Antropocast: navegando pela Antropologia Podcast Por Fred Lucio capa

Antropocast: navegando pela Antropologia

Antropocast: navegando pela Antropologia

De: Fred Lucio
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Sobre este áudio

Bem vindes a bordo. Embora conhecida como a ciência do ser humano, a Antropologia continua misteriosa pra maioria das pessoas. Concebendo a aventura antropológica como uma viagem marítima, convidamos os que gostam de navegar pelo conhecimento, a explorar esta fascinante área do saber. Este é um projeto de popularização da ciência e de educação com produção de material didático (mini aulas introdutórias de antropologia) em formato de podcast. Prontos pra iniciar essa viagem? Vamos nessa, pessoal! Siga-nos no Instagram: @antropocast Produção: Fred Lucio Website: https://fredlucio.netFred Lucio Ciências Ciências Sociais
Episódios
  • 55. Mito: a perspectiva culturalista
    Aug 23 2025

    Depois da pausa que fizemos em nossas análises sobre o mito e sobre as escolas de pensamento na Antropologia, vamos retomar a nossa navegação pelo mito.


    Neste episódio, vamos tratar de uma das mais importantes teorias antropológicas: o Culturalismo Estadunidense.


    Como já vimos há alguns episódios, no final do século XIX, a antropologia ainda acreditava em uma escada de “evolução cultural”, colocando a Europa industrial no topo e rotulando outros povos como “atrasados”.


    Assim como o Funcionalismo Britânico, o Culturalismo Estadunidense, liderado por Franz Boas - mas com outros grandes nomes, a maioria discípulos seus -, quebrou essa lógica: cada cultura tem sua própria história, seus valores e formas de viver.


    Essa visão consolidou o relativismo cultural (que nós já analisamos num episódio específico) — a ideia de que não devemos julgar uma cultura com os padrões de outra. Mitos, rituais e costumes não são “restos do passado”, mas expressões legítimas de como cada sociedade enxerga e organiza o mundo.


    Mais do que uma teoria, o culturalismo foi um ato de valorização da diversidade humana e um enfrentamento ao racismo e às hierarquias culturais. Foi uma das primeiras, mais contundentes e fortes teorias a nos lembrar que não existe cultura superior ou inferior: existem diferentes maneiras de ser humano.


    Participação especial: Fábio Hakym (na leitura do mito Kwakiutl sobre a origem da constelação da Ursa Maior).


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    57 minutos
  • 54. Transumanismo, Pós-humanismo e Antropotécnica (parte 2)
    Aug 12 2025

    Continuando a conversa com o filósofo Marcos Silva e Silva, neste episódio refletimos sobre Antropotécnica, retomando suas relações com o transumanismo, pós-humanismo e a biotecnologia.


    Como foi visto no episódio anterior (e será retomado aqui), o transumanismo, ao defender o aprimoramento radical da condição humana por meio da tecnologia, e o pós-humanismo, ao questionar os limites ontológicos do 'humano', tensionam as fronteiras entre natureza e cultura, orgânico e artificial.


    Nesse diálogo, a antropotécnica — enquanto conjunto de técnicas de modelagem do humano — emerge como um campo privilegiado para interrogarmos: que formas de vida estamos criando? Como ficam as questões éticas e morais nesse cenário?


    O diálogo entre Filosofia e Antropologia revela-se essencial para decifrar os desafios do transumanismo e das antropotécnicas. Enquanto a primeira problematiza os fundamentos éticos e ontológicos da transformação humana (como em Peter Sloterdijk, Martin Heidegger ou Giorgio Agamben), a segunda expõe como essas tecnologias são assimiladas, ressignificadas ou resistidas em contextos culturais específicos, como em Donna Haraway. A Antropologia nos lembra que toda técnica é culturalmente situada — seja a edição genética, as próteses digitais ou os algoritmos de IA.


    Juntas, elas desvendam não apenas o que o humano pode vir a ser, mas também como esses projetos são vividos e contestados — evitando tanto a abstração filosófica desenraizada quanto o relativismo antropológico sem crítica.


    O antropocast propõe a interdisciplinaridade como um caminho possível contra reducionismos.


    No episódio, ao navegarmos por estas reflexões, nós nos perguntamos: como reimaginar a humanidade sem reproduzir velhas hierarquias, agora sob novos disfarces tecnológicos? Quem é esse ser humano que estamos construindo? Qual o papel da memória, da ancestralidade, da nossa história na singularidade humana?


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  • 53. Transumanismo, Pós-humanismo e Antropotécnica (parte 1)
    Aug 1 2025

    Dando uma pausa em nossas reflexões sobre Mito e sobre as correntes de pensamento na Antropologia, o Antropocast convidou o filósofo e professor Marcos Silva e Silva para um bate papo a respeito de um tema muito atual e que nos toca a todas e todos: diante das revoluções aceleradas da tecnologia e da nossa relação com as máquinas, será que o “ser humano”, como nós conhecemos, está com os dias contados?


    Foi feito um bate papo bastante provocador sobre perspectivas para o futuro da humanidade a partir das tecnologias que prometem superar o corpo, a mente e até mesmo a morte — e sobre as filosofias que já anunciam um mundo pós-humano, onde as fronteiras entre natureza, máquina e identidade começam a se dissolver.


    Navegando por autores como Nietzsche, Heidegger, Donna Haraway entre tantos outros e também pelo fascinante universo da ficção científica, a conversa pretende incentivar uma reflexão crítica sobre o mundo dos ciborgues, inteligências (orgânicas e não orgânicas) e tantas outras questões relevantes.


    Esta é a primeira parte da conversa que continuará no próximo episódio.


    Contamos também com uma breve participação da professora do departamento de Letras da UFAL, Susana Souto, que nos honrou com a leitura do texto introdutório inspirado livremente no monólogo “Tears in rain”, do personagem Roy Batty, o androide vivido pelo ator Rutger Hauer no clássico da ficção científica no cinema “Blade Runner, o caçador de androides”.


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    43 minutos
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