Antônio Cândido cunhou dois termos que definem a história intelectual brasileira: "consciência amena do atraso" e "consciência catastrófica do atraso". Nesta gravação, analiso a leitura de Silviano Santiago sobre A formação da literatura brasileira — e por que ele defendia que o pré-modernismo (Lima Barreto, Euclides da Cunha) serve mais ao Brasil do que o modernismo de 22.🔍 VOCÊ VAI ENTENDER:- Consciência amena vs catastrófica do atraso (Antônio Cândido)- Darcy Ribeiro e o golpe de 64: quando a confiança no Brasil acabou- Silviano Santiago demolindo a intelectualidade brasileira: 110 milhões de habitantes, 3.000 leitores para ter sucesso- Por que Gilberto Freyre se "apequena" e Cândido se "engrandece"- Lima Barreto: redundância e repetição ao invés de ganchos sensacionalistas- Euclides da Cunha: a razão europeia que se curva diante de Canudos- Intelectualidade cordial: aparência sem profundidade- Por que as inovações do modernismo levaram 50 anos para serem absorvidas (e já não serviam)Silviano Santiago mostra que a consciência catastrófica não é pessimismo — é realismo sobre um país onde a cultura letrada sempre foi privilégio de uma aristocracia desconectada. E propõe: voltemos ao pré-modernismo, à escrita popular, à redundância que conscientiza.📚 AUTORES DISCUTIDOS:Antônio Cândido • Silviano Santiago • Lima Barreto • Euclides da Cunha • Gilberto Freyre • Darcy Ribeiro • Guimarães Rosa---🔗 SUBSTACK: https://oabertinho.substack.com/🔗 INSTAGRAM: https://www.instagram.com/o_abertinho/🔗 A ENGENHOCA: comunidade.aengenhoca.com#AntonioCandido #SilvianoSantiago #LimaBarreto #EuclidesdaCunha #LiteraturaBrasileira #Premodernismo #FormacaoDaLiteratura #CriticaLiteraria #PensamentoSocialBrasileiro #ConscienciaCatastrofica

Edward Said, intelectual palestino que lecionou 40 anos em Columbia, está sendo invocado pelos protestos pró-Palestina em 2025. Seu livro "Cultura e Imperialismo" foi encontrado nos acampamentos estudantis. Mas o que Said realmente dizia sobre literatura universal e eurocentrismo?Nesta gravação, analiso um dos argumentos centrais de "Cultura e Imperialismo": a crítica ao conceito de "literatura universal" (Weltliteratur) e como ele perpetua uma visão geográfica do poder cultural.🔍 VOCÊ VAI ENTENDER:- Por que o conceito de "literatura universal" de Goethe era antieurocêntrico (mas foi distorcido)- Gramsci vs. Lukács: geografia vs. temporalidade como método crítico- Haroldo de Campos e a "Razão Antropofágica": o Brasil como Alemanha periférica- Por que a literatura brasileira (e africana, asiática) continua sendo tratada como "tardia"- Leitura contrapontística: ler Jane Austen E Frantz Fanon juntos- A questão do Sul da Itália em Gramsci e PasoliniEdward Said não criou uma teoria fechada sobre imperialismo cultural - ele propôs uma GEOGRAFIA do poder que desmonta a teleologia europeia. Este vídeo é parte da série "Narrativa Descolonizadora".Referências: Edward Said (Cultura e Imperialismo, Orientalismo), Gramsci (Questão Meridional), Lukács (História e Consciência de Classe), Haroldo de Campos (Razão Antropofágica), Goethe (Weltliteratur), Pasolini, Carlo Ginzburg📝 Artigos completos no Substack: https://oabertinho.substack.com/📱 Instagram com mais conteúdo: https://www.instagram.com/o_abertinho/🎓 Comunidade e cursos: comunidade.aengenhoca.com#EdwardSaid #CulturaEImperialismo #Orientalismo #PensamentoDecolonial #NarrativaDescolonizadora #Gramsci #Lukács #LiteraturaUniversal #Eurocentrismo #HaroldodeCampos #Palestina #ColumbiaUniversity #EpistemologiasDoSul

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Será que a teoria em história tem que ser pensada de forma negativa, com um peso para alunos e professores? Ela também não tem um lado polêmico que quase às vezes faz esquecer seu peso intelectual? A partir de um relato da professora Rebeca Gontijo, faço um breve relato sobre o leve peso da teoria para a história.

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No capítulo 3 do livro Diante da imagem, "A história da arte nos limites de sua simples razão", Didi-Huberman denuncia o conjunto de fórmulas mágicas (esquematismo) a que se limitou a história da arte a partir do tom kantiano adotado pela disciplina depois da invenção da iconologia por Panofsky. Continuo a série de leituras de cada capítulo desse livro, agora explicitando os pressupostos da crítica do autor francês feita a sua disciplina. GOSTOU DO PROGRAMA? ENVIE UMA GORJETA NA CHAVE PIX rogeriomattos28@gmail.com REDES SOCIAIS Site: oabertinho.com.br Twitter: @oabertinho Instagram: @o_abertinho #cultura #história #filosofia #arte #artes #históriadaarte #historiadaarte

Talvez o texto mais conhecido de Walter Benjamin, A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica passou por décadas por um estranho e deliberado processo de esquecimento. A história da criação e recepcão desse ensaio, e o comentário sobre seu preâmbulo, é o que apresento nessa primeira aula. Aos poucos, através de uma leitura lenta e atenta, em outras aulas tentarei dar conta do texto como um todo. GOSTOU DO PROGRAMA? ENVIE UMA GORJETA NA CHAVE PIX rogeriomattos28@gmail.com REDES SOCIAIS Site: oabertinho.com.br Twitter: @oabertinho Instagram: @o_abertinho #walterbenjamin #benjamin #obradearte #filosofia #história #cultura #criticaliteraria

Por que a literatura tem um vínculo com o mal? Bataille acredita que o escritor é jogado em não lugar social, e que o eventual reconhecimento que eles possam ter surge mais de um acaso ou sorte do que de um cálculo previamente estabelecido. A literatura como função soberana joga com a transgressão, com a morte e o erotismo. Seu livro expõe como esse jogo faz borrar as fronteiras entre bem e mal, e rechaça qualquer vínculo da literatura com o utilitarismo. GOSTOU DO PROGRAMA? ENVIE UMA GORJETA NA CHAVE PIX rogeriomattos28@gmail.com REDES SOCIAIS Site: oabertinho.com.br Twitter: @oabertinho Instagram: @o_abertinho #cultura #criticaliteraria #literatura #filosofia