Os quilombos são muito mais do que histórias de resistência do passado; eles são a alma viva de uma luta por justiça que atravessa séculos e reverbera nos dias de hoje. Atualmente, segundo o Censo do IBGE de 2022, o Brasil abriga cerca de 7.666 comunidades quilombolas – e, com elas, um movimento que sustenta séculos de luta. Quilombolas estão na linha de frente em pautas essenciais como as mudanças climáticas, a educação e a justiça social, transformando diálogos sobre igualdade e antirracismo no país e no cenário internacional. Mas por que ainda imaginamos os quilombos como refúgios distantes do passado, em meio a lutas ferozes? Este curso mergulha nesse imaginário e revela o quanto ele evoluiu, explorando os quilombos não só como símbolos de resistência, mas como potências de transformação da sociedade brasileira frente a desafios e impasses contemporâneos.

Aula 1 | O conceito de quilombo na África e suas transformações na diáspora

Aula 2 | Quilombo de Palmares e o imaginário sobre os quilombos

Aula 3 | A emergência do sujeito de direito quilombola

Aula 4 | Devir quilomba e a feminização da ideia de quilombo no Brasil

Mariléa de Almeida Doutora em História pela Universidade de Campinas (Unicamp). Professora no Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB), onde leciona disciplinas de teoria e metodologia do Ensino de História, relações étnico-raciais e de gênero, história e psicanálise. É autora do livro Devir quilomba: antirracismo, afeto e política nas práticas de mulheres quilombolas (2018). Integra a rede de Historiadoras Negras e Historiadores negros no Brasil.