CAT_ LONGEVIDADE SAUDÁVEL: UM LUXO VERDADEIRO
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Pelo Centro de Apoio ao Tabagista - CAT, ONG carioca sem fins lucrativos, que tem como propósito maior contribuir para a redução dos impactos ambientais, econômicos, sanitários e sociais do nicotinismo, entrevistamos a médica cardiologista Flávia Verocai, sobre um tema de alta relevância para os tempos modernos: a longevidade da espécie humana. Programa Viva Voz Saúde, Rádio Nossa Senhora de Copacabana, 28/06/2025.
A nossa convidada desta semana é médica formada pela UERJ, com residência em Cardiologia na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, e título de especialista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Viveu dez anos no Canadá, onde concluiu fellowship pela Universidade de Toronto (no Toronto General Hospital), especializando-se em insuficiência cardíaca, transplante cardíaco, reabilitação cardiopulmonar e pesquisa clínica. É membra da Sociedade Europeia de Cardiologia.
Atualmente, Verocai lidera a clínica HeartWell, coordenando programas terapêuticos personalizados que integram ciência, tecnologia de ponta e cuidado humanizado, promovendo longevidade com saúde e propósito para todas as idades.
Segundo o Dicionário Houaiss, longevidade significa a duração da vida mais longa que o comum, ou seja, a característica de ser longevo. Além da definição básica de longa duração da vida, o conceito de longevidade pode ser ampliado para incluir uma vida com qualidade, não apenas prolongada, mas também com saúde e bem-estar.
As gerações dos Séculos XX e XXI experimentaram realidades sanitárias bastante diferentes nestes últimos cento e poucos anos. Para qualquer ângulo do prisma da vida recente que se olhe, há aspectos totalmente díspares a serem observados.
Notadamente, os tipos de doenças mais prevalentes e devastadoras do início do século passado, muitas delas, podem ser encontradas hoje, mas numa escala completamente menor. A mortalidade colossal produzida pelas moléstias infectocontagiosas, daí transmissíveis pessoa-a-pessoa, não desapareceram totalmente muitas delas, mas têm menos impacto no conjuntos das mortes atuais.
A sigla DNCT - Doença Crônica Não Transmissível traduz um conjunto de acometimentos que representam atualmente mais de 70% das causas de óbitos planeta afora. Neste grupo das DNCTs encontram-se, por exemplo, o Infarto Agudo do Miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral, principais causas de morte; assim como, a DPOC _ Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; os cânceres, ressalte-se o pulmonar, inexistente no Século XIX, que é fruto, mais do que do consumo do tabaco, é fruto do uso de cigarros, concebidos no final daquele período, devida a era da industrialização, produzidos pelas máquinas, aos milhões. A lista das DNCTs é longa, incluindo, o Diabetes, as demências, a Hipertensão Arterial Sistêmica, etc.
Pelas conquistas civilizatórias, como o saneamento básico, e médico-científicas, como as vacinas e os antibióticos, as técnicas cirúrgicas e de imagem, e o surgimento da anestesiologia, observamos este mudança tremenda, que nos possibilita sermos longevos, sobretudo, na comparação com os nossos antepassados mais distantes. Entretanto, malgrado estes avanços marcantes, ainda temos fatores a serem melhor compreendidos, como a genética e a hereditariedade, o ambiente em que vivemos, a qualidade do que comemos e o estilo de vida que adotamos.
O nosso bate-papo versou sobre este assunto. Divulguem-no, quando possível, para as suas redes.