Episódios

  • #49 O CORTIÇO, ALUÍSIO AZEVEDO, PARTE 6
    May 10 2021

    Este vai ser a sexta parte da leitura comentada de O cortiço, de Aluísio Azevedo. No último episódio, vimos que Leonie, uma prostituta de luxo, é amiga de todos no cortiço, cria a filha do policial Alexandre e sua esposa, Augusta, e tem carinho especial por Pombinha, a menina de 18 anos que está esperando menstruar para casar e que é a princesa da habitação popular, escreve cartas para os trabalhadores, faz o rol da roupa para as lavadeiras.

    Vimos que João Romão está com inveja do vizinho, Miranda, que conseguiu um título de barão. A leitura termina com uma briga entre o namorado de Rita Baiana, Firmo e o português Jerônimo, que leva uma navalhada. Jerônimo ataca com um varapau minhoto, que é uma arma de combate portuguesa, feita de um pau comprido. Essa é a segunda vez que a narrativa cita esses instrumentos de briga com pau. A outra vez foi o porrete de Petrópolis, dos capoeiras.

    Um incêndio feito pela Bruxa começa na casa em que Marciana morava com a filha, Florinda, bem na hora em que a polícia está invadindo o cortiço. Florinda foge dos maus tratos da mãe quando descobre que ela está grávida, e Marciana enlouquece, é despejada por João Romão e vai presa como mendiga.

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  • CONVITE
    Jun 17 2025

    Vem acessar o Literatura Oral onde todo o conteúdo está concentrado!

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  • #31 AMOR DE PERDIÇÃO, CAMILO CASTELO BRANCO, PARTE 4
    Jan 18 2021

    Amor de perdição é comumente comparado a Romeu e Julieta, de Shakespeare, porque trata do amor entre dois jovens de famílias rivais. Mas o enredo também lembra um outro título de Shakespeare, Muito barulho por nada, porque até agora Simão e Teresa nem sequer nunca se encontraram, tudo que fizeram foi conversar pelas janelas dos quartos, que ficavam uma de frente pra outra, já que são vizinhos em Viseu. E olha quanto sofrimento essa história já gerou: dois empregados foram mortos, Simão baleado e quase morto, Teresa confinada contra vontade num convento, prometida de ser deserdada pelo pai. Pra nós que somos leitores de outro momento histórico, que vivemos outros valores e somos acostumados a narrativas mais realistas, esse enredo romântico soa por vezes cômico ou bobo.

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    1 hora e 9 minutos
  • #30 AMOR DE PERDIÇÃO, CAMILO CASTELO BRANCO, PARTE 3
    Jan 5 2021

    Estamos lendo Amor de perdição, do português Camilo Castelo Branco. Esse romance de 1862 é bem característico da segunda geração do romantismo ou ultrarromantismo. No último episódio, vimos a apreensão de Teresa Albuquerque sobre o pai tentar casá-la com o primo Baltasar Coutinho. Ele é o vilão da história e pretende controlar o patrimônio de Teresa quando o tio morrer. Teresa e Simão marcaram um encontro no portão do quintal às 11 horas da noite, e existe a possibilidade de Baltasar aparecer. Enquanto isso, Simão está hospedado na casa de um ferreiro e lá ele conhece Mariana, que também se apaixona por ele.

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    57 minutos
  • #29 AMOR DE PERDIÇÃO, CAMILO CASTELO BRANCO, PARTE 2
    Dec 29 2020

    Na leitura anterior vimos como os pais do protagonista, Simão Botelho, se conheceram. Domingos Botelho e Rita Preciosa Caldeirão. Ela era aia de Dona Maria I e ganhou da monarca subsídios para o casal construir sua primeira casa, o que o narrador aponta como um indício de que Dona Maria estava maluca. Os dois tiveram 5 filhos, dos quais ficamos sabendo mais de Manuel, o mais velho, que era todo certinho e depois se envolve com uma mulher casada, fugindo com ela pra Espanha. Lembrem que nessa época, em Portugal, adultério dá cadeia. Inclusive o escritor Camilo Castelo Branco escreve este livro enquanto está na cadeia do Porto por ter se envolvido com uma mulher casada. E ficamos sabendo também de Simão, que era explosivo, briguento, arruaceiro, discursava por liberdade e por uma nova ordem social em Portugal, a exemplo do que aconteceu na França, com a Revolução de 1789. Ele chega a passar 6 meses no cárcere acadêmico, mas quando se apaixona pela vizinha, Tereza Albuquerque, muda completamente e se torna aluno exemplar. O problema para que fiquem juntos é que as duas famílias, Botelho e Albuquerque, são inimigas. Nós estamos no ponto em que Simão está em Coimbra, de volta à universidade, e os dois apaixonados se correspondem por cartas.

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  • #28 AMOR DE PERDIÇÃO, CAMILO CASTELO BRANCO
    Dec 26 2020

    O Romantismo foi um movimento estético e cultural que aconteceu entre os séculos XVIII e XIX. Deixa pra trás valores clássicos e inaugura a modernidade nas artes. Essas obras reproduzem valores de uma recém formada burguesia, e não mais das elites absolutistas. Aconteceu na Europa, mas teve sua contrapartida no Brasil. Na Alemanha, um dos principais autores do movimento foi Goethe, na Inglaterra, Lord Byron, na França, Vitor Hugo, em Portugal, Almeida Garret e Camilo Castelo Branco, de quem eu vou ler Amor de perdição, e no Brasil, Gonçalves Dias, José de Alencar, Castro Alves e Álvares de Azevedo, de quem li Noite na taverna, aqui no Literatura Oral, no episódio #21. Se tu não escutou ainda, vai lá depois, que ficou bem legal!

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    1 hora
  • #27 O HOMEM QUE APARECEU, CLARICE LISPECTOR
    Dec 15 2020

    Em “O homem que apareceu” temos uma narradora em primeira pessoa, que como Clarice é escritora e como Clarice escreveu literatura infantil. Em um fim de tarde de sábado, a narradora desce a um botequim próximo pra comprar coca-cola e cigarros. Um homem que estava no botequim toca uma musiquinha em uma gaita e fala o nome da narradora. E aí começa a ação propriamente dita. É como se essa musiquinha seguida do nome trouxesse a narradora pra esfera de atenção do homem, e a partir de agora toda interação será com essa personagem, com esse bêbado.  Esse homem conhece a narradora de um curso em que ela esteve bem pouco tempo, e informa que ela é superior a ele porque ela escreve. Mas depois vamos saber que ele também escreve, que é poeta.

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    27 minutos
  • #26 Sobre os SERMÕES, PADRE ANTÔNIO VIEIRA
    Dec 7 2020

    Antônio Vieira nasceu em Lisboa, em 1608, e morreu na Bahia, em 1697. Ele veio pro Brasil com 7 anos. Participou da Companhia de Jesus. Por defender posições favoráveis aos índios e aos judeus no Brasil, foi condenado à prisão pela inquisição. Ele foi o responsável pelo desenvolvimento da prosa no período Barroco brasileiro. É conhecido por seus sermões polêmicos, com críticas a diferentes atores sociais daquele período.

    Vieira criticava, por exemplo, os colonos portugueses por seu despotismo, criticava o Protestantismo por o que ele julgava influência negativa na colônia que era o Brasil. Claro, ele sendo católico e muito atuante em defender a sua fé como a mais acertada, criticava outras religiões. Mas criticava também os próprios pregadores católicos que não cumpriam com seu ofício de catequizar e evangelizar, e criticava até a própria inquisição. Ele condenava os horrores que os índios viviam nas mãos dos colonos, mas também não respeitava a cultura indígena, porque defendia a evangelização.

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    36 minutos