperados, refletindo um cenário global de crescente polarização e desordem internacional. Sob o tema "Melhores Juntos: 80 anos e mais pela paz, desenvolvimento e direitos humanos" , a assembleia não apenas debateu as grandes crises mundiais, mas também expôs a fragilidade do próprio multilateralismo, com a ONU completando oito décadas em meio a uma de suas maiores crises existenciais.

    O Duelo de Visões: Lula e Trump no Palco Principal

    O momento de maior tensão e repercussão foi o contraste entre os discursos do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do presidente dos EUA, Donald Trump, seguido por uma surpreendente e breve aproximação.

    • Discursos Opostos: Como manda a tradição, o Brasil abriu os debates. Em sua fala, Lula posicionou o Brasil como um defensor do multilateralismo, da soberania e da democracia. Trump, que falou logo em seguida, apresentou uma visão diametralmente oposta.

      • Multilateralismo: Lula afirmou que a autoridade da ONU está "em xeque" e defendeu a reconstrução do multilateralismo como o "farol para o futuro". Trump, por outro lado, declarou que a ONU "não está resolvendo os problemas que deveria" e por vezes "está criando problemas".

      • Crise Climática: Lula classificou a COP30 em Belém como a "COP da verdade" e alertou que "bombas e armas nucleares não vão nos proteger da crise climática". Trump rechaçou o tema, chamando a mudança climática de "maior golpe já perpetrado no mundo".

      • Israel-Palestina: Lula, embora tenha condenado os ataques do Hamas como "indefensáveis", afirmou que "nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza". Trump argumentou que reconhecer o Estado Palestino seria uma "recompensa muito grande para os terroristas do Hamas".

      • Imigração: Lula criticou o fechamento de fronteiras , enquanto Trump celebrou a repressão à imigração "ilegal" e incentivou outros países a fazerem o mesmo.

    Para Aprofundar: Sugestões de Filmes, Séries e Leituras

    Para explorar os temas de diplomacia, geopolítica e o funcionamento de organismos internacionais discutidos na Assembleia, seguem algumas sugestões:

    • A Intérprete (The Interpreter, 2005): Thriller de Sydney Pollack filmado dentro da sede da ONU em Nova York. A trama oferece um vislumbre fascinante dos corredores, da burocracia e das intrigas de poder que cercam a diplomacia global.

    • Sergio (2020): Cinebiografia sobre o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, estrelada por Wagner Moura. O filme retrata os desafios, sacrifícios e perigos enfrentados por funcionários da ONU em missões de paz em zonas de conflito.

    • No Limite do Amanhã (Edge of Tomorrow, 2014): Embora seja uma ficção científica de ação, o filme aborda a necessidade de uma aliança global (inspirada na OTAN e na ONU) para enfrentar uma ameaça existencial, explorando temas de cooperação e desconfiança internacional.

    • A Diplomata (The Diplomat, Netflix): Série de suspense político que acompanha uma embaixadora americana em meio a uma crise internacional. É excelente para entender a velocidade, a complexidade e as negociações de bastidores que definem as relações entre países, muitas vezes contornando os canais oficiais.

    • Madam Secretary (Prime Video): A série mostra o dia a dia de uma Secretária de Estado dos EUA, lidando com crises que frequentemente acabam no Conselho de Segurança da ONU. Explora a tensão entre o idealismo diplomático e o pragmatismo da política externa.

    • Borgen (Netflix): Esta série dinamarquesa é uma aula sobre negociação política, formação de alianças e a relação entre governo e imprensa. Embora focada na política nacional, seus temas são universais e se aplicam perfeitamente ao ambiente multilateral da ONU.


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    46 minutos
  • 10 dias de guerra Irã-Israel
    Jun 23 2025

    🚨 O mundo está à beira de uma nova guerra?


    Israel atacou com força inédita.

    Os EUA mandaram bombardeiros furtivos e submarinos.

    E o Irã pode fechar o Estreito de Ormuz — o gargalo por onde passa 20% do petróleo do planeta.


    👉 Mas será que dá pra invadir o Irã?

    A resposta não é simples.


    📲 Corre pra assistir e entender o que está acontecendo no Oriente Médio AGORA.


    #Irã #Geopolítica #Israel #Trump #OrienteMédio #Guerra #Nuclear

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    34 minutos