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Horizonte de Eventos

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De: Sérgio Sacani Sancevero
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Podcast dedicado exclusivamente para a astronomia e ciências correlatas.Sérgio Sacani Sancevero Ciências
Episódios
  • Horizonte de Eventos - Episódio 80 - O Voo 9 do Starship: Falha ou Sucesso?
    May 28 2025

    A SpaceX encontrou outro obstáculo em sua busca por "tornar a vida multiplanetária". Durante o nono voo de seu foguete integrado Starship-Super Heavy na terça-feira, o veículo mais uma vez falhou em completar o voo completo conforme o planejado, perdendo a capacidade de controlar sua orientação pouco mais de 20 minutos após o início do voo.

    A SpaceX interrompeu a exibição de imagens ao vivo do estágio superior por cerca de 10 minutos. Quando as imagens das câmeras foram retomadas, cerca de 30 minutos após o início do voo, a Starship pôde ser vista começando a girar.

    “A Starship atingiu o corte programado do motor da nave, uma grande melhoria em relação ao último voo! Além disso, não houve perda significativa das placas de proteção térmica durante a subida”, disse o fundador da SpaceX, Elon Musk, em um comunicado pós-lançamento no X. “Vazamentos causaram perda de pressão do tanque principal durante a fase de navegação costeira e reentrada. Muitos dados úteis para revisar.”

    A missão, batizada de Starship Flight 9, foi a terceira tentativa da SpaceX de voar a versão atualizada do Bloco 2 de seu estágio superior. Nos dois voos anteriores, a nave perdeu o controle de atitude antes do desligamento de seus seis motores Raptor, menos de nove minutos após o início de suas respectivas subidas.

    Em um comunicado divulgado pela Administração Federal de Aviação, a agência disse estar "ciente de que uma anomalia ocorreu durante a missão SpaceX Starship Flight 9, que foi lançada na terça-feira, 27 de maio, da Starbase, Texas, e está trabalhando ativamente com a SpaceX no evento".

    “Não há relatos de ferimentos públicos ou danos à propriedade pública neste momento”, disse a FAA.


    Antes da missão Starship Flight 9, Musk disse que realizaria uma palestra da empresa, intitulada "O Caminho para Tornar a Vida Multiplanetária", que, segundo ele, seria transmitida ao vivo. No entanto, a palestra estava originalmente agendada para antes do lançamento, mas foi adiada para depois e agora parece estar descartada por enquanto.

    Musk conversou com alguns veículos de notícias antes do lançamento, incluindo a Ars Technica. Nessa conversa , ele disse que havia "80% de chance de resolver esses problemas" relacionados ao estágio superior.

    "Para realmente termos 100% de chance, é necessária a iteração do projeto do motor. E parte disso foi que tivemos que descobrir que precisávamos apertar os parafusos que prendiam a câmara de empuxo à cabeça do injetor após o disparo", disse Musk a Eric Berger, da Ars Technica.

    Musk disse na entrevista que a SpaceX pretende lançar a terceira versão de seu motor Raptor até o final do ano. Ele acrescentou que "a versão 3 da nave e do propulsor tem um redesenho bastante radical".

    Embora o estágio superior da Starship Versão 2 usado neste voo, número de cauda S35, tenha superado as falhas observadas com as S33 e S34, ele sofreu vários contratempos, incluindo um problema que impediu a abertura da porta do compartimento de carga. A SpaceX pretendia lançar oito painéis grandes que simulassem o tamanho e a massa dos satélites Starlink Versão 3.

    A perda do controle de atitude do estágio superior também impediu a SpaceX de realizar o reacendimento planejado de um dos motores Raptor no espaço. Este é um recurso que a SpaceX precisará em missões futuras para permitir que a Starship desorbite com segurança e realize queimas secundárias durante uma missão.

    As imagens das câmeras de bordo foram irregulares em alguns momentos, mas duraram mais de 45 minutos de voo. Após o término da missão, Jared Isaacman, o indicado para ser o próximo administrador da NASA, aplaudiu o esforço da SpaceX.

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    23 minutos
  • Horizonte de Eventos - Episódio 79 - A Busca Por Vida Em Europa
    May 7 2025

    Muito bom dia, boa tarde e boa noite queridos ouvintes, meu nome é Sérgio Sacani, sou editor do blog Spoace Today e do canal Space Today no Youtube e trago para vocês mais uma edição do podcast Horizonte de Eventos.

    E no programa de hoje!!! Vamos mergulhar fundo na missão Europa Clipper da NASA, uma jornada audaciosa até a lua gelada de Júpiter, Europa! Descobriremos por que este mundo distante, com seu vasto oceano escondido sob uma crosta de gelo, é um dos lugares mais promissores para buscar sinais de vida extraterrestre no nosso Sistema Solar. Exploraremos a história fascinante de sua descoberta, desde Galileu até as sondas Voyager e Galileo, entenderemos a geologia única de sua superfície e o incrível fenômeno do aquecimento de maré que pode manter seu oceano líquido. Detalharemos os objetivos científicos da Clipper, seus instrumentos de ponta, os desafios monumentais que ela enfrenta, como a radiação intensa de Júpiter, e o que a possível descoberta de um ambiente habitável – ou até mesmo vida – significaria para a humanidade. Preparem-se para uma viagem aos confins do Sistema Solar em busca de respostas para a pergunta: estamos sozinhos?

    Então você já sabe, se prepara, chegou a hora da ciência invadir o seu cérebro!!!!

    Olá, entusiastas do cosmos e mentes curiosas! Sejam bem-vindos a mais uma jornada pelo universo aqui no nosso podcast. Hoje, vamos embarcar em uma das aventuras científicas mais empolgantes do nosso tempo, uma viagem a um mundo distante, gelado, mas que pulsa com a promessa de descobertas extraordinárias. Falaremos sobre a missão Europa Clipper da NASA, uma sonda espacial destinada a desvendar os segredos de Europa, uma das luas mais intrigantes de Júpiter. Por que tanto interesse nesse pequeno mundo coberto de gelo, orbitando um gigante gasoso a centenas de milhões de quilômetros da Terra? A resposta é tão simples quanto profunda: Europa pode abrigar vida.

    Imaginem só: sob uma crosta espessa e congelada, cientistas acreditam existir um vasto oceano de água salgada, um oceano global que pode conter mais água do que todos os oceanos da Terra juntos. E onde há água líquida, calor e os ingredientes químicos certos, a possibilidade de vida, como a conhecemos ou talvez de formas que nem imaginamos, torna-se real. A missão Europa Clipper não vai pousar em Europa, nem perfurar o gelo em busca direta de organismos. Sua missão é investigar se as condições para a vida realmente existem por lá. É uma missão de reconhecimento astrobiológico, uma busca pela *habitabilidade* de um mundo alienígena.

    No grande palco do Sistema Solar, onde planetas rochosos, gigantes gasosos e inúmeras luas dançam em uma coreografia cósmica regida pela gravidade, a busca por vida além da Terra sempre fascinou a humanidade. Por muito tempo, Marte, o planeta vermelho, foi o principal foco dessa busca, com suas evidências de água passada e uma atmosfera tênue. Mas as descobertas das últimas décadas nos mostraram que a vida pode ser mais resiliente e adaptável do que pensávamos, prosperando em ambientes extremos aqui mesmo na Terra, como nas profundezas escuras e pressurizadas dos nossos oceanos, perto de fontes hidrotermais vulcânicas. E isso abriu nossos olhos para outros candidatos potenciais no Sistema Solar, lugares frios e distantes do Sol, mas que poderiam ter fontes internas de calor e água líquida escondida. Europa emergiu como um dos principais candidatos nessa nova fronteira da astrobiologia.

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    1 hora e 11 minutos
  • Horizonte de Eventos - Episódio 78 - KOSMOS 482 O Satélite Russo Que Vai Cair Na Terra
    May 5 2025

    Muito bom dia, boa tarde e boa noite queridos ouvintes, meu nome é Sérgio Sacani, sou editor do blog Space Today e do canal Space Today no Youtube e trago para vocês mais uma edição do podcast Horizonte de Eventos.

    E no programa de hoje!!!

    Vamos desenterrar a incrível e pouco conhecida saga da Kosmos 482, uma missão soviética destinada a Vênus em 1972 que falhou logo após o lançamento. Descobriremos como essa falha, em plena Guerra Fria, levou à queda de destroços misteriosos na Nova Zelândia e deixou uma cápsula espacial, um verdadeiro 'fantasma de Vênus', orbitando a Terra por mais de 50 anos! Exploraremos os desafios de pousar no inferno venusiano, os segredos por trás da missão, sua longa jornada orbital e o que sua história nos ensina sobre a exploração espacial e o crescente problema do lixo espacial.

    Então você já sabe, se prepara, chegou a hora da ciência invadir o seu cérebro!!!!

    Imaginem o cenário: estamos em 1972, no auge da Corrida Espacial. A União Soviética, após ver os americanos cravarem a bandeira na Lua, está determinada a manter sua dianteira na exploração dos planetas. O alvo da vez é Vênus, o nosso vizinho mais próximo, um mundo coberto por nuvens densas e com uma superfície tão hostil que desafia a imaginação. Uma nave sofisticada, parte do lendário programa Venera, é lançada com a missão de penetrar essa atmosfera esmagadora e talvez até pousar em solo venusiano.

    Mas algo, algo crucial, dá terrivelmente errado logo após o lançamento. O último estágio do foguete falha. A nave, em vez de seguir sua jornada interplanetária, fica presa, girando e girando ao redor da Terra numa órbita elíptica e instável, como um **carro que patina no gelo e não consegue sair do lugar**. O que poderia ter acontecido?

    E a história só fica mais estranha a partir daí.

    Poucos dias depois, objetos metálicos misteriosos começam a cair do céu na Nova Zelândia, do outro lado do mundo, causando espanto e teorias mirabolantes. Eram esferas de titânio com inscrições em russo! Seriam destroços da missão fracassada? O governo soviético nega veementemente qualquer relação. Por que tanto segredo?

    Enquanto isso, a nave principal se desfaz em órbita, seus pedaços reentrando na atmosfera ao longo dos anos... exceto um. Um fragmento específico, que muitos acreditam ser a parte mais importante da missão – a cápsula de descida, projetada para suportar o inferno de Vênus – permanece lá em cima. Por décadas! Cinquenta anos orbitando a Terra como um espectro silencioso da Guerra Fria, um segredo soviético flutuando no espaço, como uma **mensagem numa garrafa que nunca chegou ao seu destino**. O que aconteceu com essa cápsula? Ela ainda está lá? Ou já caiu?

    O que era exatamente essa missão Venera-72? Por que ela falhou de forma tão dramática? Que segredos essa cápsula perdida guardou por tanto tempo em sua jornada solitária? E o que a queda dos seus destroços nos ensina sobre a exploração espacial e seus perigos?

    Para entendermos completamente a história da Kosmos 482, precisamos primeiro ajustar nossos relógios e calendários. Voltemos para o início da década de 1970, mais precisamente para o ano de 1972. A Guerra Fria, aquela disputa tensa e multifacetada entre os Estados Unidos e a União Soviética, estava em pleno vapor, e um dos seus palcos mais visíveis e simbólicos era, sem dúvida, o espaço. Mas por que o espaço se tornou um campo de batalha tão importante nessa disputa ideológica?

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    43 minutos

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