Episódios

  • #57 – Por que o The Walking Tech morreu?
    Jan 28 2022
    Seria difícil acreditar se eu dissesse que o pivete tímido da escola, que nunca falava nada, que saía ileso quando aprontava porque ninguém acreditava que ele seria capaz de fazer arte, se tornaria um comunicador, um educador e um podcaster. Mas, o garoto que aos 14 anos começou a trabalhar como contínuo e, algum tempo depois, se tornou instrutor, nunca mais largou o osso. Hoje sou um educador, e essa vocação me puxa de volta toda vez que penso em me distanciar. A PMG foi criada por isso, em meio a todos os perrengues que você possa imaginar. De cama, todo quebrado após um acidente de moto, eu escrevi os livros que se tornaram, mais tarde, os primeiros treinamentos da empresa. Aliás, por causa dessa mesma ideia de transformar cursos presenciais em virtuais, alguns anos antes, fui tachado de louco e idealista, acreditam? E desse meu “desencanto” nasceu a PMG, e da PMG nasceu o The Walking Tech. Há pouco mais de um ano, meu parceiro e co-host, Luiz Gimenez, sugeriu que criássemos o TWT com o objetivo de entrevistar C-Levels, como CTOs, CFOs, CIOs, CEOs, superintendentes e presidentes de grandes empresas. E foi maravilhoso. As entrevistas foram divertidas e muito informativas, os entrevistados trouxeram seus erros e acertos, responderam às nossas inquietações, deram inúmeras dicas, mas, com o tempo, percebi que havia algo mais de “entrevista” ou de “informação” do que de educação, como deveria ser. Não sou jornalista, não sou repórter. Sou um educador. E percebi que era esse o rumo que deveria ser tomado. Extrair o conhecimento de pessoas com muito conhecimento para oferecê-lo ao público é ótimo, mas a capacidade de extraí-lo de forma a ser compreendido até pelos alunos mais leigos, esse sim é o desafio. E acima de tudo, um desafio que eu não senti que estava conseguindo cumprir com o The Walking Tech e com a forma que eu tocava o projeto. Em dado momento, percebi que tudo precisava ser reformulado. Por isso, o The Walking Tech está chegando ao fim. Aprendi muito com o programa e vou sentir muitas saudades, mas, o mais importante, vou carregar lições valiosas para minha vida, principalmente como profissional e educador. Porém, a história não termina por aqui. Da mesma forma que de um “desencanto” nasceu a PMG, das cinzas do The Walking Tech está nascendo um novo projeto, uma mudança de nome e formato. O novo projeto passará a se chamar PodCafé, será transmitido em vídeo, além de áudio, mas eu garanto que a maior mudança será o conteúdo. O foco agora é a prática, bate-papos com profissionais feras que ensinarão as coisas em detalhes, seus acertos e adubadas. Não ficaremos mais apenas no “por quê” e no “o quê”, a partir de agora exploraremos o “como”, porque o objetivo do podcaster que vos fala é ser um agente de mudança na sua vida, fiel ouvinte. Por fim, devo agradecer a todas as equipes das empresas que patrocinaram e ajudaram o nosso podcast. À equipe da PMG Academy: Rahif, Claudinha, Ritinha, Sérgio, Lanna, Leandro, Samantha, Simone e Lucas, sem vocês nos bastidores nosso projeto não iria para o ar. Aos nossos patrocinadores que acreditaram no nosso trabalho, como a iTrust e BRQ, e principalmente ao Gimenez, parceirão que nos acompanhou desde o início como nosso oficial co-host. Me despeço por aqui, espero que tenha curtido nossa jornada e nos acompanhe na próxima. Um grande abraço e nos vemos no próximo episódio: dessa vez, do PodCafé. Falou, TI-ráqueos e, daqui em diante, cafeinados! Ouça a pílula na íntegra! Este podcast é um oferecimento da PMG Academy e é patrocinado pela BRQ Digital Solutions.
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    13 minutos
  • #56 – Para empreender em TI, é preciso ir além da Tecnologia | Entrevistado: Alexandre Leite
    Jan 21 2022
    Você é um profissional de TI que acabou de abrir a sua empresa, e acha que seu conhecimento técnico vai garantir sucesso na sua trajetória. Saiba que você está cometendo um erro! Para ser bem-sucedido na área de tecnologia, é preciso ir além. Para falar um pouco sobre o assunto e contar como ser um empreendedor do ramo da tecnologia vai além de habilidades técnicas, conversamos com Alexandre Leite, CEO da Advisor. Sobre sua história, Leite conta que sempre gostou de desenvolver negócios, ao ponto de abrir sua primeira empresa aos 17 anos, durante a crise na Era Collor. Alguns anos depois, em 1992, o entrevistado criou uma empresa que atuava na área de telefonia celular, financiando linhas e aparelhos. Porém, devido à privatização das Telecoms, o CEO migrou para a vida executiva, e desde 2014 está no comando executivo da Advisor. A empresa atua no setor de trading e compra de energia, além de lidar com a patente de meios de pagamento de frotas, permitindo o uso de máquinas e cartões. Apesar de ser uma empresa em franco crescimento, Alexandre diz que não é um objetivo se tornar um unicórnio. Aliás, perguntado sobre a (não) necessidade de perseguir esse sonho por parte das empresas, ele diz: “O unicórnio é uma conjunção de fatores que tornará ele ser assim. O que ocorre é que buscamos esse mito e esquecemos do dia a dia, achando que vamos ter um negócio gigantesco”. E ele dá a dica para quem busca se tornar um unicórnio: “O primeiro passo é fazer uma pequena célula que funcione. Tenha algo consistente, que pague as contas”. Para se tornar um unicórnio saudável, Alexandre diz qual é o ponto de equilíbrio: “Temos que escolher qual tipo de negócio nós queremos montar.” E ele complementa, exemplificando com os camelos (empresas unicórnios que trabalham com uma estratégia de alavancagem de capital). Para ele, esse modelo tende a dar mais certo, por permitir uma estrutura com aporte de capital. Mas será que o sonho de se tornar um unicórnio é compartilhado por muitos empresários? Para Alexandre, não exatamente: “O empresário já passou dessa fase, já se situou, teve alguma dificuldade na construção do negócio. O empresário, exceto aquele que quer investir, não corre atrás disso”. Na opinião do entrevistado, esse objetivo está mais presente em empreendedores jovens. Outro ponto importante da entrevista é sobre a mudança de modelos de negócio por parte das empresas de telecomunicação. Muitas delas estão oferecendo outros tipos de serviços, especialmente financeiros. Segundo Alexandre, essa é uma tendência mais fácil para esse segmento, mas que deveria ser seguida por outras linhas de negócio, como o varejo. “O modelo varejo, de loja física, comprando bens de serviço não é sustentável”. Alexandre acredita que uma possibilidade seria criar planos de assinaturas para esses bens, uma vez que isso já é uma tendência para outros produtos, como carros. https://www.youtube.com/watch?v=WPZO3kr5L7Q Usando o exemplo da Magazine Luiza, o entrevistado diz que não é possível comparar a horizontalidade da empresa comandada por Luiza Trajano com uma Amazon. E ele também fala que esse segmento pode não existir agora, mas que é possível criar um marketplace diverso. Para Alexandre, essa mudança cultural ainda vai acontecer. Falando sobre formas de negócio inovadoras, Alexandre orienta sobre o que é preciso ser feito para que haja sucesso: “É importante ir no chão de fábrica e ver o que há de errado. Entregar não é fácil, e você precisa de criatividade”. Alexandre também discute sobre o papel da sustentabilidade no mercado de energia: “Eu não acredito que a sustentabilidade seja uma bala de prata. Mas, acredito no mercado de carbono (mais do que nos bitcoins)”. Para o entrevistado, a grande questão da sustentabilidade é que “existe uma necessidade de se quantificar isso, mas ainda não há uma metodologia”. O CEO conta que o interesse nesse mercado tem aumentado: “5% dos meus clientes nos últimos meses perguntaram sobre o cr...
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    53 minutos
  • #55 – De vendedor, todo mundo pode ter um pouco | Entrevistado: Marco Aurélio Oliveira
    Jan 14 2022
    Com produtos cada vez mais avançados e complexos, o lado comercial acompanha esse ritmo, tornando as vendas também complexas. E a habilidade de dominar essa área é cada vez mais valiosa. No episódio #55 do The Walking Tech, você ouve o bate-papo com Marco Aurélio Oliveira, vice-presidente da Comviva, que fala sobre o assunto. Contando um pouco da sua trajetória, Marco é engenheiro de formação, numa época em que esse tipo de graduação tinha um grande foco em telecomunicações e tecnologia. Seu início foi na área de desenvolvimento de produtos. Porém, foi na sua experiência seguinte que, segundo o próprio entrevistado, a entrada no mercado realmente aconteceu. Marco virou supervisor de área técnica, sendo revendedor da Siemens, mas sempre era convidado para acompanhar as reuniões do setor de vendas. Foi aí que ele foi convidado para uma função mais comercial: “Eu nunca tinha pensado em trabalhar na área de vendas”, ele conta. Curiosamente, Marco não se enxergava com características de um vendedor, mas foi rebatido por um colega, que disse: “O bom vendedor é aquele que sabe escutar e falar na hora certa”. A partir daí, Oliveira seguiu carreira em vendas, participando de muitos treinamentos, incluindo de soft skills. Marco também conta que aprendeu com muitos colegas, percebendo as características positivas de cada um, como a empatia, a racionalidade em determinados momentos e a organização. E como um “vendedor raiz” se comporta no novo contexto de relação entre cliente-vendedor, em que cada vez menos há contato entre os dois? Apesar de não ter uma resposta concreta para essa questão, Marco cita algumas transformações que reafirmam essa situação: “Eu te diria que pro vendedor old school, a pandemia trouxe um impacto gigantesco. Eu ouço pessoas falando que não conseguem convencer outras por vídeo”. Segundo o vice-presidente, além do fator pandêmico, o comportamento de comprador e vendedor está mudando. Sobre o desafio de trabalhar em uma área com poucos clientes e muitos fornecedores, e como alcançar a fidelização, Marco explica: “A decisão final é sempre emocional”. Ele também complementa, dizendo que, no caso das vendas complexas (sua área), é importante que tanto o vendedor quanto a empresa passem credibilidade. Ele também fala sobre a importância de “seguir passos” em uma venda: “A venda é um processo, onde você tem etapas que precisam acontecer. Você pode tentar encurtá-las, mas elas não desaparecem”. Sobre a diferença entre venda de impacto e venda complexa, Oliveira explica: “Na venda de impacto, o vendedor facilmente mostra os benefícios (do produto/serviço). Tem um interlocutor, e um tempo para convencer o cliente de que o produto vale a pena, pois não vai haver uma nova oportunidade”. Enquanto isso, sobre a venda complexa, o entrevistado esclarece: “É uma venda de médio a longo prazo. Você tem vários interlocutores para convencer no meio do caminho”. Marco também levanta o que é mais importante do que simplesmente conhecer o cliente: “O asset do vendedor de relacionamento é a estrutura organizacional não-oficial. Quem influencia quem, ou quem toma a decisão do quê”. O entrevistado explica que nem sempre os cargos mais altos são quem realmente são os tomadores de decisão para uma compra. Nos casos de consultoria, muitas vezes o papel de um vendedor é menosprezado. Porém, será que um consultor pode desempenhar a função comercial? Na opinião de Marco, isso funciona somente nos casos em que uma consultoria está sendo oferecida, já que geralmente esse serviço é bastante específico, envolvendo mudança e separação de processos. O entrevistado também diz que uma necessidade comercial pode ser identificada por qualquer tipo de vendedor. https://www.youtube.com/watch?v=9qrOLUU_GhM Marco precisa lidar com empresas globalizadas. Nesse caso, ele lista alguns benefícios nessa situação: “Enquanto éramos uma empresa regional, tínhamos acesso a apenas um nível de projeto,
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    1 hora
  • #54 – A área do Direito e a tecnologia | Entrevistado: Lucas Euzébio
    Jan 7 2022
    Como ciência, a área do Direito sempre foi algo “atrasado”, no sentido de que ela busca solucionar problemas que já existem. Por outro lado, todos os setores, graças aos avanços tecnológicos, estão cada vez mais dinâmicos e se atualizando mais rápido, e no Direito isso não seria diferente. Para falar sobre o assunto, conversamos com Lucas Euzébio, Diretor Jurídico da AGS (Associação Gaúcha de Startups), Advogado/Head de Community na Silva Lopes Advogados, escritório especializado em Techs, Scale-ups, Fintechs e proteção de dados e um dos criadores do podcast Startup Life. Sobre a sua trajetória, Lucas concluiu o ensino médio já sabendo o que queria ser: advogado. Ele trabalhou em vários campos do Direito, segundo ele, “para ter uma visão de cada órgão''. Euzébio saiu da área pública e migrou para a área de tecnologia, quando a AGS foi fundada e também foi convidado para trabalhar na Silva Lopes Advogados. A Silva Lopes Advogados é um escritório que se diferencia por ser focado em tecnologia. Lucas conta como a empresa alcançou esse estágio: “Desde o dia 0, a gente só trabalha com empresas de tecnologia”. O advogado complementa, dizendo que nos dias atuais, não existe uma divisão entre mercado tradicional e mercado tecnológico, mas apenas um só, e que as empresas de advocacia estão se adaptando a esse novo ecossistema. Aliás, Euzébio ressalta que hoje a tecnologia é um commodity, e que é obrigatório você trabalhar com tecnologia. O entrevistado também reflete sobre a precariedade e saturação de faculdades na área: “Muitas vezes, elas só te ensinam o básico”, ele conta. Até por isso, ele diz que é um problema a faculdade não desenvolver o advogado como um empreendedor, ou aprender hard/soft skills. Em relação a desenvolvedores trabalhando no escritório no qual ele é Head, Lucas explica a importância disso, dizendo que precisa de especialistas em tecnologia para lidar com os clientes 100% tecnológicos da empresa. Apesar do sucesso da Silva Lopes Advogados, será que isso é uma tendência para os advogados? Alguém com perfil mais digital pode crescer mais na área? “Tem muito mercado, eu vejo muitos advogados iniciando e empreendendo”, diz o Head de Community. E complementa, comentando que vários advogados já vem usando soluções tecnológicas, como chatbots. A Inteligência Artificial também foi um ponto de discussão da conversa. “Eu não vejo a IA tirando o trabalho de advogados, mas somando e muito. Daqui a pouco, advogados vão estar programando contratos”, diz o advogado. https://www.youtube.com/watch?v=k6ZYWrw5l6g Quando pensamos em Direito e tecnologia, automaticamente lembramos da LGPD. E para Lucas, um bom DPO não precisa ser necessariamente um advogado: “O DPO precisa entender de tecnologia, segurança, ISOs, requisitos mínimos. Quem faz a sustentação da LGPD é o profissional de segurança”, explica o entrevistado. Perguntado se a LGPD é uma lei muito pesada em questões punitivas para pequenas empresas, e se ela está penalizando a vítima, e não a causa raiz, Euzébio opina: “Eu acredito que é válido ter essa legislação. É mais um desafio para o pequeno empreendedor, pois eu não acredito que uma lei não pode mudar uma realidade, mas ter um papel mais punitivo”. Lucas também dá dicas para empreendedores de tecnologia que estão começando: “Cuidado com quem você abre sociedade”. Ele dá esse conselho pois problemas societários são um dos motivos mais comuns de processos jurídicos relacionados a startups. Outra dica, segundo Euzébio, é tomar cuidado com a propriedade intelectual/questões de direitos autorais. Sobre a parte tecnológica do Direito, Lucas também fala do Visual Law. “Acho sensacional quando conseguimos aplicar e traduzir a lei, e é bacana desenhar isso para o cliente. O Visual Law vem para somar, mas temos que tomar cuidado: não pensar que o Visual Law é o core do negócio”. Por fim, Euzébio conta as maiores bobagens cometidas por empresas na parte jurídica.
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    59 minutos
  • #53 – O que vem por aí em 2022?
    Dec 30 2021
    Como já fizemos a retrospectiva de 2021 na última pílula, fica a questão: o que vem por aí em 2022? No próximo ano, a transição de saída do isolamento ainda vai continuar, algumas novas tecnologias estarão mais presentes no nosso dia a dia, e além disso, a Realidade Virtual, as IAs e o 5G também vão vir com muita força. Alguns problemas, como os ataques cibernéticos, também irão continuar acontecendo. Aliás, é bom lembrar: ano que vem é ano de eleição, e a tendência é que os ataques como os direcionados ao Ministério da Saúde continuem acontecendo. Mas, voltando ao início, não dá pra negar: a pandemia serviu como alerta para melhorarmos o nosso planejamento em relação a projetos, principalmente na questão das mudanças. Se não nos adaptarmos, toda vez que formos pegos de surpresa (como foi o caso da pandemia), vamos estar despreparados e a adaptação vai ser ainda mais demorada. Com os novos modelos de trabalho, que pelo jeito vieram para ficar, haverá a necessidade de muita reestruturação pelas empresas, e mudanças tanto nos modelos de negócio quanto no comportamento dos ambientes de trabalho em 2022. A chave para tudo isso é uma só: comunicação. Seja no trabalho remoto ou híbrido, não importa: estabelecer uma comunicação clara é o mais importante para fazer tudo funcionar e aumentar a transparência das informações. Será preciso testar muitas metodologias e ferramentas, se atentar às falhas de comunicação e como monitorar as informações (usando o Kanban, por exemplo), manter um sistema de comunicação frequente, etc. Os gerentes também terão uma baita responsabilidade: verificar a satisfação dos funcionários. Afinal, muita gente vem repensando a carreira, e os índices de pedidos de demissão estão altos. É fundamental criar um ambiente onde a abertura seja incentivada, assim como a honestidade entre as pessoas, a colaboração, a comunicação clara, para que o time se sinta valorizado. No ambiente remoto, é muito provável que haja funcionários desmotivados ou alienados, e por isso a comunicação diária é tão importante. Além disso, a tecnologia em si sofrerá grandes mudanças. Sobre as novidades tecnológicas, o 5G sem dúvidas é uma das mais comentadas. Ele já está em operação em alguns países como a China, os Estados Unidos e as Filipinas, mas no Brasil isso só vai ser implementado agora. Então, pode ser que demore alguns anos para que todas as grandes cidades estejam com essa tecnologia implementada. O 5G poderá representar uma revolução por expandir o uso de ferramentas avançadas como a Realidade Virtual e Realidade Aumentada. Além disso, é provável que o 5G seja usado em empresas, câmeras HD de segurança, controle de redes smart, entre outras coisas. Aliás, falando sobre a Realidade Virtual e também sobre a Realidade Aumentada, vale dizer que elas vão estar associadas no desenvolvimento de ambientes virtuais imersivos. Hoje em dia, essas tecnologias ainda estão limitadas ao mundo dos games e do entretenimento. Mas, a história mostra que o que pode começar como brinquedo pode muito bem se tornar uma ferramenta essencial no nosso cotidiano. É provável que a Realidade Aumentada e Virtual sejam usadas para tarefas do cotidiano, ou para unir trabalhadores remotos em um ambiente mais imersivo. Outra tendência (mais que tendência, uma realidade), é a Inteligência Artificial. É difícil pensar em algo que não seja impactado por essa tecnologia em um futuro próximo. E, por fim, outro ponto que é uma realidade para 2022 é o fortalecimento da segurança cibernética. Aqui entramos em um caminho de via dupla: ao mesmo tempo em que a cybersegurança amplia nossas possibilidades de inovação e abrem espaço para o mercado, as ameaças também vão se aperfeiçoando. Lembre-se também que a LGPD está aí, e mesmo que não queiramos, a segurança cibernética se tornou algo “obrigatório”. Com a expansão do trabalho remoto, o home office também se torna uma brecha enorme para inúmeros ataques c...
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    9 minutos
  • #52 – Retrospectiva 2021 na TI e no The Walking Tech – Artigo
    Dec 23 2021
    Chegamos ao final do ano, e o tema desse episódio não poderia ser diferente: uma retrospectiva do ano para a área de TI e tecnologia em geral, além de revisitar acontecimentos importantes de 2021. 2021 foi o ano do vírus, e nesse caso não apenas do Covid, mas vírus de computador, vazamento de dados, ataques cibernéticos, etc. Por outro lado, a pandemia impulsionou a Segurança da Informação, a Privacidade, a Gestão, novas ferramentas de startups e principalmente a Transformação Digital. Aqueles que estavam preparados, com um projeto na gaveta, meteram as caras e aproveitaram a onda. Enquanto isso, aqueles que subestimaram a Transformação Digital tiveram que enfrentar invasões, ramsowares, ataques cibernéticos, engenharia social e roubo de informações. Foi um período turbulento, cheio de novidades, medos, mudanças e incertezas. De qualquer forma, finalizamos bem ou mal mais um ano. O fato de estarmos trabalhando de casa nos fez migrarmos para o mundo digital, abrindo portas para os problemas cibernéticos. Para refletir sobre os acontecimentos desse ano, vale separar o que de mais importante aconteceu nas áreas de Segurança Cibernética, Transformação Digital, Carreira, Gestão e Novas Tecnologias. Segurança Cibernética Com o isolamento e o fato da nossa vida ter se tornado ainda mais digital, a coisa ficou ainda mais feia. Algumas estimativas calculam 6 trilhões de dólares em prejuízos para empresas, número que é o dobro de 2015. E nada indica que isso vai diminuir. Aliás, vale relembrar o bate-papo com Marcello Zillo, National Security Officer da Microsoft no episódio #31. Nessa entrevista, Zillo revelou que o Secure Operation Officer (SOC) da Microsoft sinaliza uma média de 8 trilhões de ataques diários! Antes da pandemia, esse número ficava na casa dos 2,5 trilhões. Ou seja, o negócio piorou e tende a piorar ainda mais. Um dos casos mais marcantes de ataque cibernético ocorreu em agosto, quando o site da Renner ficou fora do ar por alguns dias. O Procon notificou a Renner pedindo explicações sobre o ataque, querendo saber o nível de exposição, se houve ou não vazamento de dados pessoais, quais os bancos de dados atacados, o plano de recuperação e outros fatores, como o processo de criptografia usado na coleta, armazenamento e tratamento de dados dos clientes, e a presença de um encarregado de dados. Lembrando que a figura do encarregado de dados está presente na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Vale lembrar que foi no mês de agosto que as sanções e multas relacionadas à LGPD começaram a ser aplicadas. Um mês antes, o The Walking Tech pôde esclarecer vários pontos sobre o assunto com Ismael Júnior, especialista em Segurança da Informação, Perícia Computacional e Sócio Diretor da Wiser Tecnologia. O entrevistado trouxe um panorama do nível de maturidade da Segurança da Informação nas organizações, e contou que algumas empresas já se preocupavam bastante com esse tópico, enquanto que outras nem haviam entrado nessa jornada de adequação – e até por isso, faziam confusão entre o que é Segurança da Informação e LGPD. E não é porque o ano está acabando que não dá pra acontecer mais ataques. No dia 10 de dezembro, o site do Ministério da Saúde estava com a seguinte mensagem: “Os dados internos dos sistemas foram copiados e excluídos. 50 TB de dados estão em nossas mãos. Nos contatem caso queiram o retorno dos dados”. O mais grave disso tudo é que até o momento da gravação dessa pílula, o problema não havia sido resolvido. Aplicativos como o ConecteSUS, fundamentais para o controle de vacinação, não estavam nem acessíveis. Inteligência Artificial No campo da Inteligência Artificial, um dos questionamentos foi: “Será que os robôs vão substituir os humanos em seus empregos?”. É possível acreditar em uma boa convivência entre os dois. A Transformação Digital é inevitável. Nesse sentido, tecnologias como a Inteligência Artificial, Machine Learning e Internet das Coisas estão revoluciona...
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    18 minutos
  • #51 – Não é apenas sobre tecnologia, é sobre pessoas | Entrevistada: Carolina Martins Piombo
    Dec 17 2021
    As pessoas são um componente fundamental para a área da tecnologia. É só pensarmos que o setor ainda sofre de uma grande falta de profissionais capacitados, algo que impacta profundamente o funcionamento das empresas. Para falar sobre o papel das pessoas na área de tecnologia, conversamos com Carolina Martins Piombo, CPO da BRQ Digital Solutions. Primeiramente, Carol responde uma pergunta que já se tornou clássica: cadê os desenvolvedores na área de TI? A entrevistada responde o que tem sido feito por parte da BRQ: “Nos últimos anos, tentamos buscar profissionais de todas as localidades”. Ela complementa dizendo também que há uma aproximação com faculdades, pólos de tecnologia e profissionais em transição de carreira. Além disso, a própria empresa vem incentivando novas formas de desenvolvimento da carreira dos profissionais contratados. Aliás, a tendência de formação de pessoas dentro das próprias empresas é algo importante e que vem sendo aplicado na BRQ, segundo a entrevistada. “Para o ano que vem, temos um projeto de inclusão social, incluindo jovens carentes que não têm condições para estudar e acelerar a sua entrada na área de tecnologia com tudo que ele precisa”. Um projeto que se junta a outras iniciativas da empresa, que auxiliou mais de 350 pessoas. E o que é mais válido na área de TI? Certificação ou experiência? Para quem tem a certificação, mas não tem experiência, Carolina diz que a certificação é importante, especialmente em áreas como a de Cloud. Porém, a CPO alerta: “Não adianta ter a certificação debaixo do braço, e achar que, com ela, você vai encontrar a sonhada experiência”. Apesar da certificação ser importante e em certos casos um diferencial, a entrevistada afirma que não basta só isso, mas que é preciso atitude e proatividade. “Não é só a hard skill, mas também a soft skill”, Carol conta sobre o que é precioso para a formação de um profissional. E como ficam os profissionais mais velhos no contexto atual da tecnologia? Carolina primeiramente explica que a BRQ tenta impulsionar o conhecimento disruptivo nos funcionários com esse perfil. Por outro lado, sob o olhar do mercado, Carolina enxerga cada vez mais profissionais querendo dar uma virada na carreira, mesmo que isso tenha um preço. “Muitas vezes ele vai ter que dar um passo atrás na remuneração para dar dois à frente na parte da tecnologia”, explica ela. https://www.youtube.com/watch?v=PFn9oT6kZbI Para Carolina, o mais importante é saber como conectar os profissionais mais maduros aos que são mais novos, aproveitando o melhor de cada um. Sobre o BRQ Way, a cultura adotada pela empresa na qual Carolina é CPO, ela explica: “É o nosso jeito de ser. Hoje isso se expandiu, e não é só sobre as coisas que eu faço, mas também chegou ao sistemas, ferramentas, framework, o que eu uso como padrão para todo mundo e que é o nosso jeito, que é diferente de outras empresas”. Carolina conta como essa cultura se torna atrativa para quem trabalha na BRQ: “Só neste ano, tivemos 20% de pessoas que haviam saído da empresa retornando, justamente pela cultura”. E falando justamente sobre o retorno ao presencial, Carolina conta o posicionamento da BRQ: “A nossa diretriz é manter o anywhere office, que foi um grande diferencial. Conseguimos colocar todo mundo para trabalhar de forma rápida, até porque a BRQ já vinha de uma cultura do anywhere”, explica a CPO. Apesar disso, a organização deve ter encontros presenciais para haver uma integração, algo que é positivo para um time. Nesse sentido, ela levanta a maior barreira nesse cenário: “O maior desafio aqui é como manter essas pessoas que estão longe, conectadas da mesma forma”. Sobre o virtual, Carolina também enxerga uma maior proximidade de C-Levels nesse contexto. “Hoje, eu vejo muito mais ele (Benjamin Quadros, CEO da BRQ) do que antes. Nós criamos momentos em que ele está mais próximo do que quando estávamos no escritório. O anywhere acelerou o contato com as pessoas”.
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  • #50 – Design de Experiência = Bons produtos! | Entrevistado: Pablo Moura
    Dec 10 2021
    Em meio a tantas mudanças graças à transformação digital, como o design deve atuar daqui pra frente? Qual é o seu papel no desenvolvimento de bons produtos e que proporcionem uma boa experiência para o cliente? Para conversar sobre o assunto, falamos com Pablo Moura, Diretor de Design de Experiência na BRQ Digital Solutions. Sobre a trajetória de Pablo, ele começou a trabalhar diretamente com a internet ainda em 1999, na TV Globo. Atuando focado na Globo.com, ele conta que começou a desempenhar um papel mais voltado para gestão. Ele conta algumas particularidades daquela época. “A gestão de design ainda era algo novo. Não tínhamos um papel de design como temos atualmente nas empresas, voltado para o design de experiência.” Posteriormente, Pablo trabalhou na Ogilvy & Mather, uma agência onde ele conta que conseguiu de fato experimentar a gestão. Mas o que é o Design de Experiência? O entrevistado explica: “Ele é um derivado do design gráfico e da arquitetura, mas envolve o que tratamos como um universo que junta o físico com o digital. A gente deve ter um olhar holístico para a experiência.” Pablo também ressalta que o comportamento do consumidor mudou, justamente porque não há mais barreiras entre o que é físico e o que é digital, e é justamente nisso que um designer de experiência precisa focar. “Um designer de experiência precisa olhar para a experiência de ponta a ponta”, explica ele. Perguntado sobre como o planejamento dessa experiência com o time-to-market, Pablo diz que esse é um ponto recorrente. Nesse caso, ele exalta a importância de seguir um modelo ágil. “Eu não deveria esperar 6 meses ou 1 ano pra lançar um produto”, conta o diretor, além de lembrar que a definição de um Minimum Viable Product (MVP). Segundo Pablo, entender como as pessoas utilizam um produto também é um trabalho de experiência. O valor disso, segundo o entrevistado, pode ser percebido: “Segundo a McKinsey, empresas que investem em experiência crescem o dobro em relação aos seus pares.” E qual o processo ideal para a construção da experiência do cliente? É preciso planejar demais, ou mudar constantemente? Para Pablo, depende. Para o entrevistado, se você tem uma hipótese que precisa ser testada muito rapidamente, como uma novidade no mercado, vale a pena acelerar esse processo. Por outro lado, se o seu produto já existe e você tem uma marca atrelada a ele, é preciso tomar mais cuidado. https://www.youtube.com/watch?v=N7_bDq1FGkk Pablo também é questionado em relação às demandas legais, e como exibir valor em relação a um produto que gere uma boa experiência. Pablo alerta que é preciso tomar cuidado para que essas demandas não atrasem uma prototipação, pois caso contrário, estaremos entrando em um projeto com modelo em cascata (waterfall). Aliás, Moura também diz que o discovery contínuo é o que torna possível entender como as pessoas utilizam seu produto. Mas será que implementar uma cultura de experiência é possível apenas para grandes empresas? Para o diretor, não: “Isso serve para qualquer tamanho”, e complementa: “Uma metodologia deve ser agnóstica ao tamanho da empresa. Aliás, eu diria até que menor, nesse caso, é melhor.” O entrevistado justifica que em empresas grandes, existe um desafio relacionado ao engajamento da alta direção. E como um profissional de transformação digital deve ser? Moura diz que essa é uma área cada vez mais multidisciplinar: “Os profissionais estão vindo de todo canto. Tenho visto muita gente de desenvolvimento em transição de carreira para o design estratégico, e vice-versa”, explica ele, lembrando também que, por muitas vezes, esse profissional independe de formação acadêmica (apesar dela ser importante). Pablo também conta uma característica fundamental desse profissional: “Eu acho que saber ouvir o cliente e ter a questão da empatia, se colocando no lugar daquele cliente, é a chave do sucesso, não apenas de design, como de transformação digital”.
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    49 minutos