O que exatamente significa estar só? Como podemos superar – ou pelo menos mitigar – nossa solidão? Considerando que às vezes desejamos estar sozinhos, podemos dizer que a solidão é sempre algo ruim?

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Veremos como a questão da solidão foi tratada não apenas entre os filósofos gregos e romanos, mas como também Michel de Montaigne e Friedrich Nietzsche abordaram o tema séculos depois. Veremos que se a solidão deve ser vista, por um lado, como falta e dependência, ela também é uma característica essencial dos espíritos livres e deve ser perseguida, como nos mostra Nietzsche.

Estamos sempre tentando nos defender. Seja contra ameaças físicas ou psíquicas , preservar nossa integridade é algo que às vezes fazemos sem nem ao menos perceber. "O ego e os mecanismos de defesa", de Anna Freud, é uma obra psicanalítica fundamental para quem deseja compreender algumas formas comuns de comportamento e formação do caráter. Seja na fantasia que nega uma perda ou no altruísmo que encobre os próprios desejos, o ego atua aqui mais como apenas uma sede de observação, mas atua para evitar angústias, reprimir desejos inaceitáveis ou manter a coesão interna do aparato psíquico.

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A diferença entre saúde e patologia não está na presença ou ausência de defesas, mas na sua rigidez, intensidade, adaptabilidade e consequências que essas produzem. Uma defesa pode ser útil quando temporária, mas patológica quando se torna permanente. Um eu saudável é aquele capaz de flexibilizar suas defesas, reconhecer seus limites e tolerar certa dose de conflito.

Neste episódio apresentamos o estoicismo prático de uma das principais figuras do período romano: Caio Musônio Rufo. Sempre que falamos sobre o estoicismo do período imperial, os três nomes geralmente abordados são Sêneca, Epicteto e Marco Aurélio. Eles não foram, no entanto, os únicos filósofos em atividade nestes séculos. É verdade que pouquíssimos textos desta época chegaram até nós, mas há também filósofos menos conhecidos hoje que, naquele tempo, causaram grande impressão em seus contemporâneos.

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Musônio Rufo foi professor de ninguém menos que Epicteto, e seu estoicismo é ainda mais prático que o dos outros romanos. Veremos o que Musônio nos ensina sobre educar as mulheres, viver no exílio, escolher a profissão mais adequada para um filósofo, como se vestir, comer adequadamente ou até mesmo cortar o cabelo. São questões interessantes que nos permitirão visualizar como era de fato um estoico romano em seu cotidiano.

#filosofia #estoicismo #sabedoria