• #41 - Dor não é normal: vamos falar sobre endometriose
    Dec 3 2025

    No episódio 41 do SENSU CAST, o podcast da SENSU Consultoria de Comunicação em saúde, ciência e educação, colocamos no centro do debate uma afirmação que precisa ser repetida até deixar de ser exceção na prática clínica e na vida cotidiana de milhões de mulheres: dor não é normal.

    A endometriose é uma doença crônica que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva no mundo, o equivalente a aproximadamente 190 milhões de pessoas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

    Mesmo com essa prevalência, a condição ainda é marcada por atrasos diagnósticos, desinformação e pela histórica banalização da dor feminina. Cólicas intensas, dor pélvica persistente, dor durante a relação sexual, alterações intestinais e urinárias, infertilidade e impactos relevantes na saúde mental seguem sendo, em muitos contextos, tratados como “normais”.

    Neste episódio, o SENSU CAST propõe uma conversa sobre endometriose e comunicação em saúde, destacando o papel da escuta qualificada, da informação correta e da responsabilidade na forma como profissionais de saúde, jornalistas e a sociedade lidam com doenças ginecológicas.Para esse diálogo, recebemos dois convidados que uniram prática médica e rigor jornalístico no livro Dores Femininas – A jornada humana de um médico contra a endometriose:

    Rubens Paulo Gonçalves Filho é ginecologista e obstetra, mestre em Ciências da Saúde, doutorando e MBA em Gestão da Saúde, além de docente da Pós-Graduação Internacional em Cirurgia Robótica do Einstein Hospital Israelita. Com mais de 30 anos de atuação, Rubens compartilha reflexões contundentes sobre o atraso diagnóstico da endometriose, falhas estruturais na formação médica, a importância do exame físico completo, os limites dos exames de imagem e os desafios éticos de uma prática cada vez mais pressionada por produtividade.

    Cristiane Segatto é jornalista especializada em saúde, mestra em Gestão da Saúde pela FGV, com passagem por veículos como Época, O Globo, O Estado de S. Paulo, Abril e UOL. Vencedora de 15 prêmios nacionais e internacionais, entre eles dois Prêmios Esso, Cristiane fala sobre o desafio de traduzir ciência em linguagem acessível, a cobertura da imprensa sobre saúde da mulher, os silêncios em torno da endometriose e o impacto de ouvir histórias reais de pacientes que conviveram durante anos com dor não validada.

    Ao longo do episódio, a conversa aborda temas centrais para o debate público e para a prática profissional:

    – a normalização histórica da dor feminina– o atraso no diagnóstico da endometriose, inclusive em adolescentes– o impacto da doença na vida profissional, nos vínculos afetivos e na autoestima

    – infertilidade e como comunicar riscos de forma responsável– limites e possibilidades dos tratamentos clínicos e cirúrgicos– o peso emocional de conviver com uma condição crônica

    – o papel da informação de qualidade para pacientes, familiares, profissionais e gestoresEste episódio é também um convite ao acesso qualificado à informação.

    Ao compreender que sentir dor recorrente não é normal, mulheres passam a reconhecer sintomas, buscar ajuda especializada e romper ciclos de silêncio que atravessam gerações. Ao mesmo tempo, o episódio convida profissionais de saúde e comunicadores a rever práticas, linguagem e responsabilidades na produção e disseminação de informações sobre saúde da mulher.

    🎧 Se este episódio fizer sentido para você, curta, compartilhe e deixe seu comentário. Informação de qualidade pode reduzir sofrimento, orientar decisões e transformar trajetórias.

    FICHA TÉCNICA
    Produção: SENSU Consultoria de Comunicação e Banca de Conteúdo
    Roteiro e apresentação: Moura Leite Netto
    Edição: J.Benê
    Direção: Luciana Oncken


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    1 hora e 31 minutos
  • #41 - Especial em vídeo - Dor não é normal: vamos falar sobre endometriose
    Dec 2 2025
    No episódio 41 do SENSU CAST, o podcast da SENSU Consultoria de Comunicação em saúde, ciência e educação, colocamos no centro do debate uma afirmação que precisa ser repetida até deixar de ser exceção na prática clínica e na vida cotidiana de milhões de mulheres: dor não é normal.A endometriose é uma doença crônica que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva no mundo, o equivalente a aproximadamente 190 milhões de pessoas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Mesmo com essa prevalência, a condição ainda é marcada por atrasos diagnósticos, desinformação e pela histórica banalização da dor feminina. Cólicas intensas, dor pélvica persistente, dor durante a relação sexual, alterações intestinais e urinárias, infertilidade e impactos relevantes na saúde mental seguem sendo, em muitos contextos, tratados como “normais”.Neste episódio, o SENSU CAST propõe uma conversa sobre endometriose e comunicação em saúde, destacando o papel da escuta qualificada, da informação correta e da responsabilidade na forma como profissionais de saúde, jornalistas e a sociedade lidam com doenças ginecológicas.Para esse diálogo, recebemos dois convidados que uniram prática médica e rigor jornalístico no livro Dores Femininas – A jornada humana de um médico contra a endometriose:Rubens Paulo Gonçalves Filho é ginecologista e obstetra, mestre em Ciências da Saúde, doutorando e MBA em Gestão da Saúde, além de docente da Pós-Graduação Internacional em Cirurgia Robótica do Einstein Hospital Israelita. Com mais de 30 anos de atuação, Rubens compartilha reflexões contundentes sobre o atraso diagnóstico da endometriose, falhas estruturais na formação médica, a importância do exame físico completo, os limites dos exames de imagem e os desafios éticos de uma prática cada vez mais pressionada por produtividade.Cristiane Segatto é jornalista especializada em saúde, mestra em Gestão da Saúde pela FGV, com passagem por veículos como Época, O Globo, O Estado de S. Paulo, Abril e UOL. Vencedora de 15 prêmios nacionais e internacionais, entre eles dois Prêmios Esso, Cristiane fala sobre o desafio de traduzir ciência em linguagem acessível, a cobertura da imprensa sobre saúde da mulher, os silêncios em torno da endometriose e o impacto de ouvir histórias reais de pacientes que conviveram durante anos com dor não validada.Ao longo do episódio, a conversa aborda temas centrais para o debate público e para a prática profissional:– a normalização histórica da dor feminina– o atraso no diagnóstico da endometriose, inclusive em adolescentes– o impacto da doença na vida profissional, nos vínculos afetivos e na autoestima– infertilidade e como comunicar riscos de forma responsável– limites e possibilidades dos tratamentos clínicos e cirúrgicos– o peso emocional de conviver com uma condição crônica– o papel da informação de qualidade para pacientes, familiares, profissionais e gestoresEste episódio é também um convite ao acesso qualificado à informação.Ao compreender que sentir dor recorrente não é normal, mulheres passam a reconhecer sintomas, buscar ajuda especializada e romper ciclos de silêncio que atravessam gerações. Ao mesmo tempo, o episódio convida profissionais de saúde e comunicadores a rever práticas, linguagem e responsabilidades na produção e disseminação de informações sobre saúde da mulher.🎧 Se este episódio fizer sentido para você, curta, compartilhe e deixe seu comentário. Informação de qualidade pode reduzir sofrimento, orientar decisões e transformar trajetórias.FICHA TÉCNICAProdução: SENSUComunicação e Banca de ConteúdoRoteiro e apresentação: Moura Leite NettoEdição: J.BenêDireção: Luciana Oncken⁠#SENSUCAST⁠ ⁠#Endometriose⁠ ⁠#SaúdeDaMulher⁠ ⁠#ComunicaçãoEmSaúde⁠ ⁠#JornalismoCientífico⁠ ⁠#DorCrônica⁠ ⁠#SaúdeMental⁠ ⁠#InformaçãoEmSaúde⁠ ⁠#PodcastBrasil⁠ ⁠#Ciência⁠ ⁠#EducaçãoEmSaúde
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  • 40# – Comunicação e Inclusão da Pessoa com Deficiência
    Oct 2 2025

    Como a comunicação pode transformar a inclusão das pessoas com deficiência? No episódio #40 do SENSU CAST, Moura Leite Netto conversa com José Carlos do Carmo, o Kal, médico e coordenador da Câmara Paulista para a Inclusão da Pessoa com Deficiência, e com o jornalista Bruno Favoretto.

    Kal reforça a importância da lei de cotas no mercado de trabalho: “Ela é a principal ferramenta legal que nós dispomos para garantir um direito historicamente negado”. Já Bruno compartilha sua trajetória no jornalismo e os desafios da acessibilidade: “Eu sentia que precisava acertar sempre para abrir portas para outros”.

    Um episódio sobre desafios, avanços e boas práticas para empresas, jornalistas e toda a sociedade que acreditam no poder da comunicação inclusiva.

    Como a comunicação pode transformar a inclusão das pessoas com deficiência? No episódio #40 do SENSU CAST, Moura Leite Netto conversa com José Carlos do Carmo, o Kal, médico e coordenador da Câmara Paulista para a Inclusão da Pessoa com Deficiência, e com o jornalista Bruno Favoretto.

    Kal reforça a importância da lei de cotas no mercado de trabalho: “Ela é a principal ferramenta legal que nós dispomos para garantir um direito historicamente negado”. Já Bruno compartilha sua trajetória no jornalismo e os desafios da acessibilidade: “Eu sentia que precisava acertar sempre para abrir portas para outros”.

    Um episódio sobre desafios, avanços e boas práticas para empresas, jornalistas e toda a sociedade que acreditam no poder da comunicação inclusiva.

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    #inclusão #acessibilidade #comunicaçãoinclusiva #jornalismo #pessoacomdeficiência #sensucast #sensucomunicacao

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  • #39 - Comunicação e saúde do homem
    Aug 29 2025

    O cuidado com a saúde masculina ainda é um tema cercado de tabus, preconceitos e barreiras culturais. Enquanto campanhas voltadas à saúde da mulher avançaram nas últimas décadas, os homens seguem mais resistentes em buscar ajuda médica e manter hábitos de prevenção. Para aprofundar essa reflexão, o episódio 39 do SENSU CAST recebe o cirurgião oncológico Gustavo Cardoso Guimarães, diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) e coordenador-geral dos departamentos cirúrgicos oncológicos da BP.

    Ao longo da conversa conduzida pelo jornalista Moura Leite Netto, o episódio traz à tona as raízes culturais que fazem muitos homens acreditarem serem “invulneráveis” e, por isso, deixarem de lado sinais importantes do corpo. Gustavo Guimarães explica como essa visão, construída desde a infância, na qual meninos são tratados como super-heróis, influencia diretamente em maior exposição a riscos, mortalidade precoce e menor expectativa de vida em comparação às mulheres.

    Entre os principais pontos debatidos estão:

    • Campanhas de saúde masculina: a necessidade de ampliar o Novembro Azul para além do câncer de próstata, abordando doenças cardiovasculares, diabetes, câncer de pênis, de testículo e saúde mental.

    • Tabus e comunicação: a resistência em falar sobre temas como câncer de pênis e depressão masculina, e o papel dos meios de comunicação, das empresas e das instituições de saúde na quebra desses preconceitos.

    • Prevenção desde cedo: a importância de consultas regulares com urologistas ainda na adolescência, vacinação contra HPV, educação sobre higiene íntima e incentivo ao autoexame de testículos.

    • Fatores de risco: álcool, tabaco, sedentarismo e alimentos ultraprocessados como vilões da saúde, e a necessidade de campanhas de conscientização que dialoguem de forma clara, sem tom de imposição.

    • Saúde mental: como falar de estresse, ansiedade e depressão sem reforçar estigmas, mostrando que buscar apoio psicológico é um ato de coragem e autocuidado.

    • Tecnologia e inovação: o impacto da cirurgia robótica e da inteligência artificial no tratamento de cânceres urológicos, incluindo o recente avanço da incorporação da robótica ao SUS.

    • Responsabilidade compartilhada: a relevância do engajamento de líderes e gestores em incentivar práticas de autocuidado dentro das empresas, tornando a comunicação em saúde mais institucionalizada e eficaz.

    Na parte final, Guimarães deixa duas mensagens essenciais: aos homens, um convite direto para se cuidarem, entendendo que prevenir doenças é também um gesto de amor com quem está ao redor; e aos comunicadores e profissionais de saúde, o chamado para falar com os homens e não apenas sobre eles, trazendo histórias reais e exemplos que inspiram mudanças de comportamento.

    O episódio reforça que cuidar da saúde não é fraqueza, mas sim responsabilidade e coragem. Informação de qualidade e comunicação sem tabus são caminhos fundamentais para que os homens se reconheçam como protagonistas do próprio bem-estar.


    Dê o play e aproveite para compartilhar a sua opinião e sugerir temas para os próximos episódios do SENSU CAST.

    FICHA TÉCNICA
    Produção: SENSU Consultoria de Comunicação e Banca de Conteúdo
    Roteiro e apresentação: Moura Leite Netto
    Edição: J.Benê
    Direção: Luciana Oncken

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    48 minutos
  • #38 - Comunicação e câncer de cabeça e pescoço
    Jul 25 2025

    O tema do episódio 38 do SENSU CAST é Comunicação eCâncer de Cabeça e Pescoço.

    Os convidados são ODorival de Carlucci Jr, cirurgião de cabeça e pescoço, diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) e Milena Perez Mak, oncologista clínica da Oncologia D´Or e Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e presidente do Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP).

    Diferente de muitos tipos de câncer, em que as principais causas não são conhecidas, os principais fatores de risco para desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço são bem estabelecidos.

    Não fumar (e isso vale para cigarro comum, cigarro eletrônico e narguilé) / Não ingerir bebidas alcoólicas em excesso / Vacinar contra o HPV / Manter a higiene bucal em dia / não se expor ao sol sem proteção / e usar preservativo nas relações sexuais – são medidas importantes para prevenção dos tipos mais comuns de câncer na região de cabeça e pescoço, como os de cavidade oral e laringe.

    Este é um episódio especial de Julho Verde, mês de conscientização sobre câncer de cabeça e pescoço e a Comunicação de qualidade é fundamental para que as mensagens corretas cheguem à população.

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    FICHA TÉCNICA
    Produção: SENSU Consultoria de Comunicação e Banca de Conteúdo
    Roteiro e apresentação: Moura Leite Netto
    Edição: J.Benê
    Direção: Luciana Oncken

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    44 minutos
  • #37 – Vida de Frila x Redação
    Jun 30 2025

    Neste episódio do SENSU CAST, conversamos sobre os caminhos possíveis para quem trabalha com jornalismo de ciência e saúde: redação fixa ou vida de freelancer? Nosso convidado é o jornalista Theo Ruprecht, apresentador do podcast Ciência Suja, com mais de uma década de atuação na área e passagens por veículos como TV Globo e Veja Saúde.

    Na conversa com Moura Leite Netto, Theo compartilha sua trajetória profissional, os aprendizados e desafios da transição para o jornalismo independente, a gestão do tempo e da renda como freelancer, as vantagens da autonomia e os dilemas de precificação e saúde mental. Um episódio essencial para quem pensa em seguir carreira no jornalismo — dentro ou fora das redações.

    Aperte o play e reflita com a gente sobre o futuro da profissão.

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    FICHA TÉCNICA
    Produção: SENSU Consultoria de Comunicação e Banca de Conteúdo
    Roteiro e apresentação: Moura Leite Netto
    Edição: J.Benê
    Direção: Luciana Oncken

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    56 minutos
  • #36 - Perspectiva para o jornalismo científico
    Jun 2 2025

    O episódio 36 do SENSU CAST aborda o jornalismo científico na América Latina tendo como convidada a jornalista Luisa Massarani, uma das principais referências da área no continente. Luisa Massarani é um das autoras, ao lado do também brasileiro Luiz Felipe Fernandes Neves e do colombiano Nicolás Bustamante Hernández, do relatório Princípios orientadores para o jornalismo de ciência: uma perspectiva global 2024. Luisa é também coordenadora do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia, pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz da Fundação Oswaldo Cruz, coordenadora para América Latina de SciDev.Net e editora-chefe do Journal of Science Communication – América Latina.

    A pesquisa, promovida pela World Federation of Science Journalists e aplicada a mais de 500 jornalistas de 82 países, traça um panorama global da prática jornalística voltada à ciência. O estudo mostra que 53% dos respondentes se identificam como mulheres e que 52% possuem formação em jornalismo, mas há uma diversidade crescente de perfis – com destaque para os profissionais que vêm de áreas científicas e ingressam na comunicação por vocação ou necessidade de tradução do conhecimento.

    Durante a entrevista, Luisa destaca que a ideia do relatório surgiu da demanda por diretrizes mais claras e globais para o jornalismo científico. A consulta, traduzida para seis idiomas e amplamente distribuída, revelou um campo em expansão, ainda que repleto de desafios: remuneração baixa, precarização profissional e a dificuldade de equilibrar precisão científica com acessibilidade ao público.

    Um dado que chama atenção é o envelhecimento qualificado da categoria: 38% dos entrevistados atuam na área há mais de 16 anos e 55% têm o jornalismo científico como principal ocupação. “Temos diferentes gerações ainda atuando, e isso é positivo. Significa que há renovação e permanência”, comenta Massarani.

    No recorte latino-americano, os jornalistas mostram-se divididos sobre a possibilidade de neutralidade na cobertura científica — 48% afirmam que o jornalista não pode ser neutro. Para Massarani, a neutralidade é ilusória: “Escolher a pauta, a fonte e o enfoque já é tomar uma posição. O importante é ter responsabilidade e transparência”.

    Outro ponto central discutido é o lugar do cientista como fonte. Seis em cada dez jornalistas concordam que a fala de um cientista deve ser tratada de forma diferente da de um leigo. Ainda assim, Massarani alerta para o risco de transformar o discurso científico em verdade incontestável. “Precisamos ouvir mais a sociedade e entender como a ciência impacta a vida cotidiana”.

    As plataformas digitais dominam a atuação dos jornalistas científicos: 70% publicam em portais e sites, enquanto apenas uma minoria veicula seus conteúdos em museus, televisão ou eventos. Para Luisa, essa realidade exige profissionais versáteis e abertos à inovação: “Além de escrever bem, o jornalista precisa dominar formatos multimídia e atuar em diferentes frentes”.

    O relatório também revela tensões éticas, como o debate sobre a aceitação de viagens ou presentes para cobertura de eventos científicos. A posição dos jornalistas varia conforme a região do mundo, mas Luisa reforça: “A independência editorial deve ser sempre prioridade, independentemente de quem financia o deslocamento”.

    Por fim, Massarani ressalta a importância das associações e redes de apoio, como a RedeComCiência no Brasil, para fortalecer a categoria e fomentar o intercâmbio entre profissionais. Ela também convida jornalistas e pesquisadores a conhecerem e contribuírem com o Journal of Science Communication – América Latina, periódico que busca conectar ciência, prática jornalística e sociedade.

    Ouça e aproveite para compartilhar a suaopinião e sugerir temas para os próximos episódios do SENSU CAST.

    FICHA TÉCNICA
    Produção: SENSU Consultoria de Comunicação e Banca de Conteúdo
    Roteiro e apresentação: Moura Leite Netto
    Edição: J.Benê
    Direção: Luciana Oncken

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    41 minutos
  • #35 - Impacto dos Estados Unidos na Saúde Global
    Apr 30 2025

    Com o tema Impacto dos Estados Unidos Saúde Global, este é o episódio 35 do SENSU CAST, um podcast para falarmos sobre jornalismo e comunicação corporativa de saúde, ciência e educação. A apresentação é de Moura Leite Netto, jornalista, doutor em Ciências e diretor da SENSU Consultoria de Comunicação.

    Neste episódio, o convidado é o médico e comentaristade Saúde da Rádio CBN, Luís Fernando Correia, que é também comentarista de saúde na TV Connect USA, transmitida em português para brasileiros que moram nos Estados Unidos.

    Ao tomar posse como o quadragésimo sétimo presidente da história dos Estados Unidos, Donald Trump reforçou a promessa de campanha de retirar do país da Organização Mundial da Saúde (OMS), a agência global de saúde das Nações Unidas, que é responsável por proteger e promover a saúde em todo o mundo desde 1948.

    A expectativa é de haver um grande impacto, pois os Estados Unidos são um dos maiores financiadores da OMS. O país é o maior produtor de pesquisas médicas, o que gera impactomundial. Recentemente, os Institutos Nacionais de Saúde (NIH), principais financiadores desses estudos, anunciaram um corte bilionário.

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    FICHA TÉCNICA
    Produção: SENSU Consultoria de Comunicação e Banca de Conteúdo
    Roteiro e apresentação: Moura Leite Netto
    Edição: J.Benê
    Direção: Luciana Oncken

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    36 minutos