Quantas vezes você deixou de dar o primeiro passo devido estar olhando somente para o destino final? O primeiro passo não te leva direto para o destino final, mas ele te tira de onde está.

A vida insiste em nos convidar para situações que saem do controle, mas como lidar quando algo assim acontece? Você até pode não controlar, mas você continua ainda podendo escolher. Afinal, como diria Sartre: "O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você."

Se não agora, quando? Quantas vezes, na sua vida, você adiou algo esperando o momento ideal, aquele cenário perfeito que só existia na sua imaginação e, no fim, acabou frustrado, paralisado e longe de realizar o que realmente desejava?

Já percebeu que o caminho da volta geralmente é mais rápido do que o da ida? Quando o caminho da ida é novo, por vezes, nos desperta e nos direciona a explorar e até mesmo a estar em alerta e então passamos a desacelerar e parar pelo caminho e com isso, além da sensação de demorar um pouco mais, acaba de fato despendendo mais tempo ao passar por ele.

Será que é o tempo que está passando rápido demais ou é você quem está correndo demais? O tempo todo somos convidados a dar passos acelerados e, por vezes, se faz necessário parar e olhar qual é a necessidade.

O custo tem sido alto na tentativa de vivenciar o imediato. Semente lançada no solo fértil precisa de processo, não dá para plantar e sempre tirar ela de lá para conferir se está de fato se desenvolvendo.

Para amar é preciso conhecer, ter tempo e disponibilidade para estar aberto em olhar. E o mesmo acontece no amor próprio, não tem como você se amar sem antes você passar tempo de qualidade para se conhecer. Conhecer as suas potências, necessidades e limitações. Conhecer o seu todo.

Para assumirmos o protagonismo da nossa história, será preciso que também nos responsabilizamos pelas nossas escolhas. Você se considera uma pessoa que vive se justificando para o outro e escolhendo com base no que o outro sente e não no que realmente faz sentido para você? Se a resposta for sim, talvez você não esteja protagonizando na sua vida e deixando que o outro escolha por você.