Episódios

  • Carta Nov/25: What's the story? Morning glory
    Dec 4 2025

    Para todos os lados, observamos o mundo em K: alguns dados econômicos mostram sinais positivos e outros, até antagonicamente, negativos. O mundo em K é um mundo mais difícil de prever. Essas disparidades, em muitos casos, não podem durar para sempre, mas você poderia esperar uma vida toda para ver uma convergência.


    Acreditamos que os avanços e aplicações da inteligência artificial continuarão, a China se manterá como uma grande exportadora de deflação e os preços de petróleo seguirão baixos. Essa combinação tende a ser baixista para inflação permitindo que bancos centrais comecem ou continuem o processo de cortar juros, o que tende a ser positivo para os mercados de ações globais.

    Vamos desenhar o cenário. No início de 2025, víamos três fases para o mercado: dólar fraco, juros para baixo e eleições. Ainda estamos no meio desse processo. E por agora, os investidores já devem ter percebido o que tem que fazer. Afinal, quando o movimento de migração para bolsa vier, pode ser mais rápido que uma bala de canhão. Mesmo dentro da turbulência, o Brasil pode ainda ser um oásis de retorno nos próximos trimestres. Isso, claro, se tivermos a chance e não a jogarmos fora.

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  • Carta Out/25: Mudança de foco
    Nov 6 2025

    Caros(as) cotistas e parceiros(as),

    A agenda ESG recentemente perdeu força no debate público, mas a transição climática continua avançando de forma silenciosa e econômica: em dez anos, a queda do “green premium” tornou fontes de energia de baixo carbono, como energia solar e eólica, tão baratos quanto — ou até mais baratos que — suas alternativas fósseis. Esse processo, em conjunto com outros fatores como a adoção de veículos elétricos, reduziu em mais de 40% as projeções globais de emissões futuras.


    Como destaca Bill Gates, o foco agora deve sair apenas da temperatura e ir também para o bem-estar humano, pois prosperidade e saúde são importantes defesas contra os efeitos do clima. Na Dahlia, vemos esse movimento não como ideologia, mas como vetor econômico estrutural, refletido em algumas teses de investimento da nossa carteira.

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  • Carta Mensal: O teste do marshmallow
    Nov 6 2025

    Caros(as) cotistas e parceiros(as),


    Um dos temas mais recorrentes nas conversas de mercado atualmente é a eleição presidencial de 2026. Apesar de ainda considerarmos cedo, por dever de ofício, também temos discutido o assunto com analistas políticos e estrategistas eleitorais, buscando entender como o cenário pode evoluir nos próximos meses.


    Em nossas discussões, percebemos três pautas comuns que parecem ser mais relevantes:

    - Ciclos políticos: ciclos sociais influenciam os ciclos políticos. Nos últimos anos vimos uma guinada nas demandas dos brasileiros, o que caracterizamos na carta “A Quarta Virada”.

    - Matemática: a definição da eleição presidencial em 2022 aconteceu nos estados do Centro-Sul, uma vez que as votações nas regiões Norte e Nordeste permaneceram estáveis.

    - Centrão: a relevância dos partidos de centro no Brasil é inegável, pois controlam a maior parte do poder, medido em números de deputados, prefeitos e governadores. O apoio em bloco, caso ocorra, para um candidato pode ser decisivo.


    Como política e marshmallow se encontram?

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  • Carta Mensal: Ozzy Housel
    Aug 8 2025

    Caros(as) cotistas e parceiros(as),


    Ozzy Osbourne foi um dos primeiros grandes artistas a acreditar e confirmar sua presença no primeiro Rock in Rio, em 1985. O festival marcou não só pela presença de grandes artistas, como Queen, AC/DC e Iron Maiden, mas também por marcar a virada para a Nova República no Brasil.


    A carreira de Ozzy foi marcada por altos e baixos, muitas vezes imprevisível. Assim como os mercados atualmente. O nível de incerteza parece mais elevado, mas é importante mantermos uma visão sobre o todo. Como Morgan Housel diz, temos que ser otimistas com o longo prazo, mas paranóicos com o que pode nos evitar de chegar lá.

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  • Carta Jun/25: Fluxo, para que te quero
    Jul 8 2025

    Caros(as) cotistas e parceiros(as),

    Seguindo a trilogia dos três P’s dos investimentos, focamos nesta carta no "posicionamento". Os dois P’s anteriores (profits – lucro – e policy – política monetária) costumam ser mais relevantes para explicar o comportamento dos ativos ao longo do tempo. No entanto, o posicionamento dos investidores ajuda a medir pontos de inflexão e pode acentuar esses movimentos.

    Existem várias formas de medir esse posicionamento, que podemos organizar em três grandes grupos: 1) alocação (quanto está de fato investido), 2) fluxo (para onde está indo o dinheiro marginal) e 3) sentimento (como os investidores estão ou gostariam de estar posicionados). Indicadores de curto prazo sugerem um sentimento mais construtivo para Brasil do que meses atrás. Por outro lado, os dados estruturais apontam que ainda há espaço considerável de realocação em ativos brasileiros.

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  • Carta Maio/25: Lucro para que te quero
    Jun 5 2025

    Caros(as) cotistas e parceiros(as),

    Este é um dos nossos mantras: os preços das ações perseguem lucros que crescem mais. Como escrevemos em nossa última carta, os lucros das empresas são um dos três principais pilares dos investimentos em ações.

    Uma parte importante do nosso processo de análise é tentar projetar quais serão os lucros das empresas que estudamos, tentando buscar assimetrias (lucros acima ou abaixo do esperado). Alinhado a essa análise micro e ao nosso processo de investimentos, que combina macro com micro, tentamos identificar as variáveis macroeconômicas que mais ajudam ou atrapalham as empresas.

    Em países emergentes como o Brasil, a parte mais crítica da projeção de lucros de uma empresa é calibrar a margem. Nossos estudos estatísticos indicam que crescimento econômico, taxas de juros e preços de commodities são os principais fatores que explicam a variação de margens ao longo do tempo.

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  • Carta Abril/25: Os três P’s dos investimentos
    May 13 2025
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  • Carta Março/25: Será o fim da Pax Americana?
    Apr 10 2025

    Caros(as) cotistas e parceiros(as),


    Abril começou marcado pela incerteza com o anúncio das novas tarifas impostas pelo governo Trump, aumentando em 10% todas as importações e de maneira ainda mais agressiva sobre China. Esse movimento provocou uma reação imediata nos mercados, intensificando preocupações com uma possível recessão global, destacada pelo aumento significativo nas projeções de recessão dos EUA feitas por instituições como Goldman Sachs e JP Morgan. Os impactos dessas tarifas são múltiplos: pressão inflacionária, redução no consumo, queda nas margens corporativas e incertezas sobre a atuação futura do banco central americano (FED).


    Do outro lado do mundo, a China pode sofrer reduções no crescimento do PIB e nas exportações devido às tarifas, porém já sinaliza a adoção de estímulos fiscais e retaliações comerciais próprias para conter danos e reequilibrar sua economia rumo ao consumo interno. Para o Brasil, o impacto é ambíguo e relativamente limitado: apesar da taxa negativa aplicada às exportações brasileiras, setores como o agronegócio poderiam ganhar mercado, enquanto a desaceleração global pode pressionar negativamente os preços das commodities e limitar o crescimento interno.

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