
Ziz - A cacatua de Javé
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Ziz (זיז) (Salmos 50:11)
יאיָדַעְתִּי כָּל־ע֣וֹף הָרִ֑ים וְזִ֥יז שָֹ֜דַ֗י עִמָּדִֽ
“Eu conheço todas as aves das montanhas e as Ziz dos campos [são] minhas.” (tradução minha)
Estamos em nosso terceiro episódio da série monstros bíblicos e hoje vamos falar de um dos pets de Javé menos conhecidos, a ave Ziz.
“Aconteceu uma vez que um viajante em sua embarcação viu um pássaro. Quando essa ave se levantou das águas, as águas cobriam apenas suas pernas e sua cabeça tocava o céu. Os que a viram pensaram que as águas não eram profundas naquele ponto e pensaram que podiam se banharem ali. O pássaro que os viajantes viram, não era outro, se não o Ziz. Suas asas são tão grandes que podem encobrir a luz do sol. Elas (asas) protegem a terra contra os ventos do sul; sem a ajuda das asas de Ziz a terra não seria capaz de resistir aos ventos que sopram do sul. O fluido delas uma vez inundou sessenta cidades e o seu revoar destruiu trezentos cedros”.
( Haggadot judaica-Tradução livre)
Ziz é um animal grifo da mitologia judaica, é dito que com suas asas é capaz de cobrir a luz do sol. É uma das bestas primevas criadas por Javé e domina sobre os céus e seus dois consortes Leviatã e Behemoth governam sobre as águas e a terra respectivamente.
Ziz foi também criado no quinto dia, juntamente com as outras bestas primevas. Ziz era quem dominava os céus. Pode ter tido influência das histórias sumério-acadianas, assírias, e até mesmo dos persas. Em histórias como a de Lamassu, que era uma divindade feminina protetora, representada em amuletos, portais e palavras de encantamento.
Na mitologia suméria havia uma divindade híbrida homem-pássaro chamada Anzu, que pode também ter dado origem a Ziz. Anzu era o guardião dos céus e a personificação dos ventos do sul. Anzu causava medo e terror em muitos deuses e apenas o poderoso deus Marduk foi capaz de derrotar a grande ave. Anzu aparece em embates na Epopéia de Gilgamesh. Anzu pode ter sido a narrativa influenciadora para a fênix grega bem como de Ziz, na mitologia hebreia.
A figura bíblica/hebraica dos querubim também podem ter tido influência na língua acadiana-suméria, a palavra que deu origem pode significar: portador de bençãos, e tinham um papel protetor, tais como os leões chineses presentes até os dias de hoje em vários lugares na China nas entradas de cidades e locais importantes.
As histórias contadas da mitologia sumério-acadiana espalharam-se desde o crescente fértil, à península arábica e chegaram até ao levante mediterrâneo.
Na sua função linguística mitológica em um determinado momento Ziz, simbolizou o império persa e a sua religião, o zoroastrismo. A religião persa, assim como as histórias do império acadiano, influenciou vários povos, inclusive mitologias hindus como a ave mitológica garuda, símbolo de países como a Indonésia, nos dias de hoje.
Ziz assim como Leviatã e Behemoth estará presente no Dia do Messias, será parte do banquete servido aos justos por Javé. Diferentemente de Leviatã e Behemoth a Ziz foi mantida a capacidade de procriação. É dito que Ziz punha ovos e uma vez um de seus ovos quebrou e com o líquido desse ovo, sessenta cidades foram destruídas. A extensão das asas de Ziz era tão grande que podia cobrir toda a terra e encobrir a luz do sol.
Ziz controla os ventos, as aves dos céus e causa tempestades. Controlando elementos da natureza e destruindo cidades inteiras com um simples revoar de suas asas.