Antropocast: navegando pela Antropologia Podcast Por Fred Lucio capa

Antropocast: navegando pela Antropologia

Antropocast: navegando pela Antropologia

De: Fred Lucio
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Sobre este áudio

Bem vindes a bordo. Embora conhecida como a ciência do ser humano, a Antropologia continua misteriosa pra maioria das pessoas. Concebendo a aventura antropológica como uma viagem marítima, convidamos os que gostam de navegar pelo conhecimento, a explorar esta fascinante área do saber. Este é um projeto de popularização da ciência e de educação com produção de material didático (mini aulas introdutórias de antropologia) em formato de podcast. Prontos pra iniciar essa viagem? Vamos nessa, pessoal! Siga-nos no Instagram: @antropocast Produção: Fred Lucio Website: https://fredlucio.netFred Lucio Ciências Ciências Sociais
Episódios
  • 52. Observar, Viver, Traduzir: três modos de habitar a diferença na Antropologia Britânica (parte 2)
    Jun 28 2025

    Seguindo o balanço entre os três grandes da Antropologia Britânica (Malinowski, Radcliffe-Brown e Evans-Pritchard), constatamos que não estamos apenas diante de três grandes nomes da antropologia — mas de três formas distintas de enxergar o outro e de produzir conhecimento na antropologia.


    Neste episódio vamos aprofundar um pouco mais quem é esse outro para cada um dos três.

    Suas diferentes formas de ver o outro se refletem diretamente em estilos de produção de conhecimento e de uma escrita antropológica.


    Para concluir o episódio, analisamos que se trata de uma questão epistemológica: qual deve ser o papel da antropologia para cada um deles e, consequentemente, em que isso nos ajuda a pensar a antropologia hoje.

    Essas diferenças sintetizam aquilo que foi chamado aqui de três modos de habitar a diferença (e a própria antropologia).

    Encerrando nossa expedição pela Antropologia Britânica, o episódio é um convite a navegar por esses mares e pensar: qual é, afinal, a nossa forma de habitar essa ciência chamada antropologia?


    Agradecimento espeical à minha querida amiga Andréa Abrahão Costa, narradora do texto introdutório do episódio.


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    1 hora e 3 minutos
  • 51. Observar, Conviver, Traduzir: três modos de habitar a diferença na Antropologia Britânica (Parte 1)
    Jun 16 2025

    Este episódio é a primeira parte de um balanço crítico sobre três grandes da antropologia britânica que trabalhamos até aqui, em episódios anteriores: Radcliffe-Brown, Malinowski e Evans-Pritchard.


    Mais do que nomes fundadores, eles representam três modos de conhecer o outro e construir o fazer antropológico: observar, conviver e traduzir.


    A partir dessa tríade conceitual, percorremos três eixos fundamentais: quem é esse "outro" estudado pelo(a) antropólogo (a); quem é esse(a) antropólogo(a)? o que é o conhecimento produzido e como o(a) antropólogo(a) deve agir para tornar esta produção possível?


    Esse dois episódios são, portanto, mais que uma comparação: é um convite à reflexão crítica sobre as heranças, limites e possibilidades de pensar a antropologia não como uma ciência positiva, mas como ciência da presença, da convivência, da tradução e da interpretação.


    Vem navegar com a gente!


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    52 minutos
  • 50. Estrutural Funcionalismo: Evans-Pritchard
    Apr 20 2025

    Edward Evan Evans-Pritchard (1902-1973) é uma das figuras mais notáveis da antropologia britânica do século XX, e sua trajetória intelectual reflete uma transformação profunda no modo como a disciplina concebe seus objetos, métodos e fundamentos epistemológicos.


    Inicialmente influenciado pelo estrutural-funcionalismo de Radcliffe-Brown, com quem manteve relações acadêmicas próximas, Evans-Pritchard começou sua carreira preocupado com a organização social e os sistemas de parentesco, realizando extensos trabalhos de campo entre os Azande e os Nuer no Sudão.


    Suas etnografias, como

    Witchcraft, Oracles and Magic among the Azande e The Nuer, são consideradas clássicos por sua profundidade analítica e por seu compromisso com o método empírico.


    No entanto, já nesses trabalhos, é possível notar um deslocamento em relação à tradição funcionalista: ao invés de apenas buscar a função social das práticas, ele começa a valorizar a lógica interna das culturas estudadas, reconhecendo que o pensamento nativo possui uma racionalidade própria.


    Esse deslocamento teórico se consolida nos anos 1950, quando Evans-Pritchard passa a defender uma concepção da antropologia não mais como ciência natural, mas como ciência do espírito, próxima da história e da filosofia.


    Inspirado por R.G. Collingwood e Wilhelm Dilthey, ele propõe que a tarefa do antropólogo é a reconstrução interpretativa dos sistemas simbólicos, e não a explicação causal de fenômenos sociais.


    Essa perspectiva hermenêutica é fortemente visível em

    Nuer Religion, obra em que a religião é tratada como expressão existencial e simbólica, e não como mero reflexo de estruturas sociais.


    Suas reflexões sobre tradução cultural, o papel da fé, os limites do racionalismo e as tensões entre ciência e crença revelam um autor que busca incessantemente conciliar sua formação acadêmica com uma profunda sensibilidade ao humano.

    Evans-Pritchard também exerceu influência institucional duradoura, consolidando Oxford como centro de excelência em antropologia e formando gerações de pesquisadores.


    Embora tenha sido criticado por não problematizar suficientemente o colonialismo, sua obra representa uma inflexão decisiva rumo a uma antropologia mais ética, reflexiva e comprometida com a escuta e a alteridade.


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    1 hora e 2 minutos

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