• Giga-sonhos, giga-ministros e outras jiga-jogas
    Nov 15 2025

    Sócrates conquistou mais vinte dias. A juíza acabou por ter de lhe dar tempo para procurar advogado. E daqui a pouco mete-se o Natal e a Passagem de Ano. O Procurador-Geral da República afirmou que o processo “Influencer” ainda não avançou porque haveria um recurso a empatá-lo no Tribunal da Relação. Resposta da Relação: não temos cá recurso nenhum. Parece que foi resolvido em Setembro e ninguém avisou o PGR. Enquanto isso, UGT e CGTP convocaram uma greve geral. Montenegro acusa as centrais sindicais de estarem ao serviço dos interesses de PS e PCP. Se quiser ver o pacote laboral aprovado no parlamento só lhe resta o Chega. E Chega não se compromete esperando para ver em que param as modas. Jiga-jogas tácticas na semana em que o giga-ministro Matias prometeu giga-fábricas em Sines e uma liderança portuguesa da inteligência artificial a nível mundial. Giga-sonhemos, então.

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  • Livros da semana: imaginação, Vergílio, Clarice e Pimenta
    Nov 15 2025

    Esta semana, temos na estante o ensaio “Imaginação: Cores, Deuses, Viagens e Amores”, de Francisco Louçã; o terceiro volume da “Conta-Corrente”, de Vergílio Ferreira; contos de Clarice Lispector em “A Legião Estrangeira”; e a reedição (aumentada) de “O Silêncio dos Poetas”, de Alberto Pimenta.

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  • Livros da semana: filosofia, história, antropologia e bonitos cadernos
    Nov 8 2025

    Esta semana, na estante, temos, em verso, um dos primeiros livros de Umberto Eco: “Filósofos em Liberdade”; “Histórias da PIDE”, de José Pedro Castanheira; a reedição de um clássico da antropologia portuguesa: “Ricos e Pobres no Alentejo (Uma sociedade rural portuguesa)”, de José Cutileiro; e a reunião dos cadernos ilustrados do Nobel da literatura Orhan Pamuk em “Memória de Montanhas Distantes”.

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  • Queixinhas e golpes de teatro
    Nov 8 2025

    Terá a moda dos “debates interruptus” vindo para ficar? Ventura aproveitou todo o tempo de antena televisivo que tinha à disposição e um instante antes de lhe agradecerem e de se despedirem dele, levantou-se, arrancou o microfone da lapela e fez o número do ofendido. A semana foi marcada, entretanto, pelo debate sobre as condições da Ministra da Saúde para se manter no cargo. Até foi noticiado que a própria já terá tirado senha para poder ter alta do governo; mas terá ficado em lista de espera. Também à espera de uma conclusão do julgamento de José Sócrates, que não está para breve, o país assistiu esta semana a mais um golpe de teatro. O acusado perdeu o advogado, mas parece ser o menos incomodado por não ter agora quem o defenda em tribunal. Nos Estados Unidos, os democratas ganharam em toda a linha quatro votações importantes. O trumpismo não está em risco, mas percebeu-se que não é invulnerável.

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  • Rábulas, gavetas e cêntimos
    Nov 1 2025

    A rábula dos três salazares, três vezes repetida, percorreu a semana política. Os cartazes também vieram ajudar na campanha desesperada pela obtenção de tempo de antena por parte do candidato que o tem tido abundantemente. Siga o circo, portanto. Outro candidato (ao contrário do primeiro, que afirmou três vezes) por três vezes negou a sua pertença ideológica; parece que por uma questão de gaveta. Há quem diga que para não correr o risco de ir parar à gaveta onde Mário Soares em tempos, celebremente, disse ter metido o socialismo. Entretanto, o orçamento passou viabilizado pelo PS, enquanto o PSD se entendia com o Chega para definir as regras da arte de ser português. Enquanto se fala de imigrantes e nacionalidade, não se fala tanto de saúde e habitação. E dos 10 cêntimos de aumento no subsídio de refeição. (Calma, não é já: só a partir de 2027.)

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  • Livros da semana: comer, olhar, rezar e rir
    Nov 1 2025

    Esta semana, temos na estante “Volúpia. A nona arte: a gastronomia”, de Alberto Forjaz Sampaio; as fotografias de Daniel Blufuks, em “Tentativa de Esgotamento (depois do adeus); o primeiro documento oficial do Papa Leão, com o título “Dilexi Te”; e o romance de estreia de um nosso velho conhecido, WoodyAllen, com o título “que se passa com o Baum?”

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  • Analógicas analogias digitais
    Oct 25 2025

    Foi uma semana fantasma. O parlamento legislou sobre uma questão inexistente: quantas burqas, burkas ou burcas viram, caros ouvintes, caros espectadores, na última semana? No último mês, vá? Outro exemplo fantasma: que segurança pode esperar-se de um cabo sem certificação para transporte de passageiros que estica quatro metros? Será um cabo de plasticina? E ainda: que papel fantasma terá sido o do intelectual que descobriu, ao fim de cinco anos, estar num partido dirigido por um “predador narcísico”. Já agora que tipo de predação preda um predador narcísico? Predar-se-á a si próprio? Tudo questões para as quais a inteligência artificial ainda não tem respostas. Embora o painel desta desbunda, apesar de integralmente analógico, tenha voltado a ser convidado para encerrar o Portugal Digital Summit

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  • Ricardo Araújo Pereira: “Balsemão era um verdadeiro democrata. Quando encontramos um, devemos valorizar. Já não há assim tantos”
    Oct 22 2025

    Na edição especial dedicada a Francisco Pinto Balsemão, Ricardo Araújo Pereira recorda o fundador da SIC e do Expresso como um verdadeiro democrata e defensor intransigente da liberdade. O humorista sublinha que, em cerca de duas décadas de colaboração com o grupo, nunca sentiu qualquer tipo de censura ou interferência, e elogia o facto de Balsemão proteger os criadores para que trabalhassem sem constrangimentos. Destaca ainda o seu espírito jornalístico e curiosidade intelectual, que o levaram a manter-se atento à inovação até ao fim da vida, interessando-se por temas como a inteligência artificial e os podcasts. Ricardo Araújo Pereira considera que a fundação de meios como a SIC Radical foi decisiva para o surgimento de novas gerações criativas, incluindo o Gato Fedorento. Lembra-o como um homem visionário, generoso e curioso, que acreditava na liberdade de expressão e na força da comunicação como instrumento essencial da democracia portuguesa.

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