Nossos sócios Luiz Eduardo Portella, Tomás Goulart e Sarah Campos comentam, no episódio de hoje, os principais acontecimentos da semana no Brasil e no mundo.
No cenário internacional, destaque para o acordo comercial entre EUA e China. Ambos surpreenderam ao anunciar uma redução significativa de tarifas, tanto pela magnitude quanto pela agilidade da decisão, o que impulsionou os mercados globais.
Nos EUA, os dados de inflação vieram abaixo do esperado (CPI, PPI e preços de importação), e os componentes do PCE também sinalizam uma pressão inflacionária mais branda — criando um ponto de partida mais favorável antes de avaliarmos os efeitos das novas tarifas. Já os dados de atividade indicaram uma leve desaceleração no início do segundo trimestre. No campo político, o debate sobre o orçamento começou a ganhar força, com republicanos pressionando por cortes no programa Medicaid. O desfecho será relevante para entendermos a trajetória fiscal norte-americana.
Como mencionado acima, ao longo da semana o mercado reagiu positivamente às reduções de tarifas, com bolsas globais em alta e alguns ativos, como o ouro, passando por realização. Nos EUA, os juros subiram (vértice de 10 anos +10 bps) e as bolsas avançaram: S&P 500 +5,27%, Nasdaq +6,81%, Russell 2000 +4,46%. No Brasil, os vértices longos da curva abriram (jan/35 +27 bps, jan/31 +26 bps, jan/29 +25 bps), os curtos oscilaram menos (jan/26 -6 bps, jan/27 +2 bps). O Ibovespa subiu 1,96%, o índice de Small Caps avançou 4,17% e o real ficou estável.
Por aqui, destaque para a ata do Copom, que reforçou um tom mais dovish ao apontar sinais de desaceleração via mercado de crédito, sugerindo menor disposição do comitê em seguir com o aperto monetário. No campo político, o governo reiterou sua intenção de manter estímulos fiscais em meio à queda de popularidade apontada nas pesquisas.
Na próxima semana, as atenções se voltam para a votação do orçamento dos EUA, os dados de atividade de abril na China e a divulgação dos PMIs globais.
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