Ao menos desde o século XIX a História eurocêntrica tratou, africanos, escravizados e seus descendentes de forma simplista, distorcida e redutora. No imaginário ocidental — consolidado desde o colonialismo europeu — as categorias “africano”, “escravo” e “negro” passaram a funcionar como sinônimos, associando automaticamente cor da pele, condição social e destino histórico. Essas classificações, forjadas sob uma ideologia científica racista, sustentaram uma visão de mundo na qual a população negra era reduzida à subalternidade, como se sua presença no “Novo Mundo” se resumisse à condição de mão de obra escravizada.
Para nos ajudar a repensar essas ideias, neste episódio, nos apoiamos no artigo “Africano, Escravo e Negro: armas e armadilhas da identidade racial”, do historiador Josenildo de Jesus Pereira, professor da Universidade Federal do Maranhão e nosso convidado de hoje. A partir de uma análise densa e crítica, o autor nos convida a desconstruir o discurso racial que naturalizou essas categorias e a reconhecer os africanos e seus descendentes como sujeitos históricos que intervieram ativamente na formação política, cultural e social das Américas.
O desafio, portanto, está em ir além da resistência: é preciso reconstruir a narrativa histórica, reconhecendo as culturas africanas e afrodescendentes como co-fundadoras do mundo atlântico, para muito além do estatuto da escravidão ou da folclorização cultural.
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