Episódios

  • Atina Pra Isso #109: Orixás inventados
    May 13 2025

    Este episódio é, sem dúvida, um dos mais necessários e provocadores da nossa trajetória.
    Prepare-se para ouvir, refletir e, talvez, se desconstruir.


    Aqui, fazemos uma análise crítica sobre o processo de invenção e apropriação dentro da Umbanda. Tratamos de como o trabalho de Zélio de Moraes, W.W. da Matta e Silva e Rubens Saraceni, em diferentes momentos históricos, promoveu a construção de entidades, linhas e “orixás” que não possuem correspondência na Umbanda ou em qualquer outra cultura de matriz afro-brasileira ou africana.


    Mostramos como essas invenções não são meras curiosidades: elas se inserem em um movimento mais amplo de reformulação da Umbanda sob influências esotéricas e espíritas, que priorizam a revelação individual em detrimento da construção coletiva, comunitária e ancestral.

    Refletimos também sobre como, ao longo do tempo, esses processos ajudaram a consolidar uma lógica de mercado: livros, cursos, iniciações e rituais passaram a ser tratados como produtos, transformando saberes tradicionalmente compartilhados em exclusividades comercializadas.


    Reforçamos: a crítica não se dirige às pessoas que se identificam ou se conectaram com essas propostas, mas propõe um olhar atento ao fenômeno mais amplo da mercantilização de práticas ancestrais.


    Por isso, este episódio é um convite à reflexão e à resistência.
    A Umbanda precisa seguir sendo terra de partilha, pés fincados no chão do terreiro, da comunidade.


    Escute, compartilhe, e continue essa conversa com a gente!


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    56 minutos
  • Atina Pra Isso #108 [VIDEO]: Contar o Brasil com as Umbandas, com Luiz Rufino | Ao vivo da FEBF/UERJ
    May 7 2025

    Neste episódio especial, o Atina pra Isso chega à Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF-UERJ), a convite do professor titular Luiz Rufino, para uma conversa ao vivo que atravessa história, espiritualidade e disputa por memória.

    O tema “Contar o Brasil com as Umbandas” nos guia por reflexões profundas sobre a história do país a partir dos terreiros, em uma crítica contundente às formas de embranquecimento e apagamento das culturas negras e indígenas. Falamos sobre o sincretismo como campo de disputa, o racismo religioso como estrutura que atravessa até mesmo as relações internas nos terreiros, e o cansaço de nossos corpos que também desejam brincar, descansar e viver com prazer.

    O episódio traça caminhos para uma Umbanda que não se dobra à lógica da dominação. Porque contar o Brasil com as Umbandas é também devolver à história a voz de quem foi silenciado.

    🎙 Participação:

    • ​David Dias
    • ​Luiz Rufino
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    2 horas e 1 minuto
  • Atina Pra Isso #107 [VIDEO]: Encruzilhadas Digitais: A resistência da Umbanda em tempos de digitalização da Fé.
    Apr 22 2025

    No ar, mais um episódio especial do Atina pra Isso! Desta vez, diretamente do ISER – Instituto de Estudos da Religião, onde participei da roda de conversa "Encruzilhadas Digitais: A resistência da Umbanda em tempos da digitalização da fé", com mediação da querida Magali Cunha. Uma reflexão profunda sobre memória, ancestralidade, tecnologia e os limites do virtual quando se trata de terreiro, corpo e coletivo.

    Falamos sobre racismo algorítmico, apagamentos simbólicos, o perigo da capitalização da fé, e a força dos nossos encontros presenciais. Agradeço à companheira Carolina Rocha pelo convite e por essa oportunidade de ocupar um espaço histórico como o ISER, que há décadas articula religião e política de forma crítica. Um episódio para pensar com o corpo, sentir com a história e seguir com o povo.


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    1 hora e 27 minutos
  • Atina Pra Isso #106 [VIDEO]: Dandara Suburbana
    Apr 3 2025

    Em 2024, o Brasil registrou quase 2.500 denúncias de intolerância religiosa. A maioria teve como alvo os terreiros e seus povos. Esse é o cenário que se repete, ano após ano, entre destruições de espaços sagrados, silenciamentos institucionais e violência cotidiana.

    Mas até quando seremos manchete apenas quando tombamos? Quando teremos o direito de existir sem medo, sem bala, sem o dedo acusador que diz “a culpa é do Diabo”?

    No episódio de hoje, recebo Carolina Rocha, a Dandara Suburbana (@adandarasuburbana) — mulher preta de Xangô, militante antirracismo, educadora, historiadora, socióloga, professora doutora e pós-doutoranda em educação pela UFV. É autora de O Sabá do Sertão e do recém-lançado A culpa é do Diabo. Idealizadora do projeto Ataré Palavra Terapia, Carolina tem na escrita uma encruzilhada de cura, luta e ancestralidade.

    Falamos sobre as disputas entre fé, tráfico e neopentecostalismo nas favelas, sobre o papel do Estado, o racismo religioso e as estratégias de resistência dos terreiros. Um episódio necessário, quente como o brado de Xangô.

    Atina pra Isso!


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  • Atina Pra Isso #106 [VIDEO]: Dandara Suburbana
    Apr 2 2025

    Em 2024, o Brasil registrou quase 2.500 denúncias de intolerância religiosa. A maioria teve como alvo os terreiros e seus povos. Esse é o cenário que se repete, ano após ano, entre destruições de espaços sagrados, silenciamentos institucionais e violência cotidiana.

    Mas até quando seremos manchete apenas quando tombamos? Quando teremos o direito de existir sem medo, sem bala, sem o dedo acusador que diz “a culpa é do Diabo”?

    No episódio de hoje, recebo Carolina Rocha, a Dandara Suburbana (@adandarasuburbana) — mulher preta de Xangô, militante antirracismo, educadora, historiadora, socióloga, professora doutora e pós-doutoranda em educação pela UFV. É autora de O Sabá do Sertão e do recém-lançado A culpa é do Diabo. Idealizadora do projeto Ataré Palavra Terapia, Carolina tem na escrita uma encruzilhada de cura, luta e ancestralidade.

    Falamos sobre as disputas entre fé, tráfico e neopentecostalismo nas favelas, sobre o papel do Estado, o racismo religioso e as estratégias de resistência dos terreiros. Um episódio necessário, quente como o brado de Xangô.

    Atina pra Isso!


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  • Atina Pra Isso #105: Você precisa vestir o branco
    Mar 24 2025

    A frase “você precisa vestir o branco” pode soar como um chamado à Umbanda — mas será mesmo? Neste episódio, falamos sobre a ideia de conversão (que não faz parte das culturas de matrizes africanas), o problema da literalidade e o sentido de “ser de terreiro”. Um papo reto e simbólico com Renata Pallottini.


    Aperta o play e Atina pra Isso!


    Saravá!


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    1 hora
  • Atina Pra Isso #104: Você precisa abrir seu Terreiro
    Mar 11 2025

    Abrir um terreiro é uma questão de missão ou escolha? Neste episódio do Atina pra Isso Podcast, mergulhamos na reflexão sobre os processos, etapas e condição para a formação de uma liderança na Umbanda e os desafios de assumir a responsabilidade de guiar uma comunidade. Até que ponto se pode impor a alguém o papel de líder espiritual sem que haja real desejo, disposição, disponibilidade e preparo para isso? A conversa de hoje questiona alguns modelos tradicionais, o peso da responsabilidade e os riscos presentes na ideia de que “você precisa abrir seu terreiro”.

    Com a participação de Renata Pallottini, discutimos o lugar do Pai ou Mãe de Santo e como a ausência de tempo e a relação com um território de axé consistente pode levar à reprodução de práticas equivocadas. Será que estamos repetindo modelos que já não fazem sentido?


    O atina pra Isso está no Ar!


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    54 minutos
  • Atina Pra Isso #103: [VIDEO]: Carnaval, sambas-enredo, religiões de matriz africana e ancestralidade negra | Entrevista com Pai David Dias BandNews | Pretoteca
    Mar 5 2025

    Nesta edição especial do Atina Pra Isso Podcast, reprisamos a minha participação no quadro Pretoteca, da BandNews, ao lado da brilhante Larissa Alves, em uma conversa potente sobre a presença e a força das culturas de matrizes africanas no Carnaval. Falamos sobre como as escolas de samba são extensões dos terreiros, espaços de celebração, resistência e reafirmação da nossa ancestralidade.


    Entendemos quanto os tambores do samba e os atabaques do terreiro ressoam o mesmo chamado: a memória do povo negro, a continuidade das tradições e a afirmação de uma cultura que resiste ao apagamento.


    Por fim, refletimos também sobre o racismo religioso e as tentativas de desarticular a cultura afro-brasileira do Carnaval, além da necessidade de reforçarmos a educação como um caminho de emancipação. Como bem disse Lélia Gonzalez, enfrentamos um racismo à brasileira, que finge aceitar tudo, mas rejeita quando a cultura negra se impõe como protagonista.


    Umbanda, samba, terreiro e Carnaval são expressões de um mesmo Brasil negro, que dança, canta, luta e se mantém vivo.


    Saravá, Umbanda!


    Atina pra Isso!

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    37 minutos