É próprio dos momentos de extrema dificuldade agarrar-se a doutrinas. Há quem se agarre a doutrinas movido por ilusões.

Seja como for, deve-se chegar ao momento de se libertar da doutrina.

A doutrina que salva é a mesma que prende, e se prende, é uma doença, a doença doutrinária.

Foi com a conquista do primeiro signo, no espelho, que ingressou na doutrina da imagem, e iniciou a gestão da realidade.

É assim teve início os sonhos de vaidade, os sonhos da imagem como gestora: a imagem é o que gere o mundo. A imagem é a manipulação

Uma pessoa discreta, ocupada com a vida cotidiana, sabe do perigo que significa cair em sonhos de vaidade.

É com o juízo que se discerne.

É impossível ficar de fora do mundo das imagens. Uma vez ingressado nele, o que contribui para evitar o perigo é a função do juízo.

A Autoimagem: fundamento da contradição humana.

A Autoimagem como elemento primeiro da subjetividade torna-se identidade imaginária e defesa corporal.

O estádio do espelho como formador da função do Eu corresponde à conquista do primeiro conhecimento, “conhecimento paranoico”, próximo a um ano de idade.

Não existe animal falante sem Autoimagem.

A Autoimagem é a paranoia humana.

Um corpo sem Eu é um corpo sem Autoimagem.

A ciência teria que indicar:

“Até os 2 anos de idade a criança necessita ter conquistado sua Autoimagem”.

A luta do Bem contra o Mal:

O Bem necessita ser mais malvado do que o Mal para vencê-lo.

Por isso, o Bem criou o Mal: para se aprimorar.

O Bem somente criou o Mal para se tornar melhor do que o Mal.

Quando o Diabo é melhor do que Deus, faz parte do projeto de Deus, para que Deus evolua.