Episódios

  • “Estamos hoje mais longe da existência de um Estado ou liderança palestiniana viáveis” apesar dos últimos dois anos
    Oct 13 2025

    O acordo de paz reduziu o martírio dos palestinianos em Gaza e levou os reféns para os braços de quem os esperava. Isto sabemos. Sobre o desarmamento do Hamas não há certezas, sobre a reconstrução urgente ou sobre um modelo futuro de Governo do território também não. As violência interpalestiniana adensa-se, os colonos ameaçam, batem e matam na Cisjordânia e nem por isso Israel está mais seguro

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  • Israel-Hamas: Acordo é “o mínimo essencial”. Reconciliação, reparação e justiça “ficam para o fim do caminho”
    Oct 9 2025

    Israel e Hamas já têm um acordo assinado, está prevista a libertação dos 20 reféns vivos, todos de uma vez, e também de cerca de 1.950 presos palestinianos. Donald Trump foi essencial na assinatura deste acordo e é pouco provável que permita grandes desvios ao seu amigo Netanyahu.

    Talvez tudo isto esteja a acontecer porque Donald Trump quer mesmo muito vencer o Nobel da Paz, que se anuncia esta sexta-feira e, se perder, pode voltar a desinteressar-se pelo tema. Mas as pessoas que durante dois anos esperaram o regresso dos reféns, as pessoas que viveram sob bombardeamentos indiscriminados e passaram fome não estão interessadas nas razões do Presidente dos Estados Unidos, apenas que ele se esforce para que o cessar-fogo se torne permanente, que os reféns regressem e que a guerra não volte a eclodir.

    Os indicadores parecem alinhados para que isso se verifique: não só o ministro dos Negócios Estrangeiros, Gideon Sa’ar, já veio dizer que Israel não tenciona voltar às hostilidades, como o próprio Trump é esperado como convidado em Israel do domingo - e deve mesmo participar na reunião do gabinete de segurança de Israel esta quinta-feira, de forma a pressionar os mais periclitantes a aprovarem este documento de 20 pontos que garante “o mínimo essencial”, nas palavras da investigadora Joana Ricarte, que, neste episódio extra, explica ao Expresso o que está neste acordo e quais os cenários mais prováveis para a sua implantação.

    A posição de quem olha para a História a longo prazo, a atmosfera é de “otimismo cauteloso”. Não há “um horizonte político claro”, porque “toda a ideia futuro do estabelecimento de mecanismos de governação, desarmamento do Hamas, de alteração de situação política no terreno e retirada das tropas de Israel ainda são passos apresentados de forma genérica”. Além disso, continua Ricarte, “não se refere neste acordo nem a ocupação nem o Estado palestiniano” e por isso “estamos muito distantes de uma solução viável”.

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  • Tal como em Portugal, extrema-direita liderada por Farage cresce porque a fórmula “nunca foi testada”
    Oct 6 2025

    Nos últimos oito anos, o Reino Unido queimou nada menos do que quatro primeiros-ministros. Que ameaças enfrenta Keir Starmer, que não é, segundo o embaixador Francisco Seixas da Costa, “um líder extremamente mobilizador, nem carismático”, mas que é “seco, com uma imagem um pouco burocrática”? Entretanto, o Reform UK, de Nigel Farage, continua a subir nas sondagens.

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  • “Se retirarmos os ativistas, agricultores e indígenas que defendem os territórios brasileiros, eles ficam mais vulneráveis a interesses capazes de tudo, até de matar”
    Sep 29 2025

    Pelo menos 142 defensores do ambiente — como ativistas, agricultores e indígenas — foram assassinados em 2024 e outros quatro desapareceram, segundo o relatório da Global Witness, uma organização não-governamental que se foca em direitos humanos e na crise climática. Mais de 80% dos casos ocorreram na América Latina, e o Brasil, nação-irmã de Portugal, é o quarto país mais mortal para defensores de questões ambientais (12 homicídios). O Brasil é o quarto país mais perigoso para quem defende o ambiente: 12 ativistas foram assassinados no ano passado, segundo um relatório divulgado este mês. Oiça o último episódio do podcast O Mundo A Seus Pés com Adriana Ramos, secretária-executiva do Instituto Socioambiental, no Brasil.

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  • “O reconhecimento da Palestina é fundamental e mostra oposição clara à política de Israel”, diz antigo secretário-geral-adjunto da ONU
    Sep 22 2025

    Além do reconhecimento do Estado da Palestina, o antigo secretário-geral-adjunto da ONU Victor Ângelo fala da urgência de reforma da organização e aponta a “timidez” de Guterres na abertura de debates necessários.

    Uns aplaudem e defendem que o reconhecimento da Palestina só peca por tardio, outros dizem ser apenas simbólico e não ser este o momento certo para o fazer, outros ainda questionam-se que Estado estará a ser verdadeiramente reconhecido e também há quem descreva a proatividade de Paris e Madrid neste processo como uma fuga em frente dos seus líderes para desviar atenções dos problemas domésticos.

    Seja como for, uma dezena de governos ocidentais vão reconhecer o Estado da Palestina na semana de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas, que arranca agora em Nova Iorque.

    Victor Ângelo, conselheiro em segurança internacional e antigo secretário-geral-adjunto da ONU, sublinha que “este reconhecimento é fundamental”. Mesmo com o previsível veto posterior dos Estados Unidos no Conselho de Segurança, o gesto “mostra claramente que a comunidade das nações não está de acordo com a política seguida pelo Governo de Israel em relação à Palestina e o isolamento crescente não só de Israel mas também dos Estados Unidos” nesta questão.

    Com 32 anos da sua vida dedicados às Nações Unidas, refere igualmente que “Israel está a fazer tudo o que pode para não permitir a criação de um Estado palestiniano viável”.

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    37 minutos
  • Assassínio de Charlie Kirk é gasolina atirada para cima de uma América já em chamas
    Sep 13 2025

    O homicídio a tiro do ativista Charlie Kirk, no passado dia 10 de setembro, chocou os Estados Unidos da América e acendeu ânimos num país já de si polarizado. O apoiante de Donald Trump, de 31 anos, intervinha num debate numa faculdade do estado de Utah quando foi assassinado. Oiça este episódio do podcast O Mundo a Seus Pés com Pedro Cordeiro, Diana Soler e Catarina Maldonado Vasconcelos.

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  • São muitos barcos, algum há de passar. Ativista português Miguel Duarte está a bordo de um deles e espera chegar a Gaza
    Sep 8 2025

    O português Miguel Duarte está a bordo de um dos barcos que vão tentar entrar em Gaza, apesar de o território estar sob um impermeável bloqueio israelita. A ajuda humanitária escasseia e o ativista português, que também já participou em várias missões de resgate de migrantes no Mediterrâneo, acredita que, desta vez, o cerco vai mesmo ser quebrado e um dos barcos, senão mais, vai conseguir aportar e entregar comida e medicamentos a quem mais precisa.

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  • Estado palestiniano: “O problema é que a soberania não se declara, a soberania constrói-se”. A análise por Daniel Pinéu
    Sep 1 2025

    Nesta conversa, Daniel Pinéu, investigador e perito em relações internacionais, combina uma reflexão histórica com uma ponderação política e oferece uma perspetiva crítica sobre o papel das grandes potências e dos mecanismos de justiça global. Oiça as explicações do analista sobre as guerras em curso, em Gaza e na Ucrânia neste episódio do podcast O Mundo A Seus Pés.

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