Resultado narrado por "Douglas Monteiro" em Todas as categorias

Além do burro da leiteira, ninguém prestou muita atenção no poderoso cardo que vivia logo atrás da cerca viva, fora do jardim senhorial. Até o dia em que uma bela dama escocesa nascida em família nobre pediu ao filho da casa que lhe pegasse uma flor: uma honra para o cardo! Certamente merecia ser transplantada para um vaso, ou pelo menos dentro do jardim! Pelo menos, foi o que ele pensou.

Um velho homem chamado Kribble-Krabble observou uma gota d'água em uma poça na vala através de uma lupa. Quando as coisas não saiam conforme ele esperava, ele usava bruxaria e foi exatamente isso o que aconteceu aqui.

Um belo dia, uma competição foi organizada: o mais rápido levaria o prêmio de primeiro lugar. O júri deu o prêmio de primeiro lugar para a lebre e o de segundo lugar foi dado ao caracol. Houve longos debates entre diversos animais porque ninguém concordou com os resultados e cada um exaltou os méritos de sua própria agilidade.

Era uma vez uma rainha que possuía um jardim magnífico, cheio de flores variadas. Um dia, ela ficou doente e seus médicos tinham pouca esperança na recuperação. Apenas um deles disse que a cura existia: a rosa mais linda no mundo. Se ela fosse encontrada e trazida para a rainha, ela poderia ser salva. Mas onde estaria a rosa mais linda? Do que ela era chamada? Ninguém sabia, mas foram procurar.

Todos sabemos que as cegonhas trazem os bebês para os pais. O que normalmente não sabemos é o que acontece com essas crianças depois que são entregues à família. Então, perguntei a uma cegonha sobre isso e ela me contou a história da família Peitersen, para quem ela entregou três filhos: Pieter, Peter e Peer.

Muitas famílias viviam perto da lagoa: as rosas, os pardais e até homens. Durante uma discussão em família, os pardais perguntaram a seus pais: o que é Beleza? A resposta para esta pergunta chegaria da forma mais inesperada.

Inger ainda era uma garotinha, mas já se mostrava uma pessoa ruim. Isso era óbvio desde que ela era muito pequena: ela gostava de pegar insetos e rasgar suas asas sem sentir pena dos pobres coitados. Quando ela era um pouco maior, seus mais a mandaram para uma boa família do campo. Aqui, ela se tornou muito refinada e, ao visitar os pais, decidiu andar sobre o pão e não no brejo para não sujar os sapatos. E assim que sua história real começa.

Na cidade de Florença, há uma estátua de bronze de um javali e pela sua boca sai água aparada pelos moradores da cidade. Em uma noite, um pobre garoto veio beber e encontrou um pedaço de alface e algumas castanhas no chão, o que virou sua janta. Depois, ele pegou no sono nas costas do animal. À meia-noite, o animal veio à vida. E aí a aventura começou!

O bule de chá estava muito orgulhoso de seu bico porque as xícaras tinham uma alça e o pote de açúcar uma tampa, mas o bule de chá tinha mais de uma alça e uma tampa e era o único com um bico! Ele falou muito sobre isso, mas falou muito menos sobre sua tampa, que estava quebrada, pois como sabemos, não estamos dispostos a falar sobre nossos defeitos. Se ao menos essa pequena falha fosse tudo!

Essa história chega até a gente diretamente das dunas da Jutlândia, na Dinamarca, mas começa na Espanha, onde um jovem casal estava em plena felicidade. A única coisa que faltava para deixar a felicidade deles completa era uma criança, mas o rei os mandou como emissários para a corte imperial na Rússia. Assim, foram forçados a deixar o país. Ao entrar no barco, mal sabiam que a história deles iria além das dunas de Jutlândia e que outra começaria aqui.

De geração para geração, as cegonhas compartilham histórias. Duas são mais ouvidas que outras: a primeira é sobre Moisés, muito conhecida, mas a segunda nem tanto. Essa história é antiga, de quando um pai cegonha se juntou a uma mãe cegonha para lhe contar uma cena terrível que havia testemunhado no brejo.

Havia cinco ervilhas em uma vagem: elas se mantiveram em linha e esperaram o momento de sair. Para elas, tudo era verde: eram verdes, seu mundo era verde, o que era limitado à sua vagem, que também era verde. Estavam impacientes para descobrir algo além deste mundo verde e curiosas para saber quem iria mais longe no mundo.

Narrador da história do padre Teófilo e Eulália, o sacristão é um ex-seminarista que conhece profundamente os bastidores do mundo eclesiástico. Não chegou a ordenar-se padre, por conta de amores que o teriam afastado em definitivo do caminho do altar, sendo, no entanto, um refinado observador da psiquê humana.

Em "Ex-cathedra", Machado de Assis apresenta a história de Caetaninha, jovem de 14 anos que vive com seu querido padrinho Fulgêncio. Ela andava sempre preocupada com o excesso de leitura do homem, que respirava livros. Até que um dia chega um rapaz órfão, da idade dela, parente de Fulgêncio. Tudo muda para Caetaninha.

O leitor há de achar particularmente curioso ler este conto em tempos de redes sociais em alta! Homem reservado, Fulano Beltrão lê "coisas belas e exatas" a seu respeito escritas por um amigo no Jornal do Commercio. Gosta da experiência e começa a replicar o conteúdo em outros veículos. Visibilidade é o que quer.

Em "O cônego ou metafísica do estilo", narra-se a história do cônego Matias, que em vão tentava concluir o sermão que vinha escrevendo, pela falta de um adjetivo. Em "Um apólogo", o diálogo dos personagens, uma agulha e um novelo de linha, serve de base a uma crítica social, notadamente à inveja e ao ciúme.

O conto "Eterno!", de Machado de Assis, traz ao leitor uma história de amor bem fiel ao estilo do autor, isto é, apesar de ser "de amor", foge ao romantismo convencional. Uma literatura de alto nível que, ao mesmo tempo, diverte e faz refletir sobre a sociedade, nas interações do narrador e dos personagens Norberto e Iaiá Lindinha.

No conto "O caso da vara", de Machado de Assis, conta-se a história de Damião, seminarista avesso à vida religiosa. Tanto desgostava do futuro que lhe fora imposto, que um dia foge de seminário e busca abrigo na casa de Sinhá Rita, amiga da família (se voltasse pra sua casa, o pai decerto o mandaria de volta para o seminário).

Era uma vez um diretor de teatro que vivia em um transatlântico e era muito feliz. Ele era um diretor de teatro e carregava todos os seus atores em uma mala pequena: eram marionetes. Ele sempre foi uma pessoa alegre, mas estava especialmente mais feliz hoje, e isso foi graças a um encontro com um jovem engenheiro.

O novo ano havia começado e janeiro já estava chegando ao fim, mas ainda estava muito frio. Os pardais acharam estranho que os homens tivessem declarado que era o ano novo, pois todos sabem que o ano só começa com a chegada da primavera. No entanto, a primavera estava atrasada e alguns pardais intrépidos decidiram procurar por ela.