
MUITO ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER E DO PODER
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Sobre este áudio
As teorias de Freud e Adler, embora em muitos aspectos antagônicas, compartilham um propósito essencial: fortalecer o ego para que ele possa defender-se das forças inconscientes. Ambas operam por meio de uma abordagem retrospectiva e causal, buscando identificar conflitos inconscientes, traumas e padrões de comportamento enraizados na psique. Ao trazer esses conteúdos à consciência, o paciente pode elaborá-los, libertando-se de sofrimentos, ansiedades e tensões. Esse processo contribui para a estruturação do ego, capacitando-o a lidar com as pulsões do inconsciente (id) e a adaptar-se às exigências do superego (normas e valores morais internalizados).
A Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung transcende essas perspectivas ao integrá-las e acrescentar uma dimensão prospectiva e simbólica. Para Jung, mais importante que o “porquê” dos eventos psíquicos é o “para quê” — sua direção e propósito. Seu enfoque busca a integração do inconsciente, reconhecendo seu potencial criativo e curativo. Nesse processo, o ego não apenas aprende a lidar com afetos e conteúdos como sombra e complexos, mas torna-se agente estruturante, simbolizando e integrando esses aspectos em vez de reprimi-los ou demonizá-los.
A abordagem junguiana oferece, assim, uma visão mais holística da psique, orientada para o futuro e para o sentido. Em vez de se restringir à resolução de sintomas ou à adaptação às exigências externas, a Psicologia Analítica propõe o caminho da individuação — um processo contínuo de amadurecimento e realização do self. Esse percurso permite ao indivíduo tornar-se mais autêntico, inteiro e alinhado com sua verdade interior.
Waldemar Magaldi – IJEP
Assista o vídeo: https://youtu.be/0rUglSYi_rQ